terça-feira, 4 de setembro de 2012

Governo dispensa funcionários públicos que sejam bombeiros

INCÊNDIOS

por Lusa, texto publicado por Sofia FonsecaHoje


Fotografia © Henriques da Cunha/Global Imagens
O Governo vai dar dispensa aos funcionários públicos que sejam
bombeiros voluntários para ajudarem no combate aos incêndios, revelou
hoje o ministro da Administração Interna (MAI), que recusa a ideia de
que pediu ajuda externa tarde demais.

"Hoje de manhã, em articulação com o Ministério das Finanças decidimos
tomar uma outra medida: conceder dispensa de serviço a todos aqueles
que sendo funcionários públicos sejam também bombeiros voluntários e
sejam requisitados pelas respetivas corporações de bombeiros", disse
Miguel Macedo.
O governante falava aos jornalistas no final do briefing com o
comandante operacional nacional, Vítor Vaz Pinto, na sede da
Autoridade Nacional de Proteção Civil.
Ao fazer um balanço da situação no terreno, o ministro disse que
continua "muito difícil do ponto de vista meteorológico" e adiantou
que estão no terreno "meios pesados que ontem [segunda-feira] foram
solicitados", bem como "todo o fortíssimo dispositivo da proteção".
Por isso, disse estar confiante de que, "com o trabalho que hoje se
vai desenvolver, se possa minorar algumas das situações mais
difíceis".
Miguel Macedo não considera que o pedido de ajuda ao Mecanismo Europeu
de Proteção Civil tenha sido feito muito tarde, afirmando que "foi
pedido quando foi necessário pedir".
"Nesta situação difícil o que fizemos, e bem, do ponto de vista
preventivo, logo que identificámos uma situação meteorológica mais
complicada foi acionar em tempo esses meios para que hoje possam estar
no terreno", acrescentou.
Os quatro aviões (dois espanhóis que chegaram segunda-feira e dois
franceses que chegaram hoje) estão ao serviço de Portugal durante 48
horas, que podem ser prorrogadas, indicou o MAI.
O ministro admitiu pedir mais meios ao Mecanismo Europeu de Proteção
Civil se for preciso, mas considera que, "para já, os que existem são
os necessários".
O governante recusou também que a austeridade seja uma das causas para
a difícil luta contra os incêndios e frisou que existem mais meios que
existiam no ano passado.
"Temos para esta época um dispositivo superior do ponto de vista dos
meios aéreos àquilo que tínhamos o ano passado. E de homens", disse.
"Na fase Charlie, as equipas que temos são em maior número dos que as
do ano passado. Não houve nenhuma restrição, pelo contrário houve um
reforço dos meios que aéreo, quer humanos", acrescentou.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2751566&page=-1

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