terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Comissário europeu defende orçamento sólido para a PAC

04-12-2012




No encontro realizado na passada sexta-feira, em Bruxelas, os
presidentes do Copa e da Cogeca consideraram favorável a chamada de
atenção do comissário europeu da Agricultura a favor de um orçamento
sólido para a política agrícola comum.

A despesa agrícola, que representa menos de um por cento dos gastos
públicos, deve manter os níveis actuais até 2020 de forma a assegurar
a viabilidade do sector face ao futuro, satisfazer a procura alimentar
e reforçar o crescimento e emprego nas zonas rurais da União Europeia
(UE), insistiu o presidente do Copa, Gerd Sonnleitner.

Este encontro decorreu depois da reunião de chefes de Estado e de
governo no passado dia 23 de Novembro, na qual não se chegou a um
acordo sobre o futuro orçamento da UE. O presidente do Copa pediu uma
decisão rápida e positiva sobre esta matéria, para que os agricultores
possam aplicar a futura política agrícola comum (PAC) em 2014,
deixando ainda claro que a despesa dirigida ao sector agrícola é um
facto de crescimento e emprego nas zonas rurais comunitárias e tem
repercussões positivas noutros sectores da economia, o que em tempo de
crise tem uma importância vital, sublinhando que aplicar 27 políticas
em separado nos Estados-membros custaria muito mais aos governos que a
PAC.

Em conjunto com Gerd Sonnleitner expressou a sua satisfação perante a
notícia avançado por Dacian Ciolos de dar mais flexibilidade aos
agricultores na aplicação das medidas para uma PAC mais "verde".

As duas organizações desejam que os agricultores disponham de uma
escolha mais ampla de medidas, para que possam eleger as mais
apropriadas para o ambiente das suas explorações e as que possam ter
melhores resultados ambientes.

Para reduzir a burocracia, a exigência para uma política mais
ecológica podia incluir-se num regime já existente, como por exemplo
os programas agro-ambientais ou o regime de certificação.

Sonnleitner pediu também ao comissário para apresentar um quadro com
propostas concretas sobre esta situação, assinalando que não têm
«nenhuma ideia como vai funcionar», declarando estar particularmente
preocupado com a proposta da Comissão em prol da criação de
superfícies de interesse ecológico, o que implica uma redução da área
de terras agrícolas disponíveis para a produção. Esta redução pode vir
a supor menos disponibilidade de matérias-primas para a indústria
alimentar e de rações destinadas às produções pecuárias.

Fonte: Agrodigital

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia45356.aspx

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