sábado, 25 de agosto de 2012

“Será o eucalipto uma árvore maldita ou… uma solução de futuro?”

OPINIÃO

João-Paulo Mourato
Engenheiro Agrónomo – Consultor
Membro Sénior da Ordem dos Engenheiros

A propósito do artigo do Sr. Engº João Soares, intitulado "Os
prejuízos do eucalipto", publicado no Jornal "Público" de 14 de
Agosto, venho aproveitar a oportunidade para expressar a minha
surpresa e desacordo pela polémica que mais uma vez se instalou sobre
uma espécie vegetal que é o Eucalipto, que considero um total "non
sense" e uma perda de tempo e de energia.

Por formação e por experiência profissional, sempre me fez confusão
porque é que a partir dos anos 80 do século passado a cultura do
eucalipto e a indústria da celulose começaram a ser alvo de
"contestação" por parte de profissionais ligados ao "Ambiente" (na sua
maioria funcionários públicos). Provavelmente esta contestação tinha
como finalidade obterem protagonismo político, depois de criada a
Secretaria de Estado, que mais tarde passou a ser o Ministério do
Ambiente. Há que considerar igualmente as manifestações algo primárias
a que assistimos (por exemplo pessoas amarradas com correntes às
máquinas para impedir as florestações), protagonizadas pelos "grupos
ambientalistas" que entretanto começaram a surgir.

A cultura intensiva do eucalipto e o seu aproveitamento pela indústria
para o fabrico de pasta de papel vem muito detrás. Basta recordar que
muitos dos ensaios de plantações com eucaliptos foram iniciados nos
anos 50 em Moçambique, pela então Junta do Ultramar, e foram
posteriormente continuados em Portugal continental pela empresa
CUF-Companhia União Fabril, que recrutou para os seus quadros alguns
dos técnicos vindos de Moçambique. Foi no Centro de Estudos
Agronómicos da CUF, em Sacavém, que se iniciaram e desenvolveram os
primeiros ensaios em vasos com o Eucalipto, visando a determinação da
sua adaptação a diversos tipos de solos e foram também levados a cabo
ensaios de fertilização, que determinaram o aparecimento das normas de
adubação da cultura. De tal modo os resultados foram interessantes que
a CUF estabeleceu uma sociedade com a empresa sueca Billerud AB, tendo
surgido em 1965 a Celulose Billerud, SARL (mais tarde com a
denominação de CELBI – Celulose Beira Industrial, SA), onde a CUF
detinha 23 % do Capital, a Billerud AB 71 % e um grupo de produtores
florestais 6%. Esta unidade industrial foi construída junto à cidade
da Figueira da Foz porque apresentava a vantagem de se encontrar na
proximidade de áreas florestais, haver abundância de água
(indispensável ao processo produtivo), a proximidade do Oceano
Atlântico e de um Porto Comercial e a disponibilidade de mão-de-obra
qualificada. E assim se deu início à transformação da madeira de
eucalipto que começou a ser plantado, inicialmente nos terrenos junto
à fábrica, como uma cultura agrícola intensiva, considerando o número
de plantas por hectare (entre 1.200 e 1.400), com a tecnologia
utilizada na agricultura – escolha de solos, análise de terra,
preparação do terreno, normas de adubação, etc.

Durante quase 20 anos que não se ouviu qualquer tipo de contestação à
cultura do Eucalipto propriamente dita, verificando-se sim alguma
resistência e protesto contra o mau cheiro, que era típico de todas as
unidades de celulose do país. Os eucaliptos sempre foram vistos como
árvores decorativas magníficas, tanto pelo seu rápido crescimento,
como pelo seu porte, existindo vários exemplares em quase todos os
montes alentejanos. Apareciam também em jardins, nas bermas das
estradas (com a sua lista branca), e eram utilizados como cortinas de
protecção contra ventos, para protecção de taludes, etc.

Não é pois uma árvore desconhecida da população portuguesa e quando
nos anos 60 começou a ser plantada como uma cultura agrícola para a
produção de madeira, que era utilizada por uma indústria de sucesso
(já nessa altura), e que dava trabalho a muitos milhares de
portugueses, não se registavam contestações ao nível das que começamos
a assistir nos finais dos anos 80.

Por vezes as empresas, tal como os homens, são vítimas do seu próprio
sucesso e neste caso a indústria da pasta de papel, que sempre
apresentou resultados positivos, apesar das convulsões politicas e
socioecónomicas que se seguiram ao 25 de Abril, começou então a ser
"contestada" por grupos de cidadãos associados em organizações ditas
"ambientalistas" e também pelas recém-formadas instituições públicas
ligadas ao "Ambiente". Procuravam protagonismo ou se possível cortar
alguma fatia do bolo em troca de moderar posições? Nunca o saberemos.

Na verdade nos anos em que trabalhei no terreno, junto dos
proprietários agroflorestais, nunca estes se queixaram dos
"malefícios" da cultura do eucalipto, a não ser em situações de
extremas de propriedades ou de vizinhança.

A verdadeira mudança verificou-se quando foi atribuída uma cobertura
exagerada e desproporcionada aos protestos dos "ambientalistas
urbanos", que animados dum espirito algo mesquinho e de inveja pelo
sucesso, transmitiram ao "público" urbano uma ideia errada do que na
verdade é e representava a cultura do eucalipto para a produção de
pasta de papel. Ideias que infelizmente ainda perduram, apesar dos
resultados da investigação científica e que, em meu entender, deveriam
ser correctamente desmistificadas.

A cereja em cima do bolo da querela apareceu quando alguns governantes
dos sucessivos governos e também alguns autarcas, viram uma janela de
oportunidade se aderissem, de forma directa, aos protestos
anteriormente referidos, lhes poderiam angariar votos. Assim foram
sendo criadas leis atrás de leis, que não proibindo a cultura do
eucalipto, a dificultava burocraticamente, principalmente para os
pequenos proprietários, impedindo-os de rentabilizar os seus terrenos,
à falta de melhores alternativas. Neste cenário, paulatinamente, foram
sendo criados inicialmente os chamados "estudos de impacte ambiental",
depois a RAN, a REN, a Rede Natura 2000, os Parques Naturais, etc.
Enquanto este verdadeiro impedimento de rentabilizar a propriedade
privada ocorria ninguém reclamou… Pelo menos não recordamos quaisquer
reportagens de rádios, jornais ou televisões e muito menos de grupos
de cidadãos ligados ao ambiente insurgirem-se contra a apropriação de
um direito fundamental da democracia que é a existência da propriedade
privada, nem contra o crescente despovoamento do território, associado
à quebra de rendimento da actividade agroflorestal. Ao mesmo tempo
utilizavam-se por exemplo os regadios do Ribatejo e da Beira Interior
para produzir tabaco (porventura subsidiado) e nunca se ouviu nenhum
protesto sobre esta questão. Julgamos ser o tabaco muito mais
pernicioso para a saúde pública do que as plantações de eucalipto.
Passeando pelas zonas rurais não é invulgar encontrar plantações de
vinhas e de pomares em áreas de encosta, sem qualquer protecção contra
a erosão (as linhas das culturas são perpendiculares às curvas de
nível). Também não conheço protestos ambientalistas nesta área. As
descargas dos efluentes das unidades pecuárias e dos próprios
municípios para as linhas de água, devido à inexistência, degradação
ou mal funcionamento das ETARs, constituem um verdadeiro atentado à
saúde pública e ao ambiente. Nunca assistimos a protesto de
ambientalistas junto dessas unidades poluentes ou os poderes públicos,
centrais e locais, exercerem as suas competências punitivas e
restritivas nesta matéria.

Pelo exposto e tendo em conta as poucas alternativas que restam aos
proprietários agroflorestais, em especial os do minifúndio do litoral
português, a actual proposta de alteração da legislação, apesar de não
ser perfeita, é mais do que justa e necessária. Contudo existe, em meu
entender, um factor que é determinante para o êxito deste grande
progresso legislativo e que passa pela extensão rural, de modo a
"ensinar" como produzir mais quantidade, melhor produto final e a
melhor preço.

A este propósito é paradigmático e mesmo surpreendente o que se passa
com a fileira do pinho, em especial com a sua industria tradicional –
a serração. Verifica-se que em certas zonas do país, esta industria
basicamente desapareceu (basta analisar o numero de unidades que
fecharam nos últimos 5 anos), verificando-se um vazio no
aproveitamento da madeira de pinho que valorize os investimentos
realizados pelos proprietários. A madeira para serração sempre foi
valorizada, uma vez que a sua utilização estava ligada principalmente
à industria do mobiliário, sequencialmente ao fabrico de paletes e
finalmente para a industria dos aglomerados. O interessante é que os
grupos ambientalistas, que deveriam estar preocupados com o
desaparecimento de indústrias a jusante, que realizassem o
aproveitamento do material lenhoso de uma fileira com impacto directo
no meio rural, nada dizem e não apresentam nem soluções nem
alternativas para as populações.

Mas o mais surpreendente é que actualmente se verifica a utilização de
madeira de pinho para serração, com mais de 40 cm de diâmetro, da
maneira mais primária possível (ao
nível da serradura), para a produção de peletes energéticas…. Nem os
grupos ambientalistas, nem os meios de comunicação social, nem os
próprios serviços públicos, que autorizam estes investimentos
(centrais e autárquicos) e que devem supervisionar estas actividades,
nada dizem… Porque será?

A verdade é que em diversas regiões do país já estão instaladas
unidades produtoras de peletes, com capacidades próximas das 100.000 t
/ ano, comportando-se como verdadeiros predadores da floresta local,
uma vez que não possuem 1 ha de terreno e não fomentam a
reflorestação, deixando o país bem mais pobre do que as plantações de
eucalipto.

Lisboa, 22 de Agosto de 2012

Famílias desperdiçam 40% dos alimentos que compram

EUA

Económico com Lusa
23/08/12 08:53


Os norte-americanos desperdiçam 40% dos bens alimentares que compram por ano.

Os norte-americanos desperdiçam 40% dos bens alimentares que compram
por ano, ou seja, 165.000 milhões de dólares (131.685 milhões de
euros), segundo o Conselho
para a Defesa dos Recursos Naturais (NRDC, na sigla em inglês).

