terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Mais números vermelhos sobre as florestas em Portugal

OPINIÃO

Nas últimas décadas, o valor económico das florestas portuguesas tem
conhecido um declínio progressivo, o que aporta repercussões aos
níveis social e ambiental.

2,3% reflete o decréscimo em valor da taxa de variação anual
apresentada pela produção florestal no período 2000/2010, refletindo o
efeito da diminuição dos preços pagos aos produtores florestais
(fonte: INE/CES 2010, 2012).

7,1% expressa o acréscimo no rácio consumo intermédio / produção entre
2000 e 2010, ou seja, aumentou de 20,6% em 2000 para 27,7% em 2010 (a
preços correntes), uma situação adversa à produção silvícola (fonte:
INE/CES 2010, 2012),

1,5 milhões de hectares correspondem à área de solos abandonados em
Portugal (excluída a SAU). Esta área corresponde a 43% da área
florestal total e a 17% da área terrestre nacional (Fonte:
SEFDR/MAMAOT, 2012).

74,2 M€ respeitam ao montante gasto em 2012 pela Proteção Civil no
combate direto aos incêndios florestais, mais 10,3% do que o valor
gasto em 2011 (Fonte: ANPC, 2012). „h

35% é o valor médio registado por Portugal no período 2000-2009 na
distribuição da área florestal ardida nos 5 países do Sul da Europa,
que inclui ainda a Espanha (com 29%), a Itália (19%), a Grécia (11%) e
a França (5%) (Fonte: BES/ESR, 2011).

100% reflete o aumento da área de eucalipto em Portugal nos últimos 30
anos. Embora não estejam disponíveis os dados do último Inventário
Florestal, a área de eucaliptal, a 5.ª a nível mundial, terá aumentado
mais de 400 mil hectares, isto apesar dos indícios de crescente
abandono da gestão dos povoamentos florestais com esta espécie exótica
e da produtividade média nacional remontar a 1928.

Lisboa, 10 de dezembro de 2012

A Direção da Acréscimo

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2012/12/10g.htm

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