segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Financiamento para programas da FAO cresce 28 por cento

08-10-2012




A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação
anunciou que nos primeiros oito meses de 2012 os seus programas
receberam um apoio económico superior a 538 milhões de dólares
norte-americanos.

Este valor, que representa um aumento de 28 por cento frente ao
período homólogo do ano passado, inclui contribuições voluntárias de
um total de 498 milhões de dólares, para além dos 40 milhões do
Programa de Cooperação Técnica (PCT). Das contribuições voluntárias 70
milhões procedem da União Europeia (UE), 77 e projectos de Fundos
Unilaterais e mais 50 milhões dos Estados Unidos.

Ao longo do mesmo período, a Organização das Nações Unidas para a
Agricultura e Alimentação (FAO) ajudou os seus países membros a
programas cerca de 2,8 milhões de dólares em investimentos para a
agricultura e projectos de desenvolvimento rural, através dos seus
programas de cooperação com instituições financeiras internacionais.

A percentagem de Ajuda Oficial ao Desenvolvimento (AOD) destinado à
agricultura reduziu desde os 17 por cento de 1980 até cerca de 3,8 por
cento em 2006. Contudo, desde 2007 e como consequência da volatilidade
dos preços dos alimentos, o gasto na agricultura passou por um
crescimento constante até alcançar os 5,8 por cento em 2010.

«Com a recessão económica global a afectar não apenas os fornecedores
habituais da AOD mas também os países em desenvolvimento, existe o
risco de que essas tendências positivas comecem a declinar», afirmou
Laurent Thomas, o subdirector geral do Departamento de Cooperação
Técnica, acrescentando que é preciso «permanecer vigilantes, dar
seguimento às tendências e aumentar os esforços de promoção».

Enquanto alguns dos sócios tradicionalmente fornecedores bilaterais e
recursos tiveram que reduzir os seus orçamentos globais de ajuda e as
suas contribuições voluntárias à organização, outros, como a União
Europeia (UE), Estados Unidos, Alemanha, Noruega e o Reino Unido
continuam a aumentar os apoios voluntários à FAO.

Os 10 principais parceiros de fundos em 2012 foram, por ordem de
importância segundo a contribuição, a UE, Estados Unidos, Gabinete de
Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas, Noruega,
Japão, Austrália, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento,
os Países baixos, Canadá e a Espanha.

A melhoria nos acordos de colaboração com agências das nações Unidas
permitiram quadruplicar os fundos mobilizados pela organização sob
programas conjuntos das nações Unidas até alcançar os 70 milhões de
dólares nos últimos dois anos.

Mecanismos, como o Fundo para o Meio ambiente Mundial, com um
orçamento aproximadamente de 6,5 milhões de dólares em 2012, está a
aumentar também o seu nível de financiamento. «Dada a crescente
competitividade em torno dos recursos, a FAO tem vindo a trabalhar
para ampliar e diversificar a sua base de recursos e eficiência,
demonstrando a rentabilidade das contribuições canalizadas através da
organização, disse Laurent Thomas.

No biénio anterior, o total de contribuições voluntárias aprovadas
para a FAO através destes fundos alcançaram os 159 milhões de dólares.
Este ano foi possível constatar um aumento mais rápido do rácio de
aprovações com 77 milhões mobilizados já no final de Agosto. Países
tão distintos como o Bangladesh, Brasil, Honduras, Líbia, México,
Nigéria e Arábia Saudita comprometeram fundos desta forma,
demonstrando assim a sua confiança na experiência e profissionalismo
da FAO.

Também a procura e Cooperação Sul-Sul (CSS), Programa ibero-americano
da cooperação Sul-Sul, está em crescimento. Desde o seu lançamento em
1996, a FAO estabeleceu mais de 50 acordos tripartidos com 40 países
receptores e duas organizações regionais. A China é um dos principais
contribuintes deste Programa, dirigindo cerca de 30 milhões de dólares
e enviado mais de 900 especialistas e técnicos para 18 países.

Outros agentes do CSS são, por ordem de importância, o Vietname, Cuba
e Marrocos, assim como o Chile, Bangladesh e Filipinas. Também países,
como o Japão e o Brasil, contribuíram com o apoio a missões de curta
duração com especialistas e técnicos.

Por último, a FAO está ainda a desenvolver associações com fundações e
entidades do sector privado. Actualmente, a Fundação Bill e Melinda
Gates é o maior parceiro da FAO neste inovador sistema de acordos.

Fonte: Agrodigital

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia44816.aspx

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