Um estudo do NRDC hoje divulgado, uma compilação de vários estudos e
estatísticas, avaliou todos os tipos de resíduos que se criam desde a
produção da matéria-prima até que o alimento chegue à mesa, concluindo
que a maioria dos desperdícios se produz em casa.

"As famílias norte-americanas desperdiçam aproximadamente 40% dos
alimentos e bebidas que compram", sobretudo devido à cultura de comida
barata e em abundância que o país tem há décadas.

No entanto, e porque a alimentação representa uma parte muito pequena
do orçamento das famílias, estas não têm consciência da quantidade de
alimentos que desperdiçam, refere o relatório.

Em média, uma família norte-americana desperdiça anualmente até 2.275
dólares (1.815 euros) em alimentos e a tendência tem piorado ao longo
do tempo.

O governo norte-americano estima que os supermercados dos Estados
Unidos percam todos os anos cerca de 15.000 milhões de dólares (11.900
milhões de euros) em frutas e legumes que não se vendem. O NRDC
atribui parte destas perdas ao excesso de existências
disponibilizadas, uma técnica utilizada pelas grandes superfícies
para impressionar os clientes.

"Os restaurantes e outros estabelecimentos alimentares também registam
grandes perdas relacionadas com os desperdícios, porque os pratos que
servem são muito maiores do que o recomendado pelo governo", refere o
relatório.

No documento, o NRDC considera que o governo dos Estados Unidos não
dedicou recursos suficientes para identificar as ineficácias do
sistema e acusa-o de não combater o problema, comparando com os
esforços feitos na Europa.

http://economico.sapo.pt/noticias/familias-desperdicam-40-dos-alimentos-que-compram_150539.html

APROLEP: Carta Aberta sobre o risco de extinção da produção de Leite em Portugal

O sector Leiteiro Nacional, com os seus actuais 7 mil produtores de
leite, dos quais 4 mil no continente, (outrora 80 mil) é entre os
sectores agrícolas nacionais um dos que melhor se adapta às novas
exigências da sociedade. Hoje temos vacas em estabulação semi-livre,
com zonas de recreio e descanso almofadadas, zonas de sombra e limpeza
automáticas dos animais, ordenhas robotizadas onde os animais são
massajados e zonas de alimentação com comida 24h por dia sempre
disponível, devidamente formulada por nutricionistas.

São todas estas comodidades das nossas vacas que neste preciso momento
estão em risco, devido a dois factores completamente alheios ao
produtor:

- O aumento do custo alimentar das nossas vacas tem sido demolidor.
Actualmente, a conjugação entre vários acontecimentos climatéricos nos
principais "celeiros" do planeta com a especulação bolsista aliada ao
aumento do preço das energias, têm como consequência um custo
alimentar por exploração que atinge 70 a 80% da receita total dessa
mesma exploração. E agora a questão é a seguinte: "Será que com apenas
20% da receita se consegue manter todas aquelas comodidades referidas
para as nossa vacas, além de todos os outros custos fixos ?"
Certamente que não!

- O segundo factor é o preço pago ao produtor por cada litro de leite.
As descidas de preço consecutivas desde o início do ano, acrescidas de
novas promessas de descida já para Setembro, em completo contraciclo
com os aumentos dos custos de produção são difíceis de entender e
suportar pela produção, pois representam uma quebra de receita na
ordem dos 10 a 15%.

Por tudo isto, deixamos aqui o nosso grito de revolta. Porque não
podemos continuar a dar todas as boas comodidades às nossas vacas,
apelamos a todos os elos da cadeia (do prado ao prato) que sejam
solidários com a produção:

- Á Indústria, recordamos que o seu futuro dependerá do abastecimento
regular de leite em quantidade e qualidade que só uma produção de
proximidade pode assegurar. Ao sector cooperativo, lembramos os
princípios e valores cooperativos, como por exemplo, a equidade, a
partilha e a solidariedade entre os seus membros cooperantes;

- Á Distribuição desafiamos que seja consequente com o que apregoa nas
suas campanhas publicitárias. Só é possível salvaguardar a produção
nacional de uma forma sustentada pagando pelos produtos um preço
justo, superior aos custos de produção;

- Ao Estado não pedimos subsídios, mas sim ferramentas legislativas
que ajudem a produção a ter voz activa na discussão do preço por litro
de leite pago ao produtor, tendo em conta a evolução dos custos de
produção além do mercado de produtos lácteos. As conclusões do
relatório da PARCA, Plataforma de Acompanhamento das Relações na
Cadeia Agro-alimentar, vieram confirmar uma maior necessidade do poder
negocial da Produção, que neste momento não consegue repercutir os
aumentos dos custos de produção no valor de venda dos seus produtos;
Pedimos não apenas acção do Governo mas também atenção e iniciativas
dos vários órgãos de soberania a nível nacional, regional e local e de
todos os partidos políticos.

- Aos cidadãos, em particular no papel de consumidores, reafirmarmos
não querer aumentar a despesa mensal com os produtos lácteos, no
entanto não podemos deixar de chamar a atenção para as nossas
dificuldades que poderão ser atenuadas se na hora de escolher o
produto na prateleira, preferirem e exigirem produtos com a marca PT
(Nacionais).

A todos aqueles que de uma forma directa ou indirecta lidam com os
Produtores de leite deste país deixamos este apelo:

- Ajudem-nos a sobreviver a esta tempestade que todos os dias dizima
produtores. Acreditamos que depois da tempestade possa vir a bonança,
mas para resistir no presente precisamos da solidariedade de todos sem
excepção, a bem da soberania leiteira Nacional, que está em vias de
colapsar. Sim á partilha de esforços e valores; Não à asfixia da
produção!

Póvoa de Varzim, 24 de Agosto de 2012

Associação dos Produtores de Leite de Portugal

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2012/08/24a.htm

Área ardida em Portugal em 2012 superior à medida da última década

Publicado ontem às 16:14
Dos 67 mil hectares ardidos até julho de 2012, mais de 22 mil foram no
distrito de Faro, ao passo que os fogos atingiram pouco menos de 16
mil hectares nos distritos de Braga e Bragança.
A área ardida em Portugal até julho de 2012 é quase 1,5 vezes superior
à média da última década, indica um relatório divulgado pelo
Ministério da Agricultura.
De acordo com este documento, arderam nos primeiros sete meses de 2017
cerca de 67 mil hectares, 22100 dos quais no distrito de Faro, a zona
mais atingida por incêndios.
O Ministério da Agricultura lembra que o incêndio de julho em Tavira e
S. Brás de Alportel contribuiu para o facto de o Algarve ter sido a
zona mais atingida por incêndio, dado que só este fogo consumiu cerca
de 21 mil hectares.
O documento indica ainda que arderam 7900 hectares no distrito de
Braga e que os incêndios em Portugal até julho atingiram 7750 hectares
no distrito de Bragança.
Ainda segundo este relatório, as condições meteorológicas têm uma
relação muito direta com os fogos, sendo referidos que os portugueses
estão consciencializados para o problema e impacto dos incêndios.
Apesar disso, o Ministério da Agricultura lembra que há claras
deficiências na adequação nas práticas da população à situações
meteorológicas.

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=2734622&page=-1

Incêndios/Algarve: Corticeiras da região obrigadas a recorrer a produto alentejano e espanhol nos próximos anos - empresária

Lusa - Esta notícia foi escrita nos termos do Acordo Ortográfico
15:36 Quarta feira, 25 de Julho de 2012
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Loulé, 25 jul (Lusa) -- As corticeiras algarvias vão ter de recorrer,
nos próximos anos, à cortiça alentejana e espanhola para colmatar a
falta de cortiça da Serra do Caldeirão, devastada pelo fogo na passada
semana, alertou hoje a empresária do setor Sandra Correia.

"A qualidade é, no fundo, o grande prejuízo que temos, porque sabemos
que a cortiça do Algarve é a que tem maior qualidade", disse à agência
Lusa a empresária do setor de transformação de cortiça.

"Vamos ter de comprar praticamente tudo fora do Algarve", afirmou,
referindo que a sua empresa transforma cerca de 1.500 toneladas de
cortiça anualmente, metade das quais já eram compradas no Alentejo.


http://visao.sapo.pt/incendiosalgarve-corticeiras-da-regiao-obrigadas-a-recorrer-a-produto-alentejano-e-espanhol-nos-proximos-anos-empresaria=f677343

Vão ser instaladas mais 15 mil colmeias no distrito de Bragança

Escrito por Informação, Sim 24-08-2012 16:41
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O sector do mel está em crescimento no distrito de Bragança.Quem o diz
é o Grão-Mestre da Primeira Confraria do Mel de Trás-os-Montes,
apresentada hoje, em Macedo de Cavaleiros.


Francisco Rogão sublinha que foram aprovados vários projectos no
âmbito do Proder e garante que a Confraria vai ajudar a promover este
sector."Só em projectos Proder há mais de 15 mil colmeias aprovadas
para o distrito de Bragança. Isso demonstra que há interesse na
apicultura. Vamos divulgar o mel e a apicultura no seu todo", realça o
responsável A Confraria é constituída por 11 confrades, oriundos de
todo o País."Temos cá pessoas de Lisboa, do Porto, de Bragança,
Mogadouro e na próxima entronização vamos ter pessoas do Algarve e das
Ilhas. Surgiu de uma reunião entre vários grupos de amigos e como
Macedo está na linha da frente no que diz respeito ao sector apícola
decidimos fazer aqui a Confraria", explica Francisco Rogão. Para o
presidente da Federação Nacional de Apicultores de Portugal, Manuel
Gonçalves, a constituição da Confraria é um passo fundamental para a
profissionalização do sector do mel."Eu vejo isto como um evoluir e
uma afirmação da fileira, que está nesta fase em crescimento. Eu não
estranho que vão aparecer mais confrarias, mas eu gostaria que não
aparecem muitas e que a existisse se empenhasse na promoção do mel,
mas também da abelha como polinizadora e do território no seu todo",
enaltece o responsável.
Criada para dar apoio aos apicultores da região, a Confraria do Mel
quer agora ganhar escala a nível internacional e promover a fileira
apícola além fronteiras.
Escrito por Onda Livre

http://www.brigantia.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=7709&Itemid=43

Portugueses consomem menos vinho e estão mais atentos ao preço

23 Agosto 2012 | 11:04
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt

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No espaço de pouco mais de um ano, o vinho perdeu uma fatia
significativa da sua clientela em Portugal. Vinho branco foi o mais
castigado, conclui estudo.
São cada vez menos os portugueses que se dizem ser consumidores de
vinho e cada vez mais os que fazem as suas escolhas em função do
preço. Estas são algumas conclusões de um levantamento realizado pela
GfK Metris, especializada em estudos de mercado, que pelo segundo ano
monitoriza semestralmente o sector vitivinícola nacional.

