terça-feira, 2 de outubro de 2012

Portugal pode ser auto-suficiente em quantidade produzida dentro de "dois ou três anos" diz a ministra

Lusa
01 Out, 2012, 16:25 / atualizado em 01 Out, 2012, 16:26

A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, admitiu hoje que Portugal
poderá ser autossuficiente na produção de azeite, em termos de
quantidade, dentro de "dois ou três anos", quando muitos dos novos
olivais começarem "a produzir em força".
"Este ano ainda não somos autossuficientes em termos de quantidade [ou
seja, de toneladas de azeite produzido], mas falta-nos pouco", frisou
a ministra.

Neste setor, Portugal vai atingir a autossuficiência "nos próximos
anos, sem dúvida", frisou Assunção Cristas, explicando que "basta ver
a evolução" de olivais recentemente plantados "e que, daqui a dois ou
três anos, vão começar a produzir em força". A ministra da Agricultura
discursava na cerimónia de inauguração do lagar de azeite da Casa
Agrícola Cortez de Lobão, na Herdade Maria da Guarda, na freguesia de
Vale de Vargo, concelho de Serpa.

No âmbito do projeto, a Casa Agrícola Cortez de Lobão, através da
Sociedade Agrícola da Herdade Maria da Guarda, plantou, entre 2006 e o
início deste ano, 1,1 milhões de oliveiras, o que faz deste "o maior
olival 100 por cento português", segundo a empresa.

O projeto incluiu também a construção do lagar, previsto começar a
funcionar na 2.ª quinzena deste mês.

Na visita que efetuou hoje, Assunção Cristas sublinhou também que,
apesar de o país ainda não ser autossuficiente em termos de
quantidade, já é "mais do que autossuficiente em valor" de azeite
produzido.

"Este ano, pela primeira vez, temos um `superávite` de 30 milhões de
euros, o que significa que estamos a vender azeite de melhor qualidade
do que aquele que importamos, o que também é bom", realçou.

A ministra aproveitou ainda para enumerar alguns dos passos positivos
que têm sido dados para a dinamização da agricultura e da
agroindústria nacionais.

Além disso, anunciou, no próximo dia 15, vai abrir um novo concurso do
Programa de Desenvolvimento Rural (Proder), que vai ficar aberto até
ao final da vigência desse mesmo programa, ou seja 2015 [2013 mais
dois anos], para "apostar e ajudar no investimento".

"Estamos a assistir a mais gente interessada na agricultura. Desde
julho de 2011, quando o Governo optou por ter a medida de apoio à
instalação de jovens agricultores aberta em permanência, tem-se
instalado uma média de 200 jovens agricultores por mês", o que "é
muito significativo", congratulou-se.

Questionada pelos jornalistas sobre o Alqueva, a ministra reiterou que
o projeto precisa de mais 500 milhões de euros de investimento, mas
que é uma "prioridade" do Governo e que a sua conclusão continua
prevista para 2015.

Assunção Cristas também foi questionada, repetidamente, sobre as duas
manifestações que "marcaram" a visita, mas afirmou que, apesar de não
"ignorar nada", é seu "dever mostrar com objetividade os dados" da
agricultura, que "é um setor vivo, dinâmico, que tem mostrado
resiliência e, mais ainda, crescimento".


http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=591655&tm=6&layout=121&visual=49

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