sexta-feira, 21 de setembro de 2012

FAO: Coordenação internacional ajuda a estabilizar preços dos alimentos

20-09-2012



Uma melhor coordenação internacional e um maior intercâmbio de
informação ajudam a reduzir a pressão sobre os mercados, segundo o
presidente da França e o Director geral da Organização das Nações
Unidas para a Agricultura e Alimentação.

Num encontro que decorreu esta semana entre François Hollande e José
Graziano, em Paris, este último assegurou que «a França partilha a
posição da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e
Alimentação (FAO) e da Organização das Nações Unidas (ONU) de que nos
encontramos perante uma crise de preços alimentares», mas que é
necessário manter a vigilância. Graziano reconheceu também o papel
desempenhado pela França para colocar a segurança alimentar e a
volatilidade dos preços na agenda internacional.

O presidente Hollande assinalou, por seu lado, que «a velha ordem já ñ
existe, mas a nova, no entanto, não ainda não apareceu», incluindo a
necessidade de criar novos acordos de governação para abordar
adequadamente a fome e os novos desafios para a segurança alimentar a
longo prazo».

O director-geral da FAO agradeceu à França a sua liderança nestas
questões, acrescentando que «o estabelecimento por parte do G-20 do
Sistema de Informação sobre Mercados Agrícolas (SIMA) em 2011 é
importante para melhorar a informação sobre os mercados e reduzir a
volatilidade».

O SIMA foi constituído em 2011 para melhorar a transparência e o fluxo
de informação sobre os marcados mundiais, junto ao denominado Fórum de
Reacção Rápida (RRF) para promover uma melhor coordenação através de
respostas normativas à volatilidade dos preços da alimentação, um
sistema ao qual a França preside desde a sua criação e cuja
presidência será assumida pelos Estados Unidos da América (EUA) no
final de Setembro, por um período de doze meses.

José Graziano expressou o seu apoio para a convocatória de uma reunião
entre os ministros da Agricultura do G-20 na sede da FAO, em Roma, no
próximo dia 26 de Outubro, aproveitando que alguns deles já
confirmaram a sua presença na cerimónia do Dia Mundial da Alimentação
e no período de sessões do Comité de Segurança Alimentar Mundial, a
decorrer na mesma semana.

Uma das opções a debater para fazer frente ao impacto da volatilidade
dos preços alimentares nos países pobres foi a criação de reservas
estratégicas de segurança alimentar, de forma a proporcionar ajuda de
emergência em situações de crise, dirigida aos países. França já
confirmou o seu apoio a um código de conduta para a gestão de reservas
alimentares para emergências humanitárias, para o qual participam
todas as partes interessadas, segundo o director-geral da FAO.

Os dois responsáveis sublinharam que essas reservas não devem tentar
intervir no mercado e estabelecer um tecto aos preços, junto com
outros mecanismos de redes de segurança, frente a qualquer evento que
possa ameaçar a segurava alimentar nacional.

Fonte: Agrodigital

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia44700.aspx

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