sábado, 8 de setembro de 2012

Maior grupo de vinho do Porto alerta UNESCO para riscos da barragem no Tua

Património

04.09.2012 - 23:23 Por José Augusto Moreira
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A Quinta dos Malvedos é uma das propriedades do Grupo Symington na
zona da Foz do Tua (Paulo Ricca)
Carta dirigida ao Comité do Património Mundial pelo Grupo Symington
dá conta da preocupação pelos danos irreversíveis que a conclusão da
obra poderá causar para a região do Douro.

É mais uma voz a juntar-se ao rol de preocupações pelos efeitos da
construção da barragem de Foz Tua, não só na classificação da região
como Património Mundial mas também pelos impactos que poderá
representar para os actuais padrões de qualidade dos vinhos ali
produzidos.

O Grupo Symington, que é o principal operador no sector dos vinhos do
Porto, fez chegar, na semana passada, aos membros do Comité do
Património Mundial da UNESCO uma carta dando conta dos seus receios e
preocupações face ao andamento da obra. Por um lado "a preocupação que
a conclusão da obra poderá causar danos irreversíveis à região do
Douro", mas também o receio de que, "no actual clima económico", a
decisão de suspender a construção possa resultar "num cenário de
edifícios semiconstruídos, um estaleiro abandonado, as margens do rio
Tua desfeitas e uma paisagem destruída".

O documento da empresa que é detentora de algumas das marcas mais
importantes e prestigiadas de vinho do Porto - como Graham"s,
Cockburn"s, Dow"s e Warre"s e Quinta do Vesúvio -, foi remetido na
mesma altura em que outros produtores de peso se juntaram a
ambientalistas e grupos que contestam a obra, num memorando de alerta
para as suas consequências.

Efeitos da albufeira

Ao risco de a UNESCO vir a retirar o estatuto de Património Mundial à
região, o documento associa também as eventuais alterações
climatéricas decorrentes da existência futura de uma albufeira e os
seus efeitos para a produção de vinhos. Uma matéria que, frisam, não
foi ainda devidamente avaliada.

O documento, que foi igualmente remetido aos elementos do Comité do
Património Mundial que estão a analisar os impactos da barragem,
assinala que o vinho e a vinha foram determinantes para a
classificação atribuída em 2001 pela UNESCO, tratando-se de "um
negócio delicado, que depende da conjugação entre conhecimentos
ancestrais, tecnologia solo e clima". Ou seja um equilíbrio delicado
que pode muito bem ser posto em causa em consequência da construção da
barragem.

Os responsáveis do grupo Symington notam, por sua vez, que o grupo
detém dois dos seus mais importantes activos situados na foz do Tua, a
Quinta dos Malvedos e a Quinta do Tua, que é também conhecida como
Quinta dos Smithes ou dos Ingleses. "Estas propriedades têm elevada
reputação a nível mundial pela produção de alguns dos melhores vinhos
do Porto", assinala a empresa, vincando ao mesmo tempo tratar-se de um
prestígio "que foi construído durante séculos com base no trabalho
cuidado durante o ciclo de viticultura anual".

A carta alerta os responsáveis da UNESCO para o valor histórico,
cultural e paisagístico associado às duas quintas. "Vinhas suportadas
por socalcos de pedra que formam parte do trabalho de séculos que
criaram a paisagem, única do Douro" e também a casa nobre da Quinta do
Tua, do séc. XVIII, que pertenceu a Antónia Adelaide Ferreira, a
célebre "Ferreirinha", e é uma das mais belas da região.

Paul Symington, que assina o documento, com data de 29 de Agosto,
chama a atenção para o facto de o projecto da barragem e dos edifícios
a ela associados estarem "directamente contíguos com ambas as vinhas e
ao longo de extensões vastas". Assinala ainda que o sucesso continuado
do grupo não pode ser desligado "da beleza natural e da beleza feita
pelo homem no vale do Douro", pelo que "qualquer projecto que
danifique esta paisagem única irá comprometer o futuro" de todos os
envolvidos na produção de vinho e no trabalho associado à região.

http://www.publico.pt/Sociedade/maior-grupo-de-vinho-do-porto-alerta-unesco-para-riscos-da-barragem-no-tua-1561729

Alterações Climáticas: Preço da alimentação pode duplicar nos próximos 20 anos

04 Setembro 2012 | 22:40
Lusa

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O Banco Mundial já adiantou que, com a seca nos EUA, os preços do
milho e dos grãos de soja já subiram, respectivamente, 25% e 17%, de
Junho para Julho.
Os preços dos alimentos podem duplicar nos próximos 20 anos, em
relação aos de 2010, com as alterações climáticas e a multiplicação
dos eventos extremos associados, como secas, inundações e furacões,
previu hoje a Oxfam, noticia a AFP.

