terça-feira, 20 de novembro de 2012

Autarquias, associações e produtores unidos pelo regadio

20-11-2012





Empresas, políticos e escolas acreditam que a exploração das condições
trazidas pelo regadio pode potenciar inclusive o crescimento nacional.

O futuro da agricultura no Alentejo, segundo os intervenientes na
conferência "Escolha Portugal", em Beja, passa necessariamente pela
conclusão do projecto de Alqueva. É nas águas do grande lago que os
responsáveis políticos e os representantes das associações
empresariais vêem a verdadeira alavanca que pode até potenciar o
desenvolvimento nacional.

«Alqueva veio permitir novas culturas, novos produtos
transaccionáveis, por isso é indispensável que se chegue à conclusão
do projecto, prevista para 2015, para que a série de investimento
privado, criado na expectativa da existência de água, se cumpra. Esse
é o trabalho do Governo», argumentou Filipe Fialho Pombeiro,
presidente da direcção da Associação Empresarial do Baixo Alentejo e
Litoral.

«No Baixo Alentejo, a agricultura deve ser um sector privilegiado, já
que na cadeia de valor acrescentado representa uma percentagem de
11,5, quando a média
nacional é de apenas 2,2 por cento», acrescentou.

Por seu turno, Jorge Pulido Valente, presidente da Câmara de Beja,
considera que o papel das autarquias também é fundamental no que toca
à promoção dos produtos. «Antigamente, éramos o celeiro da nação,
agora, com Alqueva, seremos a despensa. O nosso papel é promover e
ajudar os produtores na divulgação e facilitar os processos
burocráticos. Esta região pode mesmo puxar pelo desenvolvimento do
País através da agricultura», referiu o autarca, frisando ainda o
papel importante da câmara numa parceria com o Politécnico de Beja no
campo da investigação, em que, por exemplo, se está actualmente a
estudar o genoma do sobreiro e a possível utilização do cardo em
medicamentos no combate ao cancro da mama.

Uma das apostas deve ser na formação dos jovens, desmistificando o que
é o trabalho agrícola dos dias de hoje e «a conotação menos positiva»
que ainda tem para alguns. «No Alentejo é mais premente a formação
tecnológica. Os cursos de agronomia e engenharia alimentar têm muita
procura, mas o mercado ainda não absorve todos os licenciados. A
agricultura tem futuro», foi a mensagem deixada por Margarida Pereira,
directora da Escola Superior Agrária de Beja.

Fonte: Jornal de Negócios

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia45281.aspx

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