De acordo com o estudo, o consumo interno de vinho tem vindo a
diminuir, com uma redução acentuada dos indivíduos que se assumem como
consumidores de vinho: 44% da população portuguesa, contra 57% em
Fevereiro de 2011. Resultados que "tornam necessárias novas
estratégias para voltar a aproximar Portugal e os portugueses de um
produto tradicionalmente seu – o vinho".

Entre os atributos mais importantes na escolha de um vinho, o preço
(44%) e a região (43%) são os critérios que ganharam mais relevância
no último ano, ocupando agora a segunda e a terceira posições nos
factores de escolha. O "aroma agradável" é ainda o factor
preponderante na escolha, com 61% de referências.

Mais de metade dos consumidores opta pelo vinho tinto (74% dos
inquiridos afirma consumir esta variedade), seguindo-se o vinho verde
nas preferências de consumo dos portugueses (29%), o vinho branco
(27%) e o vinho rosé é escolhido por 7% dos consumidores.

A quebra de consumidores atinge todas as variedades de vinho, mas é o
vinho branco que sofre a maior erosão – apenas 27% dos consumidores de
vinho afirma consumir, actualmente, esta variedade, contra 44% em
Fevereiro de 2011. E nem a época de Verão - tradicionalmente associada
a um consumo alternativo ao vinho tinto - parece conseguir impedir a
quebra de consumidores deste tipo de vinho.

A variedade verde é aquela que apresenta uma maior resiliência às
perdas, mantendo, no essencial, o seu núcleo de consumidores (cerca de
30%) e que apresentam uma maior incidência no Norte Litoral e Grande
Porto.

O Alentejo continua a ser, globalmente, a região produtora de vinhos
mais apreciada (preferida por 61% dos consumidores), destacando-se,
ainda, o Minho que, com 24% das preferências, ultrapassa pela primeira
vez a região do Dão, assumindo-se como a terceira região mais
apreciada.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=574505

Leite: Cristas promete propostas legislativas em Setembro

Alerta para "risco de extinção" do sector

A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, assegurou esta
sexta-feira que, já em Setembro, o Governo vai apresentar propostas
legislativas para regular o mercado do leite aos profissionais do
sector, de forma a resolver os problemas, que considerou
"prioritários".
24 Agosto 2012Nº de votos (0) Comentários (0)



Falando aos jornalistas em Faro, à margem de uma visita ao Refúgio
Aboím Ascenção, a ministra afirmou que, neste momento, o Governo está
a recolher junto de todas as entidades do sector propostas para novas
regras de regulação do mercado, "nomeadamente ao nível dos contratos
entre produção, indústria e distribuição".
Nesta sexta-feira, a Associação dos Produtores de Leite de Portugal
(Aprolep) alertou, numa carta aberta "dirigida à indústria,
distribuição, governantes e sociedade", para o "risco de extinção" do
sector face à descida dos preços à produção e escalada dos custos.
Garantindo que está a acompanhar "há muito tempo" a evolução das
relações produtivas nesta área, Assunção Cristas remeteu para Setembro
a apresentação, por parte do seu ministério, de um conjunto de
propostas legislativas aos vários parceiros, "para serem discutidas
entre todos e depois aprovadas pelo Governo".
"O leite é prioritário para nós e é um sector que nós temos vindo a
acompanhar", disse, reconhecendo que, neste momento, os produtores
enfrentam dificuldades acrescidas devido à seca, que faz aumentar os
custos de produção, "e os valores pagos ao produtor têm vindo a
diminuir".
Contudo, recordou que, em Junho, o Governo abriu concurso para a
restruturação e modernização do sector do leite e a valorização do
produto, no quadro dos fundos do PRODER (Programa de Desenvolvimento
Rural).
Na carta aberta que foi divulgada hoje, a Aprolep reclama ao Governo
"que tome medidas para um mercado com regras", pede à indústria "que
seja eficiente, inovando nos produtos e buscando novos mercados",
defende que a distribuição "seja responsável e justa" e apela à
sociedade "que ajude os produtores, preferindo lacticínios
portugueses".

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/leite-cristas-promete-propostas-legislativas-em-setembro

Criada petição para linha de crédito a jovens agricultores

Na Internet

O consultor e engenheiro agrónomo José Martino anunciou esta
sexta-feira que irá lançar no início da próxima semana uma petição
pública para a criação de linhas de crédito para apoio à instalação de
jovens agricultores.
24 Agosto 2012Nº de votos (0) Comentários (1)



"Estão a instalar-se muitos jovens agricultores que têm na agricultura
uma alternativa à emigração", explicou à Lusa o consultor, que em 2010
lançou uma petição para a criação de um banco de terras público, o que
acabou por ser anunciado pelo actual executivo em Março deste ano.
José Martino defende que "o Estado, através da CGD, deveria usar os
escassos recursos financeiros que tem" e pô-los à disposição dos
jovens agricultores, para que estes "possam ter sucesso" uma vez que
não dispõem a totalidade de capitais necessários.
O "financiamento bancário" tem sido mesmo "um dos estrangulamentos
verificados" pelo engenheiro agrónomo, segundo o qual "a banca não é
sensível a apoiar" os jovens empresários e as 'start ups'.
A petição visa assim que "o Governo dê orientações à CGD para criar
uma linha de crédito para apoiar os projectos de instalação de jovens
agricultores, com carência de amortização de capital de acordo com as
actividades a desenvolver e com taxa de juro bonificada".
Refere também a criação de "uma linha de 'crédito tipo habitação',
concedido com base no IRS do agregado familiar e com hipoteca do
imóvel, sendo concedido por um período de tempo até 40 anos, com
"spreads" semelhantes".

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/criada-peticao-para-linha-de-credito-a-jovens-agricultores

Auchan admite limitar pagamentos com cartão se "a prazo" taxas não baixarem

21.08.2012 18:36
ECONOMIA


O grupo Auchan, proprietário dos hipermercados Jumbo, admite tomar
medidas em relação aos pagamentos com cartão na sua rede caso não haja
uma redução das taxas, mas descarta tomar "de imediato" uma posição
semelhante à do Pingo Doce.
O Diário Público noticiou hoje que, a partir de 01 de setembro, o
Pingo Doce vai deixar de aceitar pagamentos com cartões de multibanco
e de crédito em compras com valor inferior a 20 euros.

Segundo o jornal, numa nota escrita, que já começou a ser distribuída
a alguns clientes, a empresa refere que a medida vai permitir uma
poupança anual superior a cinco milhões de euros.

"De momento não está a ser equacionada medida similar", disse fonte
oficial do grupo Auchan em resposta a questões colocadas pela agência
Lusa.

"Continuaremos a defender a redução do peso das comissões, pois nunca
aceitaremos aumentar os preços dos produtos aos clientes para suportar
o peso daquelas comissões bancárias, disse a mesma fonte,
acrescentando que "ainda há um longo caminho a percorrer na redução
das referidas comissões bancárias, pelo menos até ao valor médio da
Europa Ocidental".

O grupo Auchan, acrescentou, tem trabalhado com a Unicre, quer
diretamente, quer através da Associação Portuguesa de Empresas de
Distribuição (APED), "num plano tendente à redução das comissões".

No entanto, "caso o referido caminho não nos leve a uma redução até
ao nível necessário, provavelmente a prazo não nos restará outra
alternativa que não seja pedir aos clientes para substituírem o
pagamento em cartão por pagamento em dinheiro, pelo menos até um
determinado limite".

Em declarações hoje à Lusa, a diretora-geral da APED, Ana Trigo Morais
considerou que as taxas cobradas nas transações com cartões de
multibanco aos retalhistas em Portugal "são muito elevadas".

"Entendemos que Portugal é um mercado que tem pouca concorrência e
cobra taxas muito elevadas aos comerciantes", disse.

Nas operações de crédito, segundo dados da APED, "o pagamento é duas
vezes superior à média europeia, enquanto que nas operações a débito o
valor a pagar pelos retalhistas é quase 3 vezes superior".

Por isso, a associação defende "a baixa da taxa de serviço aos
comerciantes, sublinhando que "nos últimos quatro anos os associados
da APED pagaram 318 milhões de euros" em taxas de custo de pagamento.

"Daqui se vê a dimensão e preponderância", comentou a diretora-geral da APED.

A APED, que disse já ter tido várias reuniões com a Unicre, entidade
responsável pela gestão e emissão de cartões de pagament, reconheceu
que "tem havido alguns ajustamentos em baixa, mas são insuficientes".

LUSA

http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2012/08/21/auchan-admite-limitar-pagamentos-com-cartao-se-a-prazo-taxas-nao-baixarem

Assunção Cristas. Terras ardidas no Algarve poderão integrar zona piloto da Bolsa de Terras

Por Agência Lusa, publicado em 24 Ago 2012 - 20:23 | Actualizado há 11
horas 47 minutos
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Imagem

A ministra do Ambiente disse hoje que parte dos 26 mil hectares de
terras recentemente ardidas em Tavira e São Brás de Alportel poderão
integrar uma zona piloto da futura lei da Bolsa de Terras, já aprovada
pelo Governo.

"Podemos ter aqui uma zona piloto para testar um série de soluções,
nomeadamente as que decorrem da lei da Bolsa de Terras, que eu espero
que em setembro possa vir a ser aprovada", disse Assunção Cristas aos
jornalistas em Faro, à margem de uma visita que efetuou ao Refúgio
Aboím Ascenção.

Aprovada em conselho de ministros em março, a proposta de lei da bolsa
de terras implica a disponibilização voluntária por privados de
terrenos para fins agrícolas, florestais e silvo-pastoris, tendo como
"estímulo positivo" a redução do IMI (Imposto Municipal sobre o
Imobiliário).