Em relatório publicado hoje, esta organização não-governamental (ONG)
sustentou que os efeitos do aquecimento do clima estão "subestimados".
A Oxfam espera que "as mudanças lentas das temperaturas médias e dos
padrões de precipitação", desfavoráveis à agricultura, sejam
acompanhadas de "perdas de culturas em resultado de acontecimentos
meteorológicos extremos, que vão ser mais frequentes e mais intensos".

Em 2030, antecipou, o risco acrescido de uma seca similar à que afecta
os Estados Unidos desde Junho, a mais grave em meio século, pode
causar a subida do preço do milho em "140% " em relação aos valores
actuais.

O documento, intitulado "Tempo Extremo; Preços Extremos" ("Extreme
Weather, Extreme Prices"), baseia-se na investigação do Instituto de
Estudos de Desenvolvimento, da Universidade britânica de Sussex,
encomendada pela Oxfam.

O Grupo Intergovernamental de Peritos sobre a Evolução do Clima (GIEC)
prevê um aumento da temperatura média entre 2,5 e 5 graus centígrados
até ao fim do século, acompanhado de "acontecimentos climáticos
extremos sem precedente".

Apesar dos seus compromissos, a comunidade internacional não consegue
reduzir as emissões de dióxido de carbono responsáveis pelo
aquecimento da atmosfera.

O Banco Mundial já adiantou que, com a seca nos EUA, os preços do
milho e dos grãos de soja já subiram, respectivamente, 25% e 17%, de
Junho para Julho, tendência esta que se manteve em Agosto.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=576549

Poluição dos incêndios tem riscos mas APA garante acompanhar situação e divulgar informação

Por Agência Lusa, publicado em 7 Set 2012 - 11:18 | Actualizado há 1
dia 11 horas
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Imagem

A poluição causada pelos incêndios florestais apresenta riscos para a
saúde, mas a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) garante que é feito
um acompanhamento diário da qualidade do ar e divulgada informação
acerca da presença de poluentes, por região.

Em resposta a questões da agência Lusa, a APA refere que "os dados de
qualidade do ar são medidos nas estações das redes de monitorização e
disponibilizados ao público através da base de dados on-line sobre
qualidade do ar", no seu site.

Os incêndios florestais levam à emissão de partículas que "podem ter
como consequência a degradação da qualidade do ar", afetando
principalmente crianças, idosos ou doentes asmáticos, com irritação
dos olhos e do trato respiratório, dores de cabeça, tonturas e
náuseas.

A APA salienta que é "efetuado um acompanhamento diário e em tempo
quase real dos níveis medidos, nomeadamente pelas entidades
intervenientes na gestão da qualidade do ar", ou seja, a APA,
Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) e Direções
Regionais do Ambiente (DRA).

A observação dos níveis medidos nas estações de qualidade do ar
permite "verificar alterações nas concentrações de poluentes que
parecem refletir a influência das emissões provenientes dos incêndios
em algumas áreas".

Com base nos dados obtidos, a APA disponibiliza diariamente um índice
da qualidade ar, "uma classificação simples e compreensível",
traduzida numa "escala de cores que representa a pior classificação
obtida para os poluentes medidos".

São igualmente divulgados conselhos a adoptar para proteger a saúde,
no site da APA ou da Direção Geral de Saúde, incluindo recomendações
de redução da atividade física intensa no exterior, de evitar outros
fatores de risco, tais como fumar ou utilizar produtos irritantes,
como gasolina, tintas e vernizes.

Na quinta-feira, o professor do Departamento de Ciências e Engenharia
do Ambiente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova
de Lisboa, Francisco Ferreira, disse à agência Lusa que os incêndios
florestais dos últimos dias e as condições climáticas levaram a
elevadas concentrações de poluentes no ar, excedendo os limites,
realçando a necessidade de "acompanhar a situação".

Para o investigador, "um dos aspetos importantes era, quer na
ocorrência de fogos florestais, quer na situação de hoje
[quinta-feira, com temperaturas elevadas], ter uma previsão que
permitisse comunicar às pessoas antecipadamente os cuidados a tomar".

A APA, porém, suspendeu a 01 de junho a divulgação da previsão da
qualidade do ar, uma informação que permite acautelar efeitos da
poluição.

http://www.ionline.pt/portugal/poluicao-dos-incendios-tem-riscos-apa-garante-acompanhar-situacao-divulgar-informacao

McDonald"s abre primeiras lojas vegetarianas na Índia

04 Setembro 2012 | 12:28
Filipa Projecto - filipaprojecto@negocios.pt

McDonald"s aposta na criação de menus vegetarianos para conquistar
novos mercados.
A cadeia de hambúrgueres norte-americana, McDonald's, vai abrir a
primeira loja vegetariana em dois centros de peregrinação indianos. A
empresa espera assim expandir o seu negócio num mercado onde as vacas
são sagradas e o consumo de carne é tabu, de acordo com o "Financial
Times".

