sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Especialistas pedem política integrada para a alimentação

ALEXANDRA PRADO COELHO 13/12/2013 - 07:33
Existem projectos, existem especialistas, falta comunicação, alerta
comissão organizadora do ciclo "O Futuro da Alimentação"


São necessárias "abordagens integradas" para melhor decidir na área da
alimentação PÚBLICO

Em Portugal há muita gente que trabalha em áreas ligadas directa ou
indirectamente à alimentação, e, apesar de existirem projectos
integrados, falta ainda uma política integrada, que cruze os
contributos das diversas áreas.

Esta é a primeira conclusão de uma lista de 22 que será apresentada,
esta quinta-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, no encerramento do
ciclo "O Futuro da Alimentação – Ambiente, Saúde e Economia", uma
parceria da Gulbenkian e do PÚBLICO, que teve início em Março.

A conferência, que começa às 17h30, tem entre os oradores a ministra
da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território,
Assunção Cristas, e é precedida por um workshop, (às 15h), em que
serão apresentadas as conclusões do projecto PERDA, que estudou o
desperdício alimentar em Portugal, concluindo que o país desperdiça um
milhão de toneladas de alimentos por ano.

Haverá ainda intervenções de Jesus Contreras, do Observatório da
Alimentação, de Barcelona, que falará sobre a Dieta Mediterrânica, e
de Luísa Neto, da Faculdade de Direito da Universidade do Porto, sobre
a nutrição como política pública.

"As diversas áreas e especialistas (investigação nutricional,
investigação e aplicação clínica, produção agro-alimentar, ecologia,
desenvolvimento económico) têm vivido em mundos separados e trabalham
ainda de forma pouco integrada", escreve nas conclusões a comissão
organizadora do ciclo, presidida por José Lima Santos, do Instituto
Superior de Agronomia de Lisboa, e que inclui a especialista em
endocrinologia Isabel do Carmo, Pedro Graça, da Faculdade de Ciências
da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, e a engenheira
agrónoma Isabel Ribeiro.

O que estes especialistas defendem é que é altura de se introduzir
"abordagens integradas de apoio à decisão política, com vista a tomar
decisões melhores e mais consistentes no médio-longo prazo". E
consideram que o Programa Nacional de Promoção da Alimentação
Saudável, lançado este ano e dirigido por Pedro Graça, "poderá ser um
espaço de cruzamento de diferentes olhares e saberes para a definição
de uma política alimentar e nutricional a médio prazo em Portugal".


http://www.publico.pt/sociedade/noticia/especialistas-pedem-politica-integrada-para-a-alimentacao-1577202

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