segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Copa-Cogeca: Declaração do Congresso dos agricultores europeus 2012

26-10-2012



O Copa-Cogeca adoptou uma importante declaração durante o seu
Congresso de 2012, pedindo aos dirigentes políticos europeus uma
política agrícola forte, orientada para o mercado e com um bom
orçamento.

A organização concluiu que perante a crescente incerteza e
volatilidade dos mercados mundiais, a Europa, mais do que nunca,
precisa de um sector agrícola forte. Os agricultores da União Europeia
(UE), em conjunto com as suas cooperativas, têm potencial não apenas
para garantir a segurança alimentar e preços estáveis aos 500 milhões
de consumidores, mas também contribuir para o crescimento económico e
emprego, lutar contra as alterações climáticas e continuar a prestar
diversos serviços rurais.

Para isso, os agricultores necessitam de uma situação económica mais
rentável e saudável, maior estabilidade para que possam planificar a
longo prazo e investir. Também devem ter acesso a novas técnicas e
novos mercados de forma a enfrentar melhor as alterações climáticas e
aproveitar ao máximo a capacidade de produção da Europa.

Na declaração, o Copa-Cogeca assinala que a futura política agrícola
comum (PAC) deve ajudar os agricultores a obter a parte equitativa e
legitima da cadeia de valor alimentar que corresponde à mudança de
valor adicional criado na sua exploração agrícola, aumentado a
transparência, proibindo as práticas comerciais desleais e promovendo
as organizações de produtores (OP), em particular as cooperativas.

Limitar as medidas da política "verde" para que estas não tenham um
impacto negativo sobre a capacidade ou os custos de produção, dar
ênfase ao crescimento ecológico nas explorações agrícolas através de
soluções que beneficiem tanto a capacidade de produção, a
produtividade e a eficiência dos agricultores como o meio ambiente e
mudanças climáticas.

Desenvolver a investigação e a inovação e garantir uma aproximação
mais integrada entre os agricultores, os assessores e os
investigadores; desenvolver as novas oportunidades oferecidas pela
bioindústria e abordar as actuais dificuldades na cadeia de
abastecimento; assegurar uma política equilibrada e estável para os
biocombustiveis que tenha em conta não apenas a questão das alterações
climáticas mas também a redução da dependência da UE das importações
de proteaginosas e de energia.

O Copa-Cogeca considera ainda importante oferecer uma melhor gestão de
mercado e dos risco, assim como mais informação sobre os mercados e
uma maior coerência para ajudar os agricultores a fazerem frente à
crescente volatilidade e à crise nos mercados mundiais, promover
iniciativas empresariais nas zonas rurais e garantir que as mulheres
participem mais activamente no desenvolvimento das empresas;
desenvolver iniciativas de empresa cooperativa para melhorar a
recompensa recebida pelos agricultores perante uma concorrência mais
internacional e, por último, proporcionar um quadro político mais
estável para que os actores agrícolas, incluindo os jovens
agricultores, possam fazer planos a longo prazo fazer investimentos
sem mudanças radicais de política.

O Copa-Cogeca solicita ao Conselho, ao Parlamento Europeu e à Comissão
Europeia que agarrem a oportunidade oferecida por esta reforma da PAC
de forma a aplicar estas medidas. Não haverá um sector agrícola na
Europa sem que a profissão de agricultor seja atractiva para as
futuras gerações. No entanto, antes de tudo isso, a UE necessita de
uma agricultura que seja uma oportunidade empresarial rentável com
perspectivas a longo prazo.

Fonte: Copa-Cogeca

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia44923.aspx

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