A futura lei tem como objetivo geral facilitar o acesso à terra e irá
integrar terras do Estado, terras de particulares, terras que estão
sem uso agrícola e não têm dono conhecido, ou seja, que são "terras
abandonadas", e baldios.

Sobre os incêndios que afetaram o Algarve entre 18 e 21 de agosto, a
ministra do Ambiente assegurou que no fim do mês deverá estar
concluído um relatório com um levantamento dos prejuízos mas também
com os cálculos dos apoios necessários para a reposição da capacidade
produtiva das terras.

A ministra sublinhou a necessidade de os proprietários, muito
brevemente, se candidatarem a receber apoios do PRODER (Programa de
Desenvolvimento Rural) para serem ressarcidos das perdas.

"A outra fase posterior é a reposição da capacidade produtiva e aqui
há uma distinção entre agricultura e floresta, pois essa reposição na
agricultura pode ser mais imediata, enquanto a floresta precisa de
estabilização e só daqui a um ano é que se pode saber exatamente o que
se vai fazer e onde", disse.

No entanto, sublinhou que o PRODER também tem fundos para a
reflorestação, a aproveitar pelos proprietários algarvios, fundos
esses que habitualmente têm uma baixa taxa de execução em comparação
com setores com mais procura e dinamismo.

Assunção Cristas, que hoje de manhã manteve reuniões de trabalho com
responsáveis da Agricultura do Algarve, assistiu no Refúgio Aboím
Ascenção a uma aula sobre os benefícios do peixe na alimentação das
crianças, integrada na campanha de promoção do consumo de cavala,
desenvolvida pela Docapesca, atualmente em curso.

Ao fim da tarde, a ministra visita a Fatacil, feira de artesanato
regional a decorrer em Lagoa.

http://www.ionline.pt/portugal/assuncao-cristas-terras-ardidas-no-algarve-poderao-integrar-zona-piloto-da-bolsa-terras

Gasóleo volta a subir na próxima semana

Energia

Pedro Latoeiro
24/08/12 14:40


O gasóleo vai ficar mais caro em cerca de um cêntimo a partir de
segunda-feira, apurou o Económico.

O preço do litro da gasolina em Portugal está em 1,713 euros, enquanto
o gasóleo custa 1,495 euros o litro, segundo dados da Direcção Geral
de Energia e Geologia calculados com base em preços praticados 2595
postos no Continente.

Segundo apurou o Económico junto de fontes do sector, o custo do litro
da gasolina não deve sofrer alterações na próxima semana. Já o
gasóleo, o combustível mais consumido em Portugal, vai encarecer em
cerca de um cêntimo, o que em muitos postos significará o valor mais
elevado de sempre.

As mesmas fontes justificam a revisão em alta do preço do gasóleo com
a subida das cotações nos mercados internacionais, que foi ainda assim
amenizada pela valorização do euro contra o dólar na semana passada

http://economico.sapo.pt/noticias/gasoleo-volta-a-subir-na-proxima-semana_150604.html

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Berta Cabral reafirma importância da agricultura como 'pilar' da economia açoriana

inShare

23 de Agosto, 2012

A candidata do PSD/Açores à presidência do Governo Regional, Berta
Cabral, reafirmou hoje que a agricultura é o «pilar principal» da
economia açoriana, defendendo que, apesar das apostas que são
necessárias noutras áreas, não se pode descurar este sector.
«A agricultura é o pilar principal da nossa actividade económica.
Independentemente de termos de caminhar para o turismo, para a
economia de serviços, para a economia do conhecimento, para a inovação
e para as novas tecnologias, não podemos descurar a base de
sustentação da nossa actividade económica, que é a agricultura»,
afirmou Berta Cabral, em declarações aos jornalistas na Povoação, em
S. Miguel.

A candidata e líder regional do PSD/Açores visitou hoje uma exploração
agrícola no concelho da Povoação, que considerou ser uma «referência»
no arquipélago devido ao recente investimento ali feito e à utilização
de moderna tecnologia.

«A excelência da exploração, a inovação e o salto qualitativo dependem
também da formação, do empenhamento e da capacidade de inovar e de
fazer investimentos que promovam a rentabilidade e viabilidade das
explorações», frisou.

Berta Cabral recordou que a agricultura assume também especial
importância devido à sua capacidade de «absorção da mão-de-obra
disponível» noutras áreas de actividade, frisando que a defesa deste
sector implica um combate contra o agravamento dos custos dos factores
de produção e uma intervenção ao nível do preço do leite.

Nesse sentido, reafirmou a proposta de criação de uma entidade
reguladora para o sector do leite, que possa garantir que «a
construção dos preços nas várias etapas e a formação das margens (de
comercialização) seja equitativa e beneficie todos», alertando que «os
produtores estão numa cadeia em que são o elo mais fraco».

A aposta na inovação, na investigação e numa maior ligação à
universidade é outra das vias que Berta Cabral defendeu para promover
o sector agrícola nos Açores, permitindo «valorizar as cadeias de
produção».

A questão das quotas leiteiras também exige atenção, tendo a líder
regional social-democrata afirmado que os Açores devem continuar a
defender este sistema.

«Temos que defender até às últimas consequências, não só porque são
essenciais para os Açores, mas também porque, caso não se consiga
ganhar esta batalha, ficamos com capital reivindicativo suficiente
para exigir ajudas para os agricultores se adaptarem ao novo sistema»,
afirmou.

Lusa/SOL

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2012/08/23a.htm

Governo Regional compromete-se a apoiar agricultores

AÇORES

por Texto da Agência Lusa, publicado por Joana Capucho21 agosto 2012


Fotografia © Pedro Silva / Global Imagens
O secretário regional da Agricultura, Noé Rodrigues assegurou hoje que
os agricultores afetados pela passagem do furacão Gordon pelos Açores
vão ser apoiados, acrescentando que as candidaturas podem ser
preenchidas a partir de quinta-feira.

"Já está preparada uma ficha de inscrição para estas candidaturas, a
fim de se avaliar circunstancialmente a situação de cada um", afirmou
Noé Rodrigues, em declarações aos jornalistas no final de uma reunião
com o presidente da Associação Agrícola de S. Miguel.
Noé Rodrigues salientou que o executivo regional "tem tido sempre, em
todas as ocorrências, a capacidade de reservar alguma verba para
ajudar os agricultores a ultrapassar dificuldades".
"A região tem tido nos últimos anos a infelicidade de registar várias
ocorrências nefastas no normal ciclo produtivo das culturas dos
Açores", frisou, acrescentando que "esta é mais uma vez" em que a
ajuda oficial terá de ocorrer e de forma célere.
O presidente da Associação Agrícola de S. Miguel, Jorge Rita, apesar
de salientar que os números reais apenas serão conhecidos depois de
quinta-feira, estimou que a passagem do furacão Gordon terá causado
prejuízos de 10 por cento na costa norte de S. Miguel e de 90 por
cento nas explorações situadas na costa sul.
"Mais de 50 por cento da produção de milho forrageiro foi afetada. São
montantes exorbitantes em termos de prejuízos", afirmou Jorge Rita,
acrescentando que há produtores com o cultivo totalmente destruído.
Os estragos, segundo Jorge Rita, também se fazem sentir ao nível da
produção hortícola e frutícola.
"Temos aqui um bico de obra para resolver nos próximos tempos", frisou
Jorge Rita, considerando que "recorrer a mercados externos, ao preço a
que estão os alimentos, é impensável, mesmo tendo ajuda para o
transporte".
Jorge Rita apelou a que só os agricultores que tiveram verdadeiros
prejuizos com a passagem do furacão Gordon se dirijam aos serviços
oficiais para preencherem a ficha de candidatura aos apoios.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2729158&page=-1

Limitar pagamentos com cartões afeta bem-estar dos consumidores

Publicado em 2012-08-21


19 0 3
A SIBS considera que limitar o uso de pagamentos com cartões afeta o
bem-estar e a segurança dos consumidores, no dia em que foi noticiado
que o Pingo Doce vai limitar estas operações a valores superiores a 20
euros.


foto LISA SOARES/GLOBAL IMAGENS


"A eficiência e a conveniência do sistema de pagamentos português são
reconhecidas internacionalmente como um dos melhores exemplos
mundiais, tornando esta atividade numa das poucas onde Portugal assume
posições de liderança internacional", considerou, esta terça-feira, a
empresa de processamento de pagamentos eletrónicos, num comunicado
publicado na sua página na Internet.

Para SIBS, este sistema tem-se revelado "conveniente, seguro,
eficiente e inovador", pelo que tal não deve ser posto em causa.

"Qualquer impedimento 'administrativo' ao desfruto das vantagens de um
tal sistema por parte do público em geral resulta, em última
instância, no sacrifício do bem-estar dos consumidores, reduzindo-lhes
a segurança e comodidade nos pagamentos", afirmou a empresa.

A Deco - Associação de Defesa do Consumidor considerou, em declarações
à Lusa, que a limitação nos pagamentos vai prejudicar a segurança e
comodidade dos consumidores.

"Todas as medidas tomadas pelos comerciantes para restringir este tipo
de pagamentos não vêm num bom sentido para os consumidores, porque
estes vão passar a ter de transportar mais dinheiro. Portanto, em
termos de segurança e de comodidade, não são medidas boas para os
consumidores", afirmou o dirigente da associação de consumidores,
Jorge Morgado.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2729159

Restauração prepara com a PT sistema de pagamento alternativo aos cartões

Resposta aos custos com taxas nos terminais de pagamento

22.08.2012 - 07:53 Por PÚBLICO
1 de 25 notícias em Economiaseguinte »

Os comerciantes queixam-se dos preços que pagam para receber através de cartões
(Foto: Gonçalo Português (arquivo))
O sector da restauração e da hotelaria está a preparar, em colaboração
com a PT, um novo meio de pagamento alternativo aos cartões de crédito
ou débito, e usando o telemóvel, com o objectivo de poupar nas taxas
dos cartões.

A Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal
(AHRESP) e a Portugal Telecom (PT) reuniram-se pela primeira vez na
semana passada para falar sobre o projecto, segundo o Diário Económico
desta quarta-feira, que avança a notícia. O novo sistema deverá poder
ser aplicado a partir de 2013.

