sexta-feira, 7 de setembro de 2012

“Acreditamos que a agricultura é uma parte importante da nossa economia”

Anpromis marca presença na Agroglobal com debate sobre "o que tem a
agricultura para dar aos portugueses"



"O que tem a agricultura para dar aos portugueses" foi o tema de uma
das conferências que marcaram o primeiro dia da 3º edição da
Agroglobal 2012. Promovido pela ANPROMIS – Associação Nacional dos
Produtores de Milho e Sorgo este foi um espaço de debate e reflexão
que contou com a presença de Assunção Cristas Ministra da Agricultura,
do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território e que colocou,
"frente a frente", dois dos mais conceituados economista nacionais:
António Borges e João Ferreira do Amaral.


Em defesa do setor Assunção Cristas defendeu que a agricultura ocupa
um espaço privilegiado naquelas que são as preocupações do governo.
«Acreditamos que a agricultura é uma parte importante da economia»
acrescentou reforçado o papel da agricultura na economia nacional e
justificando ser um setor prioritário no sentido em que «é ela que "dá
comer às pessoas"».

O economista António Borges marcou a sua posição defendendo a redução
dos custos de produção e a organização dos agricultores nacionais como
forma de tornar a agricultura portuguesa mais competitiva. «Era bom
que houvesse em todas essas frentes uma preocupação para tornarmos a
nossas empresas mais competitivas, incluindo na agricultura»,
acrescenta o economista, que se assume também como agricultor.

João Ferreira do Amaral apesar de reconhecer que a agricultura possui
um peso relativamente pequeno na economia nacional acredita que este é
um setor essencial para o «equilíbrio e sustentabilidade do país».
Avaliando o setor, o economista refere que é importante que «a
agricultura seja uma atividade mais dinâmica e moderna» para que assim
possa contribuir significativamente para o «equilíbrio da balança
comercial».

Para Luís Vasconcellos e Souza, Presidente Anpromis, «não existe
dúvidas quanto á crescente importância que a agricultura pode vir a
adquirir enquanto fator de criação de valor acrescentado na economia».
No entanto acredita que «é importante apoiar as grandes culturas e
todos os produtores que têm vindo a apostar na modernização do setor
para produzir mais e melhor e aproveitar os recursos existentes».

Enquanto Presidente da Associação Nacional de Produtores de Milho e
Sorgo, Luis Vasconcellos e Souza não esquece a atual conjuntura e
refere que «apesar da acentuada volatilidade dos preços que tem vindo
a apoderar-se de mercado de matérias primas, como é exemplo o milho, a
verdade é que os nossos produtores têm-se revelado cada vez mais
competitivos e capazes de responder às necessidades dos mercados. A
comprová-lo está o cultivo do milho em novas áreas de regadio como
Alqueva, que é hoje em dia uma realidade, e que traduz a capacidade de
investimento e de afirmação dos produtores nacionais de milho, numa
altura de grandes restrições financeiras».

Apesar da vontade manifesta de o Ministério de Assunção Cristas apoiar
o sector agrícola, canalizando todos os fundos comunitários para
promover uma agricultura mais competitiva e conseguir aproveitar as
áreas de regadio já existentes, a ANPROMIS acredita ter de existir
"uma maior aposta no regadio e nas culturas regadas de modo aumentar a
competitividade da nossa agricultura."

fonte: monticom

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