As lojas têm abertura prevista para o próximo ano na cidade indiana de
Amritsar e na pequena cidade de Katra. Amritsar é conhecida por ser o
lugar Sikh mais sagrado e Katra, é o segundo maior sítio de peregrinos
no país.

Num mercado emergente como a Índia, são cada vez mais as empresas
estrangeiras de cadeias de "fast-food" que adaptam os seus produtos à
realidade indiana, de modo a conseguirem mais clientes.

Sendo a imagem de marca da McDonald's o hambúrguer de vaca, a empresa
tem encontrado algumas dificuldades na implementação da sua marca no
país já que a maioria dos Hindus têm a vaca como objecto sagrado, como
divindade. Em alternativa a McDonald's vende apenas hambúrgueres de
frango e já tem alguns produtos vegetarianos como o "The Veggie",
"McAloo Tikki" (batata condimentada, frita) e o McSpicy Paneer
(hambúrguer feito de queijo tradicional indiano).

"Como vai ser um restaurante exclusivamente vegetariano, teremos que
ponderar a criação de mais produtos" disse Maini, porta-voz da empresa
na Índia.

A McDonald's já tem 271 lojas abertas na Índia e espera duplicar esse
número nos próximos três anos.

A multinacional não é a única a criar novos menus vegetarianos no
mercado indiano. Outras empresas são: Domino's Pizza e Subway.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=576377

Alimentos biológicos e convencionais valem quase o mesmo para a saúde

A
04.09.2012
Helena Geraldes

Produtos biológicos como fruta, vegetais, cereais, carne e leite não
vão tornar as pessoas que os consomem mais saudáveis, já que têm
níveis de nutrientes semelhantes aos alimentos produzidos pelo modo
convencional. A maior diferença está na quantidade de pesticidas,
conclui um estudo da Universidade de Stanford, Califórnia, publicado
nesta terça-feira na revista Annals of Internal Medicine.

Na altura de escolher o que colocar no cesto das compras, não serão os
benefícios das vitaminas e minerais na saúde que vão ajudar a decidir
se leva produtos biológicos ou produtos convencionais. "Se tomarmos
uma decisão baseada apenas na nossa saúde, não existem muitas
diferenças" entre uns e outros, disse Dena Bravata, investigadora
principal do estudo que comparou os principais nutrientes nos dois
tipos de alimentos.

Para chegar a esta conclusão, a equipa de Dena Bravata analisou
centenas de estudos científicos já publicados e identificou os 237
mais relevantes, incluindo 17 sobre as dietas alimentares de pessoas
que consumiram alimentos biológicos e convencionais. A maioria dos
estudos, 223, comparou os níveis de nutrientes, de bactérias, fungos
ou a contaminação por pesticidas de vários produtos, nomeadamente
frutas, vegetais, cereais, carne, leite e ovos. A duração dos estudos
variou entre os dois dias e os dois anos.

O estudo de revisão da literatura científica existente – que, dizem os
investigadores, é o mais completo até agora realizado sobre a questão
– não encontrou provas significativas de que os alimentos biológicos
são mais nutritivos ou acarretam menos riscos para a saúde do que as
alternativas convencionais. Aliás, o fósforo foi o único nutriente
encontrado em maiores quantidades nos produtos biológicos. A maior
diferença foi detectada ao nível da exposição a pesticidas, mais
reduzido nos produtos biológicos.

Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas, não ficou
surpreendida com estas conclusões. "Já tenho lido artigos científicos
que apontam nesse sentido", ou seja, "no que diz respeito aos
principais nutrientes, a diferença não é muito significativa", disse
ao PÚBLICO. Além disso, existem muitos factores que afectam a
composição nutricional dos alimentos, como a zona geográfica onde são
produzidos e se o ano de colheita foi de seca, por exemplo.

O objectivo dos investigadores da Universidade de Stanford foi ajudar
ao debate sobre os benefícios para saúde dos alimentos biológicos, uma
questão que permanece em aberto. A equipa encontrou várias limitações
ao seu trabalho, como a heterogeneidade dos estudos, baseados em
diferentes métodos de teste e mesmo de agricultura biológica. Segundo
a BBC, o estudo é criticado por ser inconclusivo.

Na verdade, a ideia para a investigação surgiu depois de cada vez mais
pacientes de Bravata – que além de investigadora também é médica – lhe
perguntarem o que seria melhor para a sua saúde e de não haver uma
resposta.

"Esta é uma pergunta recorrente durante as consultas ou ainda nos
fóruns de discussão", contou ao PÚBLICO Alexandra Bento. Ainda assim,
a nutricionista e bastonária afirma que "nunca recomendaria um
alimento biológico face a outro convencional". Na sua opinião, na
altura da compra é o consumidor quem decide. "Tudo depende do que para
nós tem mais importância, se o preço ou se, por exemplo, formos mais
sensíveis ao sabor", uma questão que, para si, "não é de descurar".