"Estamos a trabalhar para a criação do 'AHRESP Wallet', que será um
produto alternativo aos meios de pagamento electrónicos e que
permitirá pagar as compras através dos telemóveis", disse o presidente
da AHRESP, José Manuel Esteves, àquele jornal.

Apesar de o modelo de negócio ainda não estar definido, a AHRESP
perspectiva um custo de utilização inferior às actuais taxas cobradas
pela utilização dos cartões Multibanco e de crédito nos terminais de
pagamento automático, que custam 85 milhões de euros por ano ao sector
da restauração e hotelaria.

A alternativa que a AHRESP procura será algo semelhante a um sistema
que a PT já tem em funcionamento internamente, que permite aos
funcionários utilizar os telemóveis para pagar no bar e nas máquinas
de venda automática, bastando para isso aproximar o seu aparelho do
terminal de pagamento.

http://economia.publico.pt/Noticia/restauracao-prepara-com-a-pt-sistema-de-pagamento-alternativo-aos-cartoes-1559945

Governo proíbe caça

Portaria: Na área ardida, em Julho, em Tavira e São Brás de Alportel

O Governo proibiu a caça na área atingida pelos grandes incêndios
florestais de Julho, bem como nos terrenos limítrofes, nos concelhos
de Tavira e São Brás de Alportel. A medida é aplicada na época
venatória em curso, que se estende até 31 de Maio do próximo ano.
23 Agosto 2012Nº de votos (0) Comentários (0)
Por:José Carlos Eusébio




Segundo a portaria publicada ontem em Diário da República, os
incêndios "afectaram significativamente as populações das espécies
existentes na área". Por esse motivo, é necessária a adopção de
medidas "de protecção da fauna, com o fim de possibilitar a sua
recuperação".
O Governo decidiu, assim, proibir a caça "a qualquer espécie" na área
percorrida pelos fogos e numa faixa de 100 metros em redor. As
entidades que gerem as zonas de caça não pagarão a taxa anual.
A Federação de Caçadores do Algarve (FCA) concorda com a proibição,
mas pede apoios para a instalação de "abrigos, comedouros e bebedouros
artificiais, para a caça e para reposição da sinalização ardida"
revelou ao CM Vítor Palmilha, presidente da FCA.
Os fogos afectaram uma área de 21 mil hectares e 29 zonas de caça, com
mais de mil associados. Os restantes clubes da região já
disponibilizaram algumas caçadas aos afectados.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/portugal/governo-proibe-caca

XIV Leilão Nacional de Reprodutores Qualificados de Raça Charolesa

A Associação Portuguesa de Criadores de Bovinos de Raça Charolesa vai
promover em colaboração com a Associação de Produtores de Bovinos
Ovinos e Caprinos da Região de Montemor-o-Novo a realização do XIV
Leilão Nacional de Reprodutores Qualificados no Parque de Leilões da
APORMOR em Montemor-o-Novo no dia 1 de Setembro de 2012 pelas 11:30.

O Leilão Nacional de Reprodutores Qualificados visa promover a
comercialização de jovens reprodutores que se destacaram pela sua
morfologia e valor genético. A organização do leilão visa
disponibilizar reprodutores de elevado valor genético tanto para
outros criadores seleccionadores como para criadores de animais para
produção de carne.

A realização do Leilão é de extrema importância para a divulgação de
reprodutores de elevado valor genético pelo que se aguarda vasta
afluência de agricultores ligados ao sector da bovinicultura.

Pode consultar o catálogo do leilão em www.charoles.com.pt.

Fonte: APCBRC

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2012/08/23c.htm

Reservas de água em albufeiras aguentam-se

Prejuízo de milhões no vale da Vilariça

Publicado em 2012-08-22
ALFREDO MAIA


foto RUI MANUEL FERREIRA / GLOBAL IMAGENS

Seca que atinge a generalidade do território continental português é
menos grave do que a de 2005


A seca que atinge a generalidade do território continental português é
menos grave do que a de 2005, por ser apenas meteorológica e não
também hidrológica, pois não há problemas de armazenamento de água.

Apesar de seis meses de pouca chuva e do tempo seco que continua a
fazer-se sentir, a capacidade de armazenamento das bacias
hidrográficas parece não ressentir-se da situação de seca
meteorológica, não havendo problemas neste domínio, garantiu ao JN
fonte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2730106

Prejuízo de milhões no vale da Vilariça

Publicado em 2012-08-22
GLÓRIA LOPES


8 0 0
A situação é dramática e os prejuízos são de milhões de euros na
produção na fruta, hortícolas e azeitona no Vale da Vilariça. Cerca de
200 agricultores são obrigados a deixar de regar dentro de dois ou
três dias centenas de hectares nos concelhos de Alfândega da Fé e Vila
Flor, área servida pelo sub-bloco da Barragem da Burga, incluído no
sistema de regadio do Vale da Vilariça.


A Burga deverá entrar em rutura muito em breve. A alternativa é não
regar. "Não há água", sublinha José Almendra, presidente da Associação
de Agricultores. A que resta chega para duas regas. É grande a dor dos
agricultores que olham para o vale e se deparam com campos revestidos
de nectarinas e pêssegos que tombaram das árvores devido à seca.
Manuel Afonso, agricultor de Santa Comba, tem os cálculos feitos. "A
azeitona de ripa, destinada a conserva, está toda perdida." E pelo
menos 50% da produção para azeite está irremediavelmente arruinada.

A albufeira da Burga tem capacidade para um milhão e oitocentos mil
metros cúbicos. Está na quota mínima. "Retirar mais água põe em causa
a continuidade da barragem", alerta Fernando Brás, presidente da
Associação de Regantes. O racionamento foi a solução encontrada há
semanas para minimizar o problema. Instalou-se uma válvula de
seccionamento em parte do regadio e reduziu-se a rega para duas vezes
semanais. Um alívio momentâneo que acabou por ceder face às elevadas
temperaturas do microclima local e à falta de chuva. "A água já não
tem pressão, traz resíduos. A filtragem não é bem feita e entope o
sistema de rega", diz Manuel Afonso.

Em 2010 foi aprovado pelo PRODER um projeto para a construção de um
dique na Burga por dois milhões com uma comparticipação de 25% do
Estado (500 mil euros) que não avançou. "Os prejuízos da seca serão
bem maiores do que essa verba", refere Fernando Brás.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2730099

Taxa paga pelos supermercados portugueses é o dobro da média da zona euro

Jumbo e Pão de Açúcar admitem seguir Pingo Doce no limite a pagamentos
com cartão para pressionar bancos a reduzir comissões


Taxas cobradas nos cartões de débito
D.R.
22/08/2012 | 00:42 | Dinheiro Vivo
Em 15 euros de compras, quase 1% são taxas pagas pelo supermercado ao
banco. Foi esta a conta que o Pingo Doce fez quando ontem anunciou
que, a partir de 1 setembro, deixa de ser permitido pagar contas
inferiores a 20 euros com cartão.
Esta taxa (cada supermercado negoceia a sua, dependendo do volume de
operações) ainda é quase duas vezes superior à média da zona euro para
operações por multibanco - 0,42% contra os 0,8% pagos pelos
supermercados em Portugal -, apesar de ter caído nos últimos anos.
Para pagamentos com cartão de crédito, a taxa é de 1,4%, segundo os
últimos dados da consultora especialista em pagamentos PSE.
A Jerónimo Martins já tinha testado a limitação no uso do cartão de
crédito em 15 supermercados em fevereiro; ontem alargou a proibição. E
não deve ser a única: o grupo Auchan já admitiu que também pode vir a
limitar os pagamentos no Jumbo e no Pão de Açúcar, justificando a
medida como o último passo para fazer frente às taxas cobradas por
estes serviços. "Ainda há um longo caminho a percorrer na redução das
comissões bancárias, pelo menos até ao valor médio da Europa
Ocidental", adiantou fonte do grupo, ao Dinheiro Vivo, admitindo que,
"caso o referido caminho não nos leve a uma redução até ao nível
necessário, provavelmente a prazo não nos restará outra alternativa
que não seja pedir aos clientes para substituírem o pagamento em
cartão por dinheiro, pelo menos até certo limite".
Ao Pingo Doce, o limite chega em setembro e pode permitir a poupança
de cinco milhões de euros. A Jerónimo Martins começou ontem a informar
os clientes que vai deixar de aceitar cartões para compras inferiores
a 20 euros.

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO056561.html

Para ajudar os agricultores SEGUROS DE COLHEITA SÃO PRIORIDADE DO PSD

Quinta-Feira, dia 23 de Agosto de 2012



Publicado na Quarta-Feira, dia 22 de Agosto de 2012, em Actualidade
Berta Cabral, depois de ter visitado vários campos de milho destruídos
pelo vento forte que atingiu S. Miguel na madrugada de segunda-feira,
reconheceu que o temporal "deixou um rasto de destruição", criando uma
"situação preocupante" em muitas explorações agrícolas.
Para a candidata social-democrata, é preciso "trabalhar arduamente"
para conseguir seguros de colheita para os agricultores açorianos, o
que implica a obtenção de autorizações das instâncias europeias.

"Não é andar a falar disso há 16 anos, é fazer com que haja seguros
para resolver os problemas dos agricultores açorianos", afirmou,
assegurando que o PSD "não desiste" desse objectivo.

Na falta do seguro de colheita, Berta Cabral defendeu que a ajuda aos
agricultores agora afectados pelo mau tempo deve passar pela
atribuição de apoios para a importação de milho de silagem ou de outro
alimento equivalente em termos energético e nutricionais para o gado.

"É impossível deixar as coisas como estão porque há prejuízos muito
grandes e isso tem que ser tido em conta", afirmou Berta Cabral,
defendendo a importância do sector primário na economia açoriana.

"O sector primário continua a ser a base da nossa economia, não sendo
incompatível com o desenvolvimento dos outros. Todos têm lugar, mas
não podemos esquecer que é da agricultura que vem a base de
sustentação da nossa economia e até como sector de criação de
emprego", frisou, recordando que este sector "foi o único que criou
emprego" durante a actual crise.

O presidente da Associação de Jovens Agricultores Micaelenses, Hélio
Carreiro, alertou ontem para as consequências da destruição das
colheitas de milho provocada pela passagem do furacão Gordon nos
Açores, revelando que foram afectados dezenas de agricultores em S.
Miguel.

