quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Movimento exige garantia de caudais que travem salinização dos solos à beira Tejo

Sociedade 16 Set 2012, 09:00h


O movimento ambientalista ProTEJO exige que os governos português e
espanhol esclareçam se a revisão da Convenção de Albufeira irá
garantir os caudais de chegada à foz necessários para evitar a
salinização dos solos ribeirinhos do Tejo.

Numa nota em que denuncia uma falta de caudal em toda a extensão do
rio Tejo em 2012 como nunca se viu antes, a ProTEJO quer que as
autoridades dos dois países não se escudem meramente nas condições de
seca extrema e que expliquem às populações ribeirinhas o futuro que
está reservado ao rio Tejo.

Em concreto, o movimento pergunta se existem "alternativas para suprir
a procura de água para abastecimento humano além da fornecida pela
Barragem do Castelo de Bode" e se esta barragem "fornece os adequados
caudais ecológicos durante todo o ano hidrológico".

Questiona ainda se a revisão da Convenção de Albufeira "introduz os
caudais de chegada à foz de forma a evitar uma maior intrusão da cunha
salina", que está a tornar incultiváveis cada vez mais terrenos.

O comunicado refere que, desde 2009, o Governo tem sido interpelado
sobre o regime de caudais em vigor e sobre o seu cumprimento por parte
das autoridades espanholas por deputados do BE, do PCP, dos Verdes, do
PS e das autarquias que integram o proTEJO (Comunidade Intermunicipal
do Médio Tejo, municípios de Abrantes, Chamusca, Golegã, Mação, Vila
Nova da Barquinha e suas freguesias).

"Hoje, esta realidade é mais óbvia com um escasso nível de caudal que
permite uma maior intrusão salina para além das terras de Vila Franca
de Xira, tornando incultiváveis cada vez mais terrenos e colocando em
risco empresas agrícolas e agroalimentares, bem como os postos de
trabalho que defendem em plena crise económica onde estes são de já
por si escassos", afirma a nota.

Refere ainda a "impossibilidade dos recursos hídricos de afluentes do
Tejo serem vertidos no seu leito, visto que a barragem do Castelo de
Bode armazena a água do rio Zêzere necessária ao abastecimento humano
de muitos portugueses, em especial de Lisboa".

http://www.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao=54&id=53621&idSeccao=479&Action=noticia

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