Segundo Alexandra Bento, "é de incentivar a pequena horta para quem
tem essa possibilidade". "Se colher um tomate, ou uma alface ou
laranja no estado de maturação ideal e se a consumir imediatamente,
esse alimento terá uma riqueza nutricional máxima."

Os cientistas norte-americanos quiseram dar mais informação às
pessoas, não desencorajá-las a consumir produtos biológicos, explicam.
"Se olharmos para lá dos benefícios na saúde, existem muitas outras
razões para consumir alimentos orgânicos em lugar dos convencionais",
acrescentou Bravata, referindo benefícios ambientais e de bem-estar
animal.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1561650

Três agências da ONU pedem combate à subida dos preços dos alimentos

FAO, IFAD e PAM receiam crise alimentar mundial

04.09.2012 - 15:07 Por Paulo Miguel Madeira
15 de 24 notícias em Economia« anteriorseguinte »

Os preços do milho, trigo e soja têm subido muito
(Foto: Pedro Cunha)
As três agências das Nações Unidas que lidam com questões alimentares
pediram hoje acção urgente das autoridades internacionais para fazer
baixar os preços do milho, do trigo e da soja, evitando que a sua
subida se transforme numa catástrofe que afectará dezenas de milhões
de pessoas nos próximos meses.

Os três responsáveis máximos da FAO (Organização para a Alimentação e
Agricultura), do IFAD (Fundo Internacional para o Desenvolvimento
Agrícola) e do PAM (Programa Alimentar Mundial), com sede em Roma,
identificam dois problemas que devem ser enfrentados: a questão
imediata da forte subida de alguns preços agrícolas e a questão, de
longo prazo, sobre o modo como se processa a produção, o comércio e o
consumo de alimentos, num contexto de crescimento da população e da
procura e de alterações climáticas, lê-se no comunicado
disponibilizado no site da FAO.

A actual subida de preços "pode ter um pesado impacto sobre os países
dependentes da importação de alimentos e sobre as pessoas mais
pobres", e existem receios de uma crise alimentar mundial desencadeada
devido à subida de preços semelhante à de 2007-2008, que pode ser
evitada por uma "rápida acção internacional coordenada".

Na sua declaração conjunta, José Graziano da Silva (FAO), Kanayo F.
Nwanze (IFAD) e Ertharin Cousin (PAM) consideram que a alimentação
mundial é vulnerável "até nos anos bons", porque a produção global de
cereais "dificilmente é suficiente para satisfazer a procura crescente
de alimentos, rações e combustíveis", num mundo onde há cerca de "mais
80 milhões de bocas a alimentar todos os anos". E "estamos em risco
porque apenas uma mão-cheia de nações são grandes produtoras de
produtos alimentares básicos, e quando elas são afectadas toda a gente
é".

Assim, pedem que se promova a produção sustentável de alimentos nos
países portes importadores de comida, muitos deles com um "enorme
potencial para melhorar a produção", e que se diminua a perda e
desperdício de alimentos, que atinge cerca de um terço da produção,
"devido a danos, desperdício ou outras causas". E também que se
"invista mais na agricultura e na protecção social, incluindo em
programas que ajudem as pessoas pobres a ter acesso a comida que se
tornou incomportável nos seus mercados locais".

Por fim, estas três agências da ONU pretendem que sejam revistas e
ajustadas as políticas actualmente em vigor que encorajam o uso não
alimentar dos cereais, por exemplo ajustando os apoios aos
biocombustíveis quando os mercados globais estiverem sob pressão e o
abastecimento de alimentos estiver em risco – o que aliás já foi
recomendado por várias organizações internacionais, como a FAO, o PAM,
o FMI, a OCDE, o Banco Mundial, a Organização Mundial do Comércio, e
que ainda hoje não foi atendido.

http://economia.publico.pt/Noticia/tres-agencias-da-onu-pedem-combate-a-subida-dos-precos-dos-alimentos-1561662

Produtores de leite acusam Governo de «tramar» sector onde fecham mil empresas por ano

terça-feira, 4 de Setembro de 2012 | 19:26
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O leite "está tramado" e o Governo "está parado": as palavras, ditas
ao microfone, sintetizam a indignação dos produtores que hoje se
manifestaram frente ao parlamento, chamando a atenção para um setor
que perde mil empresas por ano.
Sob um sol abrasador, cerca de dois milhares de produtores, vindos
sobretudo do Norte, concentraram-se junto às escadarias da Assembleia
da República para protestar contra, o que dizem ser, a inação do
Governo e não pouparam nas críticas à ministra da Agricultura,
gritando: "Cristas escuta, o leite está em luta".

