quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Especialista defende medronheiro como opçãp rentável para recuperação da área ardida no Algarve

25-10-2012




fruto é o medronho, como forma de regenerar as áreas ardidas em São
Brás de Alportel e Tavira, em Julho.

«O medronho tem a possibilidade de ser rentável a curto prazo enquanto
outras espécies serão rentáveis num prazo mais alargado», explicou à
Lusa Jorge Santos. O especialista, docente da Escola Profissional da
Sertã, frisou a capacidade de recuperação e desenvolvimento do
medronheiro em ambientes agrestes como os solos devastados pelo fogo e
a diversidade de produtos feitos a partir do medronho que podem ser
comercializados.

A aguardente de medronho, as compotas e doces são alguns dos produtos
mais conhecidos deste fruto que tem uma longa relação com a serra
algarvia, exemplificou Jorge Santos. Sob o lema "fazer das fraquezas
forças", o especialista defende ainda que é possível aproveitar a
cinza resultante do incêndio como fertilizante natural.

«É um recurso que agora está infelizmente presente no local e que tem
propriedades como o potássio, o fósforo e o azoto», referiu,
sublinhando que estudos internacionais comprovam que a cinza tem o seu
benefício como fertilizante mas também para a cura de pragas, como a
da chamada "borboleta da batata".

O modelo de regeneração defendido pelo docente tem por base os casos
de recuperação de áreas ardidas na Sertã e da área florestal da
Guarda, que foi transformada em Reserva da Faia Brava.

As alfarrobeiras e os sobreiros são outras das espécies indicadas para
a replantação de áreas ardidas. Contudo, a sua rentabilização surge a
médio e a longo prazo, ao contrário dos medronheiros, rentáveis num
período mais curto de tempo.

A figueira-da-índia pode também ser usada como solução para travar o
fogo, sendo ainda uma fonte de selénio, substância muito procurada
pela indústria farmacêutica para comercialização.

Fonte: Lusa

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia44913.aspx

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