domingo, 21 de outubro de 2012

BRIO abre supermercado biológico no Porto no final de 2013

19-10-2012

António Alvelos, diretor-geral da empresa


Com quatro lojas na Grande Lisboa (Campo de Ourique, Carnaxide, Chiado
e Estoril), a BRIO tem como objetivo de expansão chegar ao Grande
Porto, onde deverá instalar-se no final de 2013, revela António
Alvelos, diretor-geral da empresa. A empresa é detida pelo The Edge
Group, de José Luís Pinto Basto e Miguel Pais do Amaral, emprega 50
colaboradores e fatura três milhões de euros. Em entrevista à "Vida
Económica", o gestor queixa-se da dificuldade no acesso ao crédito e
diz-se consciente da conjuntura, mas não pode deixar de registar que
"o segmento biológico continua a dar sinais de crescimento a médio e
longo prazo". Mês após mês, diz, "mantemos um ritmo de crescimento a
nível de clientes e de faturação".

Vida Económica - Quais são as perspetivas de evolução do consumo em
Portugal nas lojas Brio, tendo em conta a conjuntura e as medidas de
agravamento fiscal acabadas de anunciar pelo Governo?
António Alvelos - Continuamos a ver com otimismo a evolução do consumo
nas lojas Brio. Apesar de crise e do cenário, continuamos a crescer, o
que é positivo, tendo em conta o panorama geral. O segmento biológico
em Portugal continua a dar sinais de crescimento a médio e longo
prazo, à semelhança do que acontece noutros países europeus. Somos
muito conservadores, no que diz respeito à previsão de crescimento,
considerando as medidas de agravamento fiscal, mas a realidade é que
todos os meses mantemos um ritmo de crescimento a nível de clientes e
de faturação.

VE - Qual é o público-alvo a que se dirigem?
AA - Como supermercado biológico, o Brio dirige-se a todo o tipo de
pessoas, informadas e esclarecidas, que acreditam que a alimentação é
a base para um estilo de vida com saúde, sejam jovens, mães
preocupadas com uma alimentação rica em vitaminas e nutrientes, sem
químicos e outros aditivos ou pessoas ativas e que procuram um estilo
de vida saudável..

VE - Privilegiam as marcas próprias ou as de fabricante?
AA - Trabalhamos com marcas de fabricantes e produtores biológicos,
todos certificados. Privilegiamos a produção nacional, apesar de
alguma escassez de produtos nacionais, sobretudo farinhas, bolachas e
bebidas. Acho que é cada vez mais importante que os produtores
invistam neste mercado, para aprofundar a oferta. O mercado biológico
em Portugal tem um grande potencial.

VE - Como lidam com a concorrência, a especializada e a das
médias/grandes superfícies?
AA - Quanto à concorrência de lojas especializadas no biológico,
acreditamos que é muito saudável para o negócio, sobretudo para
continuar a expandir o conceito biológico. No que diz respeito à
concorrência com o retalho convencional, distinguimo-nos pela
especialização e domínio no que diz respeito à agricultura biológica,
a que acresce a nossa forma de estar na loja, de grande proximidade
com os clientes e de personalização do serviço.

VE - Que localização preferencial estão a dar aos estabelecimentos?
AA - Estamos a crescer na Grande Lisboa, onde continuamos a alargar o
número de lojas. Para o futuro temos em vista a expansão nacional,
começando na área do Porto, onde tencionamos estar no final de 2013. O
nosso modelo de negócio prevê lojas com cerca de 350 a 450 m2, em
locais de grande afluência de pessoas. A nível de expansão, os planos
estão a ser condicionados pelo acesso ao crédito, o que nos afeta,
como acontece com o tecido empresarial nacional.

VE - Que perspetivas de negócio têm para 2012?
AA - Depois de um grande crescimento em 2011 - alcançámos uma
faturação na ordem dos três milhões de euros e firmámos a nossa
posição como maior cadeia de retalho biológica -, ajustámos o ritmo de
expansão à realidade económica nacional. Prevemos fechar 2012 com uma
faturação na mesma linha do ano passado.


TERESA SILVEIRA-teresasilveira@vidaeconomica.pt

http://www.vidaeconomica.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ve.stories/85730&sid=ve.sections/197049

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