Mas deixaram também recados ao ministro dos Negócios Estrangeiros,
Paulo Portas, lamentando que "o ministro da lavoura" esteja mais
"preocupado com os submarinos".

A manifestação foi convocada pela APROLEP (Associação dos Produtores
Leite), depois do preço do leite pago ao produtor, que já caiu 3,5
cêntimos desde o início do ano, voltar a descer em setembro, para se
fixar nos 28 cêntimos.

O presidente da APROLEP disse à Lusa que o setor está confrontado com
grandes dificuldades devido "aos aumentos brutais dos custos de
produção e à descida dos preços do leite", salientando que os
produtores se sentem "abandonados pelo Governo".

Carlos Neves defendeu "ações concretas e imediatas" em termos
legislativos, mas também políticos de forma a "pressionar quem
negoceia" no sentido de uma distribuição de valor mais equilibrada
entre os vários intervenientes da cadeia alimentar (produção,
indústria e distribuição).

"Temos vindo a perder mil empresas por ano. A este ritmo, a produção
desaparece em quatro anos", avisou o presidente da APROLEP.

Entre os manifestantes encontravam-se também alguns parlamentares que
quiseram mostrar a sua solidariedade como o comunista Agostinho Lopes
e o anterior ministro socialista, António Serrano que apelou ao
Governo que regulamente "urgentemente" as relações entre a indústria e
a produção.

"O preço que [os produtores] recebem é consumido pelos fatores de
produção", sublinhou o anterior governante e atual deputado,
salientando que não se pode "deixar destruir" este setor.

Um cartaz afixado numa vaca leiteira resumia o teor do protesto: "com
o rumo que isto está a levar, o meu dono não vai ter comer para me
dar".

Manuel Barbosa, proprietário de uma exploração em Barcelos, confirma:
"A margem que fica para o produtor é praticamente nula. É uma morte
lenta", disse este agricultor que admite vir a encerrar portas.

"Com o caminho que estamos a seguir, não há outra alternativa a não
ser o encerramento", desabafou.

Manuel Barbosa considerou que os consumidores portugueses preferem
"leite de qualidade", mas muitas vezes têm dificuldade em distinguir o
que é nacional do que não é.

"Isso tem de estar visível", exigiu, apelando também a medidas de
proteção que garantam "uma margem mínima aos agricultores, "o elo mais
fraco da fileira do leite".

Segundo o produtor, "para que o setor trabalhasse bem e de forma
saudável", o preço razoável a pagar seria de 40 cêntimos.

Uma delegação de produtores foi recebida pela Comissão de Agricultura,
a quem entregou um documento exigindo "ação do poder político para
salvar a produção de leite em Portugal".

Entre as reivindicações destacam-se: a imposição de maior
transparência no estabelecimento das cotações dos cereais, para
minorar os custos da alimentação animal, legislação que equilibre as
relações na cadeia de valor, reforço da fiscalização da ASAE sobre as
importações de produtos lácteos, rotulagem que indique expressamente a
origem do produto e maior rapidez da Autoridade da Concorrência na
decisão dos processos de infração das leis que regulam a concorrência,
de forma a prevenir práticas de comercialização lesivas do setor
alimentar.

Os produtores de leite chamam também a atenção para a reforma da
Política Agrícola Comum (PAC) atualmente em curso e consideram
"fundamental garantir a manutenção das quotas leiteiras para lá de
2015, ou a existência de mecanismos que garantam uma concorrência leal
entre os produtores dos vários países".

O setor do leite português representa 1,2 por cento do Produto Interno
Bruto e cerca de 100 mil postos de trabalho diretos e indiretos.

Diário Digital com Lusa

http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=2&id_news=186284

Produção nacional de leite "à beira da extinção"

Encerramentos de explorações, ausência de margem de lucro e custos da
produção levaram milhares a Lisboa para exigir medidas do Governo


2 mil produtores manifestaram-se na AR
D.R.
04/09/2012 | 21:00 | Dinheiro Vivo
Levantou-se às seis da manhã, tratou das vacas e meteu-se a caminho de
Lisboa. Percorreu 340 quilómetros desde Famalicão para defender o seu
ganha pão: a produção de leite.

