terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Alguns números vermelhos sobre as florestas em Portugal

Acréscimo

Nos últimos 20 anos, o valor económico das florestas portuguesas tem
conhecido um declínio progressivo, o que aporta repercussões aos
níveis social e ambiental.

67% representa o decréscimo do peso do Valor Acrescentado Bruto (VAB)
da silvicultura no VAB nacional, ou seja, de 1,2% registado em 1990
baixou para 0,4% em 2010.

40% corresponde à redução do impacto da fileira florestal (floresta e
indústria de base florestal) no Produto Interno Bruto (PIB), ou seja,
de 3,0% em 2000 reduziu para 1,8% em 2010.

250 M€ respeitam à redução aproximada no Rendimento Empresarial
Líquido na Silvicultura (produção florestal) no período 2000/2010.
Será esta a causa preponderante para o progressivo abandono da gestão
dos solos florestais em Portugal?

1,5 milhões de hectares, o equivalente à área de solos abandonados em
Portugal, correspondem à superfície ardida acumulada na presente
década (2002/2012). Esta área acumulada corresponde a 43% da área
florestal total e a 17% da área terrestre nacional.

700 M€ respeitam ao montante de apoios públicos utilizados no
financiamento à florestação só para uma espécie florestal nos últimos
20 anos. Este valor poderia ter potenciado 350 mil novos hectares
desta espécie, contudo a área da mesma regrediu cerca de 400 mil
hectares neste período. A aplicação dos impostos pagos pelos
contribuintes pode ter acabado por potenciar a "indústria do fogo" em
Portugal.

16 anos é o período de tempo que decorre desde a aprovação, por
unanimidade no Parlamento, da Lei de Bases da Política Florestal,
publicada em Agosto de 1996. A lei está ainda por regulamentar nas
suas medidas e instrumentos essenciais. O processo de regulamentação
passou já por 6 diferentes ministros e está agora, há cerca de ano e
meio, sob a responsabilidade da ministra Assunção Cristas.

Lisboa, 3 de Dezembro de 2012

A Direcção da Acréscimo

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2012/12/03d.htm

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