"Há agricultores com 30 por cento da colheita destruída, mas também há
agricultores com 100 por cento da colheita destruída pelo furacão",
afirmou Hélio Carreiro, em declarações aos jornalistas durante uma
visita da candidata do PSD/Açores à presidência do Governo Regional,
Berta Cabral, a explorações afectadas pelo mau tempo.

O problema afecta dezenas de agricultores, tendo Hélio Carreiro
revelado que a associação já recebeu o contacto de cerca de 40
agricultores a pedir ajuda.


"AJUDA DEVE SER RECONHECIDA"



, Berta Cabral, considerou ontem que o acordo entre os governos
nacional e regional que permite refinanciar a dívida açoriana é uma
"ajuda que deve ser reconhecida", mas condiciona a autonomia regional.

"É uma ajuda do Governo da República ao Governo Regional, que não
tinha condições para pagar dois empréstimos que venceram a 6 e 19 de
Agosto, no valor de 50 e 77 milhões de euros", afirmou Berta Cabral,
salientando que, sem este acordo, a região corria o risco de entrar em
incumprimento.

Para Berta Cabral, trata-se de "uma ajuda que deve ser reconhecida",
mas a responsável frisou que os açorianos também estão a fazer um
esforço enquanto portugueses para ajudar a resolver os problemas do
país, pelo que "também têm direito a ser ajudados".

Berta Cabral considerou que foi uma "ingenuidade" do Governo dos
Açores anunciar que não haveria condições para a celebração deste
acordo, recordando que "todos sabem que não há almoços grátis".

"Se o governo pede ajuda, tem que ter condições de quem ajuda", afirmou.

"Seria melhor manter a autonomia financeira e económica, mas todos
sabemos que região atravessa um período difícil do ponto de vista
financeiro e muito difícil do ponto de vista económico", acrescentou.

Na perspectiva de Berta Cabral, algumas das condições impostas para
este acordo "afectam a autonomia financeira" dos Açores.

"Parto do princípio de que o Governo Regional terá feito tudo para
defender os interesses dos Açores, mas a verdade é que cedeu a
condições que penalizam a nossa autonomia política, administrativa e
financeira", afirmou, salientando que "o que está a acontecer é uma
imposição de fora para dentro de uma contenção que já deveria ter
existido".

http://www.auniao.com/noticias/ver.php?id=29036

Agricultura: Falta de estratégia para cereais coloca Portugal em situação de grave dependência - Produtores

15:38 Quarta feira, 22 de Agosto de 2012
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Lisboa, 22 ago (Lusa) - A Associação Nacional de Produtores de Cereais
(ANPOC) afirma que Portugal está numa situação de grave dependência
externa, apesar de ter capacidade para produzir mais cereais, porque
falta uma estratégia política que dê ao setor a importância que
merece.

Portugal importa cerca de 80 por cento dos cereais que consome, um
problema que o presidente da ANPOC, Bernardo Albino, considera
"gravíssimo" e em relação ao qual o poder político deveria fazer "uma
abordagem estratégica", pois "não é bom para o país".

Bernardo Albino afirmou que o Governo devia mostrar que "esta é uma
questão importante" e acrescentou que, embora exista sempre um grau de
dependência externa, "porque não há condições climáticas para produzir
de forma desmesurada todos os cereais", Portugal poderia aumentar o
nível de aprovisionamento de alguns grãos, recorrendo inclusivamente a
zonas de regadio.

http://visao.sapo.pt/agricultura-falta-de-estrategia-para-cereais-coloca-portugal-em-situacao-de-grave-dependencia-produtores=f682307

APED diz que taxas aplicadas nas transacções “são muito elevadas”

Cartões de multibanco

21.08.2012 - 12:54 Por Lusa, PÚBLICO
14 de 32 notícias em Economia« anteriorseguinte »

A medida entra em vigor a 1 de Setembro
(Foto: Shamila Mussa)
A directora-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição
(APED), Ana Trigo Morais, considera que as taxas cobradas nas
transacções com cartões de multibanco aos retalhistas em Portugal "são
muito elevadas".

"Entendemos que Portugal é um mercado que tem pouca concorrência e
cobra taxas muito elevadas aos comerciantes", afirmou, reagindo à
notícia de que o Pingo Doce vai deixar de aceitar pagamentos com
cartões de multibanco e de crédito em compras com valor inferior a 20
euros.

Como o PÚBLICO noticia hoje, o grupo Jerónimo Martins, que detém a
insígnia Pingo Doce, espera uma poupança anual superior a cinco
milhões de euros com esta medida.

Questionada pela Lusa sobre a medida do Pingo Doce, que entra em vigor
a 1 de Setembro, Ana Trigo Morais disse que não é política da APED
comentar as decisões dos seus associados, já que são um acto de
gestão. Mas lembra que, nos últimos anos, a APED tem contestado os
valores das taxas, tendo inclusivamente apresentado uma queixa em 2003
à Autoridade da Concorrência (AdC) por considerar a existência de
distorção normal do funcionamento dos mercados, já que não há
concorrência, e de "haver razão para se pagar taxas tão elevadas".

No entanto, a AdC considerou que a APED não tinha razão. No final de
2011, a APED avançou com uma queixa semelhante no Tribunal do Comércio
de Lisboa, que ainda está a decorrer.

Nas operações de crédito, segundo dados da APED, "o pagamento é duas
vezes superior à média europeia", enquanto nas operações a débito o
valor a pagar pelos retalhistas "é quase três vezes superior". A
associação defende, por isso, "a baixa da taxa de serviço aos
comerciantes, sublinhando que, "nos últimos quatro anos, os associados
da APED pagaram 318 milhões de euros" em taxas de custo de pagamento.
"Daqui se vê a dimensão e preponderância", comentou ainda a
directora-geral da APED.

Além de ter das taxas mais elevadas da Europa, segundo Ana Trigo
Morais, as empresas portuguesas estão a ter um cuidado especial em
relação às suas linhas de custo. "Com a grave crise de consumo, é
natural que as empresas tomem decisões de gestão".

A APED, que disse já ter tido várias reuniões com a Unicre, entidade
responsável pela gestão e emissão de cartões de pagamento, reconhece
que "tem havido alguns ajustamentos em baixa, mas são insuficientes".

http://economia.publico.pt/Noticia/aped-diz-que-valor-das-taxas-aplicadas-nas-transaccoes-sao-muito-elevadas--1559856

Agricultura: Ministra diz que quebras de produção eram expectáveis

Publicado a 21 AGO 12 às 22:00
A ministra da Agricultura disse que as quebras de produção nos cereais
e noutros setores eram expectáveis e comprometeu-se em assegurar que o
remanescente da linha de crédito de 50 milhões de euros será
disponibilizado.
«O Governo atuou em matéria de seca a tempo, propondo um conjunto de
medidas que estão praticamente todas a ser executadas. Estamos a fazer
o levantamento dessas situações, mas era expectável que houvesse
quebras de produção», afirmou Assunção Cristas.
A bordo do navio Almirante Gago Coutinho, em Sesimbra, onde decorreu
um teste ao robô submarino ROV Luso que vai recolher amostras do fundo
do mar para que Portugal possa enriquecer a sua candidatura à extensão
da plataforma continental, a ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e
Ordenamento do Território comentou os dados divulgados na
segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) que dão
conta de que a produção de cereais no ano agrícola de 2012 será «a
mais baixa desde 2005».
«A situação é ainda mais difícil porque não aconteceu só em Portugal.
Vemos no resto do mundo, nomeadamente nos Estados Unidos, uma seca
profunda que trouxe perdas relevantes de produção nessa área»,
adiantou a ministra.
Assunção Cristas comprometeu-se a «garantir que o remanescente da
linha de crédito dos 50 milhões de euros que foi primeiramente
destinada à alimentação animal, possa agora ser utilizada também por
todas as áreas, nomeadamente a área vegetal e dos produtores de
cereais».
Sobre a possibilidade de aumentar o preço do pão, a ministra da
Agricultura não quis dar certezas sobre como evitar a situação,
admitindo que é «naturalmente muito difícil».

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2730080

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

PS pede mais promoção do Vinho Madeira para aumentar exportação

Actualizado em 19 de Agosto, às 12:07
Óscar de Freitas Branco


Líder do PS-Madeira diz que o escoamento das uvas não está garantido
como afirmou o presidente do Governo Regional

O líder do PS Madeira pediu u esta manhã na freguesia do estreito de
Câmara de Lobos uma maior aposta na promoção do Vinho Madeira de forma
a aumentar a sua exportação e uma maior atenção das entidades
governativas aos agricultores que se dedicam *à produção de uvas para
vinho.
"O Vinho Madeira é um produto que já se comercializa há séculos e foi
sempre uma forma de levar o nome da Madeira ao Mundo", diz Victor
Freitas, acrescentando que "não se percebe que a força desta marca,
que chega a todos os cantos do Mundo, não tenha da parte do escoamento
aquilo que todos desejaríamos".
Para o líder dos socialistas madeirenses, "o Vinho Madeira devia
merecer da parte do Governo Regional uma maior promoção de forma a que
o escoamento não tivesse qualquer problema".
Victor Freitas afirmou ainda que, ao contrário do que afirmou o
presidente do Governo Regional, "o que nós sentimos no terreno é que o
escoamento do produto não está garantido". Como forma a garantir o
escoamento, Victor Freitas e o PS defendem que "deve ser criada
rapidamente uma linha de crédito para as casas que produzem para
poderem adquirir as uvas". Por outro lado, acrescentou, "o Governo
Regional também deve assumir um papel nisto e adquirir as uvas e o
vinho e revender mais tarde às casas quando elas tiverem necessidade".
Actualmente a Madeira vende aproximadamente 3 milhões de garrafas de
Vinho Madeira por ano, mas Victor Freitas que essa quantidade não é
suficiente e pode ser aumentada. "As casas têm em stock cerca de 14
milhões de garrafas que ainda não foram escoadas, por isso entendemos
que o Governo Regional tem de fazer uma promoção muito forte nos
quatro cantos do Mundo e junto da nossa diáspora."
A questão do grau das uvas também não foi esquecida. "Este ano esse
problema não se coloca. As uvas têm um bom grau e estão em condições
de ser comercializadas por isso era necessária uma resposta cabal e
rápida da parte do Governo Regional para resolver este problema."
A realização de um amplo debate entre os partidos políticos,
agricultores, empresas que exportam Vinho Madeira e o Governo Regional
é outra proposta deixada pelo líder dos socialistas para "programar o
futuro de outra forma e não passarmos todos os anos pelo mesmo".