José Luís Araújo, 35 anos, era um dos cerca de 2 mil produtores de
leite que ontem se manifestaram frente à Assembleia da República,
pedindo a intervenção do governo num sector que dizem "está à beira da
extinção". Na família Araújo a produção de leite já vem do tempo dos
bisavós. Há 15, José Luís Araújo começou a trabalhar a exploração dos
sogros num "misto de aventura e risco". Hoje, admite, o risco suplanta
em larga medida a aventura. "As receitas são absorvidas pelos custos
de produção", diz. "Tenho uma empresa familiar e eu e a minha mulher
vivemos com dois ordenados abaixo do salário mínimo", afirma.
A marcha dos produtores rumo ao Parlamento começou com bombos e
acordeões, mas não o ambiente não era de festa. Por entre palavras de
ordem - "Cristas escuta o leite está em luta" e "Onde está o Paulinho
das feiras?" - e cartazes - "Grandes superfícies cangalheiros da
agricultura" - centenas de produtores refugiavam-se à sombra dos
edifícios frente ao Parlamento. O sol impedioso levava o termómetro
aos 35 graus centígrados. Outros procuravam pelos cafés das redondezas
garrafas de água para matar a sede. E faziam contas à vida, difícil.
António Campos herdou do pai a vacaria. Hoje o produtor de Gondifelas
(Famalicão) vê cair entre 30 a 40% a sua faturação, já a margem de
lucro "reduziu a 100%". "Aguento-me porque não pago renda", admite. As
terras são do pai.

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO057798.html

A pequena agricultura pode ser competitiva

Publicado por João BaptistaEconomia, twitterSegunda-feira, Setembro 3rd, 2012

por Carlos Matias
No ano passado, apenas 140 operadores agrícolas receberam 35% das
ajudas comunitárias à agricultura. Os mais de 300 mil beneficiários
restantes receberam o resto. Os números dizem quase tudo sobre quem
mais ganha com a Política Agrícola Comum (PAC).
É falaciosa a ideia de que as grandes explorações agrícolas é que são
rentáveis, sendo, por isso, "natural" que sejam mais apoiadas. O
recenseamento agrícola de 2009 revela que 97% das explorações
agrícolas, médias e pequenas, produzem quase metade do valor da
produção padrão total (VPPT). São essenciais ao país, pelo seu real
peso económico e por cobrirem sectores em que a dimensão não é uma
vantagem competitiva relevante.
Num artigo publicadoem Agosto pelo Le MondeDiplomatique, os
engenheiros agrónomos Álvaro S. de Melo e António A. Vieira trazem-nos
exemplos do muito que se consegue fazer com agriculturaem pequena
escala. Bastaque tenha bom enquadramento e forte apoio do estado.
Do SudTirol (Itália), por exemplo, 26600 produtores, com uma dimensão
média de apenas2 hectares, produzem 10% da maçã em toda a União
Eeuropeia. Lá, a estrutura fundiária é semelhante à da nossa Beira
Alta. Eles produzem 55 toneladas de maçã por hectare; nós ficamo-nos
pelas 15 toneladas/hectare. Forte apoio do estado e um modelo de
associativismo adequado explicam o "milagre" da elevada rentabilidade
destas pequenas fruticulturas.
Em Portugal, médias e pequenas explorações agrícolas sustentam cerca
de 300 mil famílias. São importante suporte económico das economias
locais e da nossa região. Têm um papel fundamental na sobrevivência do
mundo rural, no ordenamento ruterritorial e na sustentabilidade do
próprio turismo.
Abandonar este mundo é desistir do País. Parece ser o que pretendem
alguns, paladinos da desigualdade extrema com que são distribuídos os
apoios à agricultura. A nova PAC tem de contribuir para resolver este
problema e não para o agudizar.

http://www.oribatejo.pt/2012/09/a-pequena-agricultura-pode-ser-competitiva/

UE: Tudo em aberto nas negociações sobre futuro orçamento

06-09-2012




A reunião de Conselho de Ministros da União Europeia, no passado dia
24 de Julho, manifestou que se mantenham em aberto todos os principais
temas de debate sobre o futuro financiamento comunitário.

Em discussão esteve a revisão do Quadro Financeiro Plurianual
2014-2020, recentemente actualizado pela Comissão Europeia (CE) para
incorporar as necessidades da prevista adesão da Croácia em 2013 e os
dados económicos mais actuais.

O debate foi dividido em dois blocos distintos, estando de um lado os
países, entre os quais Portugal, Espanha, Grécia e da Europa central,
que defendem uma política de coesão e lamentam os cortes de 5,500
milhões de euros dos fundos estruturais e de coesão, com a desculpa
dos novos dados económicos, que alteram a proposta de distribuição
territorial e agravam a credibilidade nos países que mais fundos
recebem, lembrando ainda que estes são básicos para favorecer o
crescimento e a criação de emprego, pelo que a crise deve ser um
estímulo para o seu reforço.

Por outro lado, os países mais ricos solicitaram mais cortes,
argumentando que a União Europeia deve seguir o acordo das políticas
nacionais de ajuste fiscal, solicitando uma redução dos gastos de
aproximadamente 10 por cento.

A política agricola comum (PAC) não foi directamente afectada nesta
fase do debate, já que a proposta da CE limitou-se a adicionar as
necessidades da Croácia, que incluem uma previsão de 1,227 milhões de
euros para o "primeiro pilar" no período de 2014-2020. A presidência
cipriota pretende actualizar o documento de trabalho que recolhe as
diferentes opiniões em discussão.

