terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Jornadas Técnicas do Cidrão

Cidrão (Citrus medicus)


Decorreram no sábado dia 15 de Dezembro no Mosteiro de Tibães as
"Jornadas Técnicas do Cidrão - Um fruto mediterrânico quase esquecido,
contributos para a sua valorização", organizadas no âmbito de uma
parceria entre a ATAHCA e a Direcção Regional de Cultura do Norte, as
quais contaram com cerca de 75 participantes, entre produtores
agrícolas, técnicos, responsáveis de entidades públicas e privadas
ligadas ao sector agrário e ao ensino e investigação.

Durante uma manhã os participantes assistiram a um conjunto
diversificado de comunicações que abordaram a temática do cidrão desde
a produção deste citrino, até à sua ligação à história de Portugal nos
séculos XVII e XVIII, como um dos produtos agrícolas mais exportados
para o continente americano pelos seus efeitos benéficos na cura do
escorbuto, à sua transformação e utilização na indústria da
confeitaria e da pastelaria para a elaboração de fruta confitada e
cristalizada e doces tradicionais, dos quais se destaca o famoso bolo
rei.

As jornadas contaram com os contributos dos seguintes oradores: Dr.
Mário Brito (Direcção Regional da Cultura do Norte - DRCN) ; Professor
Mota Alves (Presidente da Direcção da ATAHCA); Dr. Manuel Cardoso
(Director Regional da Agricultura e Pescas do Norte-DRAPN) que abriram
as jornadas; Drª Anabela Ramos (Técnica da DRCN) que abordou o tema do
cidrão como alimento e medicamento nos séculos XVII e XVIII; o
produtor agrícola Belmiro Cerqueira de Vila Verde que falou aos
presentes da sua experiência como produtor agrícola de cidrão; Engº
Augusto Assunção (Técnico da DRAPN) que apresentou os aspectos
técnicos ligados à cultura do cidrão; a Engª Alimentar Pilar Santos da
empresa Douro Mel que abordou as formas de transformação utilizadas
para este fruto na indústria, nomeadamente a confitagem e a
cristalização e ainda Daniel Pereira da Doçaria S.Vicente que trouxe
às jornadas o testemunho de uma pastelaria que há 200 anos utiliza o
cidrão como matéria-prima para a confecção do bolo rei e outros doces.

Durante as jornadas os participantes tiveram ainda o privilégio de
degustar vários produtos feitos à base do cidrão, nomeadamente:
pastéis e toucinho do céu com cidrão; cidrão confitado e cristalizado;
compotas e doces; infusões de folhas e cascas; licor e bolo rei.

No final destas jornadas ficou a convicção geral de que o cidrão é um
fruto com elevado potencial de mercado pelas suas propriedades e
características naturais, e que é sem dúvida mais um produto agrícola
que a região do Alto Cávado pelas óptimas condições edafo-climáticas
pode produzir facilmente, transformando-o assim numa oportunidade para
quem quiser apostar na sua cultura , comercialização e transformação,
numa lógica de diversificação e rentabilização da actividade nas
explorações agrícolas.

Fonte: ATAHCA

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2012/12/18.htm

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