quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Preços mundiais dos porcos podem aumentar no final de 2012

30-10-2012

O sector suíno mundial atravessa por um dos períodos mais turbulentos
da sua história, com grandes contrastes de preços entre os diversos
produtores de porcos do mundo, isto de acordo com o informe trimestral
do Rabobank.

Nos Estados Unidos da América (EUA), Canadá e Coreia do Sul
registaram-se quedas de preços em consequência do aumento de oferta de
porcos e de reprodutoras como reacção dos suinicultores que por esta
via tentaram reduzir efectivos e consequente diminuição de custos.
Pelo contrário, no Brasil e na União Europeia (UE) a situação tem sido
muito diferente com preços mais altos.

Em qualquer destas regiões houve uma descida de efectivos como
consequência da baixa rentabilidade que atingiu o sector e na Europa
também pelo facto de muitas explorações não apresentarem condições de
adaptação às novas regras de bem-estar animal.

Só no último ano assistimos a uma redução de cerca de 3,9 por cento do
efectivo reprodutor. Por outro lado, tanto o Brasil como a UE foram
beneficiados pela desvalorização do euro facilitando assim as
exportações.

Segundo o Rabobank, os preços mundiais do porco vão manter-se sob
pressão nos primeiros meses deste trimestre mas no final do ano haverá
uma tendência de recuperação que se prolongará por todo o 2013.

Quanto aos cereais é previsível uma manutenção de preços elevados
durante todo o ano como consequência da seca nos EUA, Rússia e América
do Sul. No entanto, e apesar deste ambiente optimista, o Rabobank
alerta para o facto do mercado vir a apresentar alguma volatilidade
nos próximos anos, em especial devido à volatilidade verificada também
nos preços das matérias-primas pelas flutuações da moeda e até mesmo
pela inconstância da procura da China, um dos maiores mercados finais
da produção de outras regiões do mundo.

Por fim, e tal como foi bem demonstrado no Simpósio Anaporc, a
contínua progressão da Peste Suína Africana (PSA) na Rússia será
também um factor a ter em conta na evolução dos preços.

Fonte: FPAS

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia44933.aspx

Sem comentários:

Enviar um comentário