quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Armazenamento de água desceu em todas as bacias hidrográficas em Setembro

10.10.2012
Helena Geraldes

Cerca de 60 albufeiras, de Norte a Sul do país, têm hoje menos água
armazenada do que há um mês, segundo um boletim de Setembro do
Instituto Nacional da Água (Inag).

No espaço de um mês, de 31 de Agosto a 30 de Setembro, todas as 12
bacias hidrográficas monitorizadas pelo Inag – que incluem um total de
57 albufeiras - registaram uma diminuição no volume de água
armazenado.

A 30 de Setembro, a bacia do Mira (74,2%) e a do Guadiana (71,7%) eram
aquelas com maior volume de água armazenado; a bacia do Arade (11,4%)
e a do Sado (38,6%) registavam os volumes mais baixos.

A albufeira de Salamonde, na bacia hidrográfica do Cávado/Ribeiras
Costeiras, era aquela que tinha mais água no último dia de Setembro,
com 84,2% do volume total. No outro extremo desta lista estava a
albufeira de Lucefecit, na bacia do Guadiana, com 4,4% do total.
Metade das albufeiras tinha disponibilidades de água superiores a 50%,
entre elas a de Alqueva (74,2%) e Castelo de Bode (74,6%).

De acordo com o Inag, o armazenamento de Setembro, por bacia
hidrográfica, é inferior à média de armazenamento do mesmo mês dos
anos 1990/91 a 2010/11. As excepções são as bacias do Lima, Ave,
Ribeiras do Oeste e Mira.

Segundo o Instituto de Meteorologia, a 31 de Agosto, verificava-se "a
continuação da situação de seca em todas as bacias hidrográficas do
Continente", estimada a partir do índice PDSI (Palmer Drought Severity
Index). Este baseia-se na quantidade de precipitação, temperatura do
ar e capacidade de água disponível no solo e permite detectar a
ocorrência de períodos de seca classificando-os em termos de
intensidade (fraca, moderada, severa e extrema).

No seu mais recente boletim, o Instituto de Meteorologia revela que, a
31 de Agosto, 73% do território estava em seca: 33% em seca extrema,
40% em seca severa, 13% em seca moderada, 13% em seca fraca e 1% na
situação normal. A 31 de Julho, a percentagem do território em seca
era maior, mais concretamente, 84%.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1566709

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