http://www.dnoticias.pt/actualidade/politica/340605-ps-pede-mais-promocao-do-vinho-madeira-para-aumentar-exportacao

Homem morre em acidente com tractor agrícola

Actualizado em ( 20-Ago-2012 )

Escrito por Informação, Sim 20-08-2012 07:22

Um homem morreu este sábado em Freixo de Espada à Cinta na sequência
de um acidente com tractor agrícola.Aconteceu cerca das 20H15 junto a
Fonte do Carril. O homem, de 69 anos, tinha ido jantar a casa do
filho e deixou o tractor estacionado à entrada da vila.O corpo foi
encontrado pelo próprio filho que estranhou a demora no regresso a
casa."Eu tenho alguma experiência com tractores e pelo que eu vi, o
meu pai terá deixado o tractor em ponto morto pensando que o tivesse
deixado engatado", explica, acrescentando que "como aquilo era um
bocadinho a descer, o tractor acabou por ir de marcha-atrás, galgou
uma parede, capotou e o meu pai ficou debaixo".Raul Miguel Martins
acrescenta que já nada havia a fazer. "Quando me deparo com a
tragédia, ainda lhe agarrei a mão, mas o tractor estava mesmo em cima
dele e não houve remédio", refere.Ao local acorreram os bombeiros de
Freixo de Espada à Cinta.Foi também accionado o helicóptero do INEM,
mas acabou por não ser utilizado uma vez que a equipa médica declarou
o óbito da vítima no local.
De recordar que este é o terceiro acidente mortal a envolver tractores
agrícolas, este ano no distrito de Bragança.

http://www.brigantia.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=7658&Itemid=43

Há quatro anos consecutivos que Portugal anda a produzir menos cereais

20 Agosto 2012 | 12:21
Diogo Cavaleiro - diogocavaleiro@negocios.pt

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Foi mais um ano negativo para a produção de cereais de Outono/Inverno.
O pior desde 2005. O ano também foi mau para a pêra, maçã, pêssego e
cereja. De positivo, destaca-se o vinho, prevendo-se "boa qualidade"
para todas as regiões.
A produção de cereais da época de Outono/Inverno em Portugal continua
a cair. Foi o quarto ano consecutivo em que a produtividade
cerealífera nacional resvalou. E desceu para o valor mais baixo desde
2005.

Este é um dos destaques das previsões agrícolas disponibilizadas pelo
Instituto Nacional de Estatísticas (INE). "As produções confirmam as
fracas expectativas ao longo da campanha", indica o documento do
gabinete de estatísticas português em relação àquela cultura.

A produção de aveia, por exemplo, cedeu 25% face ao mesmo período do
ano passado, ao passo que a produção de trigo mole, trigo duro e
centeio resvalou 20%. Os números baseiam-se nas previsões agrícolas de
31 de Julho de 2012, que se reportam aos últimos dias deste mês.

"Estas reduções são consequência da diminuição das áreas semeadas e da
quebra das produtividades originada pelas condições climatéricas
extremamente adversas que se verificaram ao longo da campanha", aponta
o INE, citando a situação de seca.

Maçã, pêra, pêssego e cereja com quebras de produção

As condições climatéricas adversas penalizaram a produtividade dos
pomares. Contudo, não foi a seca mas sim o frio e a geada, que
acabaram por levar a quebras na altura da floração e polinização dos
pomares de pêra, maçã e pêssego, de acordo com o documento do gabinete
de estatísticas.

A maçã apresenta uma quebra do rendimento por unidade, a nível
nacional, de 15%, graças, principalmente, à perda de 30% da
produtividade na região de Trás-os-Montes. Por sua vez, como salienta
o INE, a produtividade da pêra recuou 30% face a 2011. No pêssego, o
clima afectou a produção na Beira Interior, região com "particular
importância" para esta cultura, o que faz antever uma descida de 10%
no rendimento unitário da fruta.

A baixa produção na Beira Interior fez, igualmente, com que a produção
nacional de cereja tivesse baixado 25% em 2012 face à campanha
homóloga.

Vinho com boa qualidade em todas as regiões

No que diz respeito às vinhas para vinho, o INE evidencia que todas as
regiões de Portugal "apontam para um ano de boa qualidade, prevendo-se
um aumento de produtividade de 5%". Já em relação à uva de mesa, a
produtividade deverá subir 10%.

Nota ainda para o tomate destinado à indústria, onde as perspectivas
se afiguram "animadoras" após a má campanha do ano passado, de acordo
com os dados disponibilizados pelo INE.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=573987

Pingo Doce deixa de aceitar cartões de crédito e multibanco

Até 20 euros, as compras terão que ser pagas em dinheiro. Jerónimo
Martins espera poupar cinco milhões de euros


Cartão deixa de ser aceite a 1/setembro
D.R.
21/08/2012 | 09:15 | Dinheiro Vivo
O Pingo Doce vai deixar de aceitar, a partir de 1 de setembro, cartões
de crédito e multibanco para pagamentos inferiores a 20 euros. Com
esta medida, o grupo espera poupar cinco milhões de euros.
Depois de ter testado em 15 supermercados o fim do pagamento com
cartão de crédito de compras abaixo dos 20 euros, agora, a partir de 1
de setembro nas 371 lojas do grupo Jerónimo Martins, deixa de ser
possível pagar com cartão de crédito e com cartão multibanco as
compras abaixo desse valor.
Num folheto distribuído ontem a alguns clientes, e a que o jornal
Público teve acesso, pode ler-se que com esta medida os clientes estão
a ajudar a concretizar mais oportunidades de poupança para os próprios
clientes. O supermercado apenas vai começar hoje a espalhar pelos
clientes a decisão.
A Jerónimo Martins salienta que as várias oportunidades de poupança
criadas pelo grupo são conseguidas pelo sacrifício de parte da
rentabilidade e pelo corte de gastos supérfluos.
Ao não permitir o pagamento de compras de valor inferior a 20 euros
com cartão, o Pingo Doce poupará nas taxas de serviço cobradas.
Existem alguns estabelecimentos com limites ao pagamento, normalmente
o tecto é aplicado em pequenos estabelecimentos, que pretendem evitar
o pagamento de taxas e comissões aplicadas pela VISA , Unicre ou SIBS.
A Associação de empresas de distribuição diz mesmo que face ao outros
países da Europa, em Portugal as taxas são 2,7% superiores para
débito, e 2,1% para vendas a crédito.

http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/Artigo/CIECO056497.html

Taxa paga pelos supermercados portugueses é o dobro da média da zona euro

Jumbo e Pão de Açúcar admitem seguir Pingo Doce no limite a pagamentos
com cartão para pressionar bancos a reduzir comissões


Cartões de débito: taxas por sector
Luísa Sousa
22/08/2012 | 00:42 | Dinheiro Vivo
Em 15 euros de compras, um euro e vinte cêntimos são taxas pagas pelo
supermercado ao banco. Foi esta a conta que o Pingo Doce fez quando
ontem anunciou que, a partir de 1 setembro, deixa de ser permitido
pagar contas inferiores a 20 euros com cartão. Esta taxa média (cada
supermercado negoceia a sua, dependendo do volume de operações) ainda
é quase duas vezes superior à média da zona euro para operações por
multibanco - 0,42% contra os 0,8% pagos pelos supermercados em
Portugal -, apesar de ter caído nos últimos anos. Para pagamentos com
cartão de crédito, a taxa é de 1,4%, segundo os últimos dados da
consultora especialista em pagamentos PSE.
A Jerónimo Martins já tinha testado a limitação no uso do cartão de
crédito em 15 supermercados em fevereiro; ontem alargou a proibição. E
não deve ser a única: o grupo Auchan já admitiu que também pode vir a
limitar os pagamentos no Jumbo e no Pão de Açúcar, justificando a
medida como o último passo para fazer frente às taxas cobradas por
estes serviços. "Ainda há um longo caminho a percorrer na redução das
comissões bancárias, pelo menos até ao valor médio da Europa
Ocidental", adiantou fonte do grupo, ao Dinheiro Vivo, admitindo que,
"caso o referido caminho não nos leve a uma redução até ao nível
necessário, provavelmente a prazo não nos restará outra alternativa
que não seja pedir aos clientes para substituírem o pagamento em
cartão por dinheiro, pelo menos até certo limite".
Ao Pingo Doce, o limite chega em setembro e pode permitir a poupança
de cinco milhões de euros. A Jerónimo Martins começou ontem a informar
os clientes que vai deixar de aceitar cartões para compras inferiores
a 20 euros.

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO056561.html

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Vindimas 2012. Seca provoca atraso e qualidade é uma incógnita

Por António Mendes Nunes, publicado em 18 Ago 2012 - 22:46 |
Actualizado há 2 dias 19 horas
No ano passado, por esta altura já se vindimava. Este ano, algumas
castas tintas ainda não acabaram o pintor. Fomos pelo país ver como
estão as vinhas e como se anuncia a colheita de 2012. Há menos uvas e
tanto pode ser boa como assim-assim. Ainda ninguém sabe

Como vão ser as vindimas este ano?
Com algum atraso em todo o país, como nos referiram uma dezena de
produtores e enólogos que contactámos nos últimos dias. Esses atrasos
regulam entre uma a duas semanas, os menores, até um mês ou mais nos
casos extremos.

E nem sequer estamos a fazer estas contas em relação ao ano passado,
que foi um ano excepcionalmente temporão (as uvas amadureceram cedo),
mas sim em relação à média dos últimos cinco anos. De qualquer modo,
de entre os enólogos contactados, parece-nos ser o Alentejo a região
onde as uvas vão começar a ser cortadas mais cedo.

