domingo, 28 de outubro de 2012

Álvaro Santos Pereira considera situação dos portos "insustentável"

Ministro aponta consequências das greves para empresas exportadoras


24.10.2012 - 16:49 Por Lusa

<p>Ministro da Economia alertou para as consequências da paralização
dos portos para as empresas exportadoras</p>

Ministro da Economia alertou para as consequências da paralização dos
portos para as empresas exportadoras
(Foto: Enric Vives-Rubio / PÚBLICO)

O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, disse hoje que a
greve dos trabalhadores portuários tem um impacto "muito
significativo" para as empresas exportadoras e salientou que a actual
situação é "insustentável".


"Estas greves têm um impacto significativo para muitas das nossas
empresas exportadoras, numa altura em que o país tem como desígnio
nacional exportar mais. Temos que fazer tudo o que está ao nosso
alcance para diminuir os nossos custos de contexto e, num espírito de
diálogo social, conseguir desbloquear esta situação" que, sublinhou,
"é insustentável".

Sobre a prestação de serviços mínimos, que deveria ser hoje fixada
numa reunião entre os representantes das empresas e os estivadores, o
ministro não se quis pronunciar na altura em que foi questionado, por
estar ainda a decorrer.

Os serviços mínimos estavam até agora fixados por um acordo de 2004
contra o qual se manifestaram os operadores, alegando que a
importância da utilização dos portos - sobretudo para o sector
exportador - alterou-se desde essa altura. Os estivadores discordam
desta posição e acusam os operadores de quererem cortar o direito à
greve, por quererem incluir "tudo" nos serviços mínimos.

Os estivadores dos portos de Lisboa, Setúbal e Figueira da Foz vão
estar em greve parcial até 7 de Novembro, o que significa que
trabalham um turno diário das 17h às 24h.

Álvaro Santos Pereira, que falava numa sessão de apresentação dos
novos concursos do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional),
salientou que as exportações nacionais estão a crescer mais de 30% ao
ano para fora da zona euro e que com este crescimento "é vital reatar
o investimento".

O governante mostrou-se convicto de que os concursos hoje anunciados,
a par das linhas de crédito e de recapitulação das empresas, "são
fundamentais para dar força às empresas e ajudar a alavancar o
investimento", acrescentando que o Orçamento do Estado para 2013
contempla "uma série de incentivos para estimular o crescimento e
combater o desemprego".

Escusou-se, no entanto, a comentar a possível descida do limite mínimo
do subsídio de desemprego, dizendo apenas que o Governo está a
trabalhar para resolver questões "de emergência nacional" a nível do
desemprego e do financiamento das empresas.

"Durante demasiado tempo abandonámos o nosso sector produtivo, a nossa
indústria, as nossas pescas, a nossa agricultura e chegámos à situação
actual. Endividámo-nos de forma insustentável - empresas, famílias e
Estado. A única forma de dar a volta a isto é voltar a crescer".

http://economia.publico.pt/Noticia/alvaro-santos-pereira-considera-situacao-dos-portos-insustentavel-1568629

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