Fonte: Agrodigital

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia44604.aspx

Leite: Produtores querem índice de referência de preços

07-09-2012



A APROLEP, Associação dos Produtores de Leite de Portugal, teme pela
extinção da produção de leite no país. «Nas condições actuais, e se
não houver uma inversão das condições e do preço pago aos produtores,
é um risco de médio a longo prazo».

O alerta é dado por Carlos Neves, presidente da associação, em
declarações à Vida Económica, considerando que uma das soluções para
travar este processo é a criação, como está a ser feito em Espanha, de
um «índice de referência de preços das matérias-primas e dos custos de
produção», que permita «mais transparência» e «dar uma indicação
negocial aos operadores do sector».

Os produtores de leite exigem a criação de um índice de referência de
preços, tendo em conta que, apesar da promessa de Assunção Cristas,
ministra da Agricultura, de que o Governo está a recolher junto das
entidades do sector propostas para novas regras de regulação do
mercado do leite, «nomeadamente ao nível dos contratos entre produção,
indústria e distribuição» e que em Setembro deverá apresentar medidas
legislativas a este nível, a situação dos produtores de leite no
Continente piora de dia para dia.


Segundo a associação, nem o novo concurso para a reestruturação e
modernização do sector do leite, lançado em Junho, no âmbito do
Programa de Desenvolvimento Rural (Proder), consegue, no imediato,
salvar a situação. O que pode pôr em causa o abastecimento à indústria
de lacticínios, cujo futuro, lembra a APROLEP, «depende do
abastecimento regular de leite em quantidade e qualidade».

«A maioria dos produtores de leite portugueses foi já informada da
baixa de mais um cêntimo por litro de leite vendido à indústria a
partir de um de Setembro». Aliás, olhando para este ano, «o preço do
leite pago ao produtor desceu entre 2,5 cêntimos e 4,5 cêntimos por
litro desde o início de 2012», revela a APROLEP, descidas que
representam «uma quebra de receita na ordem dos 10 a 15 por cento,
acrescenta.


Em sentido inverso, «muitos produtores tomaram conhecimento da subida
de dois cêntimos por quilo de ração para alimentação dos animais para
o mesmo mês», revelou a mesma fonte, lamentando que se tenham
confirmado «as piores expectativas para os produtores».


A soja, por exemplo, um dos principais componentes da alimentação das
vacas leiteiras, quase duplicou o preço e está, actualmente, a 56
cêntimos por quilo, refere Carlos Neves, temendo «mais subidas em
Setembro devido à seca nos Estados Unidos da América e na Rússia», sem
falar nos preços do gasóleo, que «bateram sucessivos recordes».


Problemas de que também fala a FENALAC (Federação Nacional das
Cooperativas de Leite e Lacticínios), que, em comunicado, lembra «a
situação económica, financeira e social do país», que «tem conduzido a
sérios constrangimentos no rendimento das famílias e na consequente
retracção das quantidades consumidas, afectando também o segmento
lácteo, além de que se assiste uma transferência da opção de compra
para as gamas mais acessíveis».


O eurodeputado Capoulas Santos quer «derrogações à lei da
concorrência» e diz-se «inconformado com a inacção das instâncias
europeias perante o cenário de crise que atravessa o sector leiteiro,
particularmente em Portugal».


Numa declaração enviada à "Vida Económica", o também relator do
Parlamento Europeu para alguns dos relatórios sobre a revisão da
política agrícola comum (PAC), disse que interpelou, a semana passada,
por escrito a Comissão Europeia «sobre que acções a mesma pretende
empreender neste contexto», sublinhando que os decisores políticos
«não podem permanecer indiferentes».


Na carta enviada a Bruxelas, refere Capoulas Santos, foi dito que
«defende uma adequada regulação do mercado do leite para que seja
possível garantir preços à produção minimamente remuneradores», e
admitiu «ser necessário prever derrogações à lei da concorrência, de
forma a ter em conta a especificidade da actividade agrícola, tal como
reconhecida nos termos da legislação comunitária».


Fonte: Vida Económica

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia44612.aspx

CAP Esclarece Penalização da Comissão Europeia

SEXTA, 07 SETEMBRO 2012 16:31
Na sequência do comunicado divulgado hoje pela Comissão Europeia, que
anuncia uma penalização de 89 milhões de Euros sobre Portugal, por
incumprimento das regras dos controlos e procedimentos relativos à
política agrícola da União Europeia, a Confederação dos Agricultores
de Portugal (CAP) pretende esclarecer que estas falhas se devem
exclusivamente ao desempenho do governo português, nomeadamente nos
anos de governação do ex-ministro da agricultura Jaime Silva, e não a
quaisquer irregularidades por parte dos agricultores.