João Portugal Ramos, que tem propriedades na zona de Estremoz, na
Região Tejo (ex-Ribatejo), nas Beiras (zona de Coimbra) e no Douro,
disse-nos que há um atraso, mas que conta começar a colher algumas
uvas brancas no Alentejo já para a semana e também no Ribatejo – estas
últimas para fazer espumante, um tipo de vinho que requer uvas com um
pouco mais de acidez, logo num ponto de maturação menos evoluído. Os
tintos, só em Setembro, atingindo-se o pico da vindima no Alentejo só
em meados do próximo mês, já que o estado de maturação de castas e de
vinhas é muito diverso.

Manuel Rocha, CEO da Adega de Borba, também refere que as vinhas dos
associados estão com um ligeiro atraso, mas que as coisas até se
poderão compor, se as temperaturas não forem muito altas.
Luís Serrano Mira, co-proprietário (com o irmão Carlos) da Herdade das
Servas, diz que os anos difíceis como este até podem ser
interessantes, porque podem ensinar muita coisa, já que o clima está a
mudar e é altura de se repensar se é melhor manter as vinhas velhas ou
procurar outras castas que reajam melhor a essa mudança.

Na península de Setúbal, Hélder Galante, director da Malo Wines
(Catralvos), também referiu um atraso de oito a 15 dias, iniciando a
colheita dos brancos a começar pelo moscatel e fernão pires dentro de
duas semanas e depois o verdelho, arinto e chardonnay, castas mais
serôdias (amadurecem mais tarde). A colheita dos tintos só deve
começar cerca de três semanas depois dos brancos.

Também na Região Lisboa (ex-Estremadura) se sente esse atraso, como
conta Luís Vieira, administrador da Quinta do Gradil, no concelho do
Cadaval. É costume começar a cortar os cachos na terceira semana de
Agosto, mas este ano só lá para a primeira semana de Setembro, porque
há talhões da mesma vinha e da mesma casta com desenvolvimentos muito
diferentes.

A Bacalhoa Vinhos está presente em quase todas as regiões portuguesas
(só falham o Tejo e o Algarve). O seu director de enologia Vasco Penha
Garcia afirma que na generalidade do país, apesar de tudo, a promessa
é boa em termos quantitativos, embora esteja tudo muito atrasado, com
videiras de uvas tintas que ainda não completaram o pintor (mundança
de cor nas castas tintas, que passam progressivamente de verdes a
rosadas e a roxo ou preto). "Nos últimos 20 anos sempre se começaram
as vindimas em meados de Agosto, este ano é muito pouco provável."

Luís Pato, vitivinicultor e enólogo com propriedades na Bairrada,
conta que algumas castas mais temporãs, como a maria gomes (nome que
na Bairrada se dá ao fernão pires), serão as primeira a ser cortadas.
Tintos para espumante só lá para o final da primeira semana de
Setembro, enquanto para vinho tinto só em final de Setembro, princípio
de Outubro.

No Douro conversámos com quatro proprietários e ou enólogos: Stéphane
Ferreira, dono da Quinta do Pôpa (região de Tabuaço), Cristiano Van
Zeller (enólogo e dono da Quinta do Vale D. Maria), Paulo Ruão
(director de enologia e accionista de Lavradores de Feitoria) e Jorge
Moreira (produtor do Vinho Poeira e enólogo da Real Companhia Velha).
Também eles relataram atrasos que nalguns casos podem chegar às três
semanas.

Contudo, Jorge Moreira referiu que a maior parte da casta bastardo já
está pronta a vindimar. Será a excepção.

Atraso vem do Inverno Se há um atraso geral, de onde é que vem? Do
Verão seco, embora com temperaturas relativamente baixas que temos
tido?

Todas as pessoas com quem falámos são unânimes em afirmar que o atraso
se deve ao Inverno muito seco (crê-se que o mais seco dos últimos 65
anos), que atrasou imenso o abrolhamento das videiras. Como tudo
começou mais tarde, também deve acabar mais tarde. Mas será assim tão
linear? Não, não é, porque a vitivinicultura, isto é, a cultura da
vinha e a feitura do vinho, tem muito que se lhe diga.

Conta-nos Pedro Correia que as videiras são plantas altamente
resistentes e sabem-na toda. Assim sendo, entre outras habilidades,
são capazes de fechar os estomas nas folhas para não perderem, por
evaporação, a água que lhes é vital. Resistem, mas com esse fecho dos
estomas também cessa a entrada de dióxido de carbono, essencial para a
fotossíntese, e com isso a maturação pára. Se chover, a videira
recomeça imediatamente o seu ciclo normal, e é por essa razão que
nenhum dos técnicos contactados se quis arriscar a fazer um
prognóstico para a qualidade das uvas, e muito menos do vinho desta
safra. Tudo porque dois ou três dias de chuva em Agosto e a manutenção
de uma temperatura mais ou menos amena podem mudar tudo num instante.

Mas então é ou não verdade que as videiras, para produzirem com
qualidade e regularmente, gostam de um bocadinho de stress hídrico e
que, actualmente, uma boa parte das vinhas já tem instalada rega?

Sim, tudo isso é verdade e, quanto à falta de água, as videiras
(sobretudo as mais velhas) são capazes de lançar raízes que chegam aos
dez metros de profundidade em busca de lençóis freáticos. O problema é
que, sem a reposição que a chuva de Inverno permite, esses lençóis
estão também à míngua. Choveu alguma coisa em Abril, mas já era tarde.
João Portugal Ramos contou-nos que a precipitação normal na zona das
suas propriedades em Estremoz ronda os 500 milímetros, por metro
quadrado e por ano, e que entre o final das vindimas de 2011 e agora
só caíram cerca de 100 milímetros – cinco vezes menos!

Há a rega e uma boa parte dos novos projectos já a contempla mas, como
refere Pedro Correia, é uma solução muito cara, sobretudo no Douro,
por uma questão do relevo do terreno. O mesmo nos referiu Luís Vieira,
afirmando que na Quinta do Gradil se utiliza a rega sobretudo para as
plantações mais jovens e nas encostas, não a utilizando nos vales.

Mas quem quer uvas de boa qualidade também não pode abusar da rega,
sob pena de ter uvas grandes mas desinteressantes, com pouco álcool,
pouco açúcar e poucos frutados (aquilo que eu, em miúdo, sempre ouvi
chamar de uva mijona).

É, portanto, pelo equilíbrio entre uma série de factores que têm de
ser ponderados por estes enólogos (no lote dos nossos melhores) que o
destino da colheita passa. E uma decisão errada pode deitar tudo a
perder.

É por essa razão que, como atrás referimos, os enólogos vão à vinha
todos os dias saber do estado de maturação. E como o fazem?

Mais uma vez, Pedro Correia ajuda-nos: "Na nossa casa, o
acompanhamento da evolução da maturação das uvas começou na passada
segunda-feira, trabalho que inclui uma amostragem de bagos, casta por
casta, quinta por quinta, realizado por uma equipa especializada de
acordo com o plano de amostragem previamente estabelecido para cada
quinta (pontos de amostragem definidos para cada bloco monovarietal).

O acompanhamento do processo de maturação das uvas inclui análises
químicas dos mostos, complementadas com a análise sensorial dos bagos.

Da análise química podemos obter informação sobre a concentração dos
açúcares, dos ácidos e dos importantes compostos polifenólicos,
relacionados com a cor e sabor dos vinhos tintos.

A análise sensorial de bagos possibilita a avaliação dos três
componentes de forma independente: a polpa, que nos permite perceber a
relação açúcares/ácidos, que em função da evolução da maturação vai
reflectindo o aumento dos açúcares e a diminuição da concentração dos
ácidos, aproximando-nos do equilíbrio de sabores desejado; a película,
onde se localizam os compostos e precursores aromáticos, a cor e
também uma parte dos taninos, que nos permitem apreciar a evolução dos
sabores herbáceos para os sabores e aromas retronasais de fruta
fresca, e nos dedos podemos avaliar a facilidade com que a cor se
liberta da película; as grainhas, que são reservatórios de taninos,
compostos importantes para a longevidade e potencial de envelhecimento
dos vinhos, com as quais podemos perceber a evolução da maturação
destes compostos pela transformação de aromas herbáceos e uma
adstringência exagerada em aromas de frutos secos, torrefacção,
amêndoas, indicadores de uma maturação a chegar ao ponto óptimo.

Nas grainhas, a avaliação da cor (que vai desde o verde até ao
castanho escuro) também nos permite perceber se a evolução positiva
está a ocorrer. Toda essa informação é uma ferramenta importante para
nos ajudar a tomar decisões críticas, designadamente, relacionadas com
o timing de colheita, no ponto óptimo de maturação das uvas, ou seja,
aquele que corresponde a um relação favorável açúcares/ácidos, à cor
que facilmente se extrai a partir das películas e também a taninos
maduros e doces."

NA ADEGA Quando a vindima arranca, outro problema se coloca: o
processamento das uvas
Para os produtores que têm uma capacidade instalada que lhes permita
vinificar tudo de uma só vez é mais fácil, mas para quem tenha grandes
quantidades é mais complicado.

A família Symington, que processa, por ano, várias dezenas de milhões
de litros de vinho (tranquilos e fortificados), tem vários centros de
vinificação. O maior é na Quinta do Sol, onde têm duas adegas a
funcionar em paralelo. A maior recebe uvas próprias e uvas de compra,
cuja qualidade também é controlada, produzindo DOC Douro tinto e
branco e vinho do Porto.

A outra adega, dos reservas, é mais pequena e cada cacho passa por uma
selecção manual (todos os bons produtores o fazem para as suas
melhores colheitas, como é exemplo a foto que publicamos da triagem na
Herdade das Servas). Seguem-se processos diferentes consoante o tipo
de vinho que se quer obter, mas isso já é um assunto que não passa por
este artigo sobre as vindimas.

No entanto, não queremos deixar de apontar o exemplo da Adega de
Borba, que recebe uvas dos vários sócios e onde é necessário
estabelecer uma calendarização complicada com cada produtor para não
haver engarrafamento à porta da adega. Manuel Rocha conta que nem
sempre é fácil, mas que tudo acaba por se resolver.

E se o grande medo de Abraracourcix, o chefe da aldeia gaulesa onde
vivia Astérix, era que o céu lhe caísse em cima da cabeça, o grande
medo dos nossos vitivinicultores é que chova durante a vindima. "É um
desastre!", dizem.

http://www.ionline.pt/portugal/vindimas-2012-seca-provoca-atraso-qualidade-uma-incognita