quinta-feira, 26 de julho de 2012

UE quer baixar preço dos créditos de carbono



25.07.2012
Fábio Monteiro

A União Europeia apresentou, nesta quarta-feira, uma proposta para baixar o preço dos créditos de emissão de carbono. Esta medida procura reduzir as “fortunas em créditos” que algumas empresas europeias acumulam, desde o início da crise económica.

Actualmente, o preço por tonelada de carbono é de sete euros, um valor muito reduzido quando comparado com os 25-40 euros por tonelada que alguns investigadores apontam como o indicado para incentivar as empresas a mudar o seu comportamento. Nas propostas apresentadas hoje, o preço baixou para 6,70 euros.


Anualmente, as empresas europeias recebem sem qualquer custo um número de créditos de carbono, que seriam gastos no próprio ano, caso a produção fosse “normal”. Em certos casos seria esperado até que comprassem créditos extra, para não entrarem em incumprimento legal.

No entanto, com o decréscimo da actividade económica na Europa, o número de créditos de carbono disponíveis para cada empresa ultrapassou em muito o número necessário. Estes créditos que são “oferecidos” anualmente, têm-se vindo a acumular, de ano para ano, pois a produção real destas empresas baixou. Algumas empresas já acumulam fortunas de milhões de euros em créditos de carbono, que os vai permitir fugir ao pagamento de emissões durante anos.

"A União Europeia tem um [mercado de carbono] excedente de créditos ao longo dos últimos. Não é sábio, continuar deliberadamente a inundar um mercado que já é excedentário”, declarou em conferência de imprensa Connie Hedegaard, chefe da secção climática na Comissão Europeia.

Hedegaard, prometeu ainda que depois do Verão, a Comissão Europeia vai tomar opções a longo prazo e restruturar medidas.

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