Ainda assim, esta penalização surge num momento de grandes
dificuldades financeiras para o país e penaliza diretamente os
agricultores, uma vez que o setor agrícola carece de verbas do
Orçamento de Estado para comparticipação de novos projetos, essenciais
para que se possa manter o impulso que a agricultura tem vindo a dar
às exportações nacionais.

Os motivos que conduziram a esta penalização estão neste momento
sanados, com a colaboração das organizações de agricultores na
resolução de grande parte dos problemas. Tendo em conta esse esforço e
a situação financeira específica em que o país se encontra, a Comissão
Europeia deverá demonstrar flexibilidade na aplicação desta
penalização.

Por seu lado, o governo português deverá diligenciar junto das
entidades europeias para que essa flexibilidade seja possível,
desenvolvendo as negociações que forem necessárias no sentido de
assegurar que esta penalização não comprometa o caminho de recuperação
que o país está neste momento a trilhar.


CAP, 7 de Setembro de 2012

http://www.cap.pt/imprensa/comunicados-de-imprensa/1715-cap-esclarece-penalizacao-da-comissao-europeia.html

Défice agrícola e alimentar do país atinge 3800 milhões de euros

Agricultura. Balança comercial agravou-se 9%. Portugal exporta menos
do que importa


Importámos 6019ME em produtos agrícolas
D.R.
03/09/2012 | 00:35 | Dinheiro Vivo
A balança comercial de produtos agrícolas - indicador do Instituto
Nacional de Estatística (INE) que mede a diferença entre exportações e
importações de bens agro-alimentares, peixe e produtos florestais -
agravou-se 9% em 2011 face ao ano anterior. As importações atingiram
6019 milhões e as exportações ficaram-se pelos 2225 milhões de euros
(um crescimento de 13% em relação a 2010).
Portugal compra ao estrangeiro cerca de 1320 milhões de euros em
peixes e crustáceos, sendo este o produto com maior peso nas
importações (22% do total). Na segunda posição surgem os cereais, que
custaram ao país 842 milhões de euros, cifra que poderá subir este ano
face à diminuição da área semeada e à baixa produtividade resultante
do período de seca.
Por isso, a Associação Nacional de Produtores de Cereais (ANPOC) tem
vindo a defender a adoção de uma "estratégia nacional" que permita
reduzir o défice da balança comercial do sector. "Os Estados Unidos e
a Austrália são dois grandes exportadores e têm uma média de produção
de 2 toneladas por hectare, semelhante à nossa", diz Bernardo Albino,
presidente da ANPOC, acrescentando que a diferença está ao nível das
políticas públicas. "Nesses países, o Estado colabora ativamente com
um sector que é estratégico e em Portugal isso nunca sucedeu."
A questão está em "não centrar" os apoios exclusivamente na
competitividade mas também nas necessidades alimentares do País. "Há
alguns anos o ministro Jaime Silva dizia-nos que não valia a pena
produzir cereais, porque os franceses conseguem produtividades por
hectare muito superiores às nossas." O resultado foi o progressivo
abandono das culturas e o agravamento da dependência face ao exterior.

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO057622.html

Nova Política Agrícola Comum ameaça culturas do tomate e arroz no Ribatejo

Publicado por João BaptistaEconomia, em destaque, twitterDomingo,
Setembro 2nd, 2012

A proposta da nova Política Agrícola Comum, tal como está, vai matar
as culturas do tomate e do arroz. Estas foram das principais
preocupações levantadas pelos empresários agrícolas ribatejanos nos
encontros que mantiveram com os deputados e o presidente da Federação
Distrital do PS.
Entre as preocupações transmitidas pelos empresários agrícolas, o
deputado António Serrano destacou a questão da Política Agrícola Comum
que está em discussão e que ameaça algumas das mais importantes
produções agro-industriais do nosso distrito. "Se não forem alteradas
as propostas que estão em cima da mesa, a cultura do tomate no
Ribatejo esta em causa", disse António Serrano. "Somos o país mais
competitivo da Europa e o 7º produtor mundial, somos a par da
Califórnia a região que produz tomate de melhor qualidade", destacou o
deputado do distrito. Salientou que "se não for alterada a proposta
que a Comissão Europeia apresenta e e aquilo que tem sido relatado nos
relatórios do Parlamento Europeu, então não será possível manter uma
atividade como a produção de tomate no Ribatejo que tem hoje milhares
de hectares de área em 11 concelhos".
No Ribatejo produz-se cerca de 80% do tomate nacional e grande parte
destina-se à transformação industrial. A indústria coloca no
estrangeiro mais de 90% da sua produção de concentrado e derivados,
faturando mais de 150 milhões de euros por ano.

http://www.oribatejo.pt/2012/09/nova-politica-agricola-comum-ameaca-culturas-do-tomate-e-arroz-no-ribatejo/

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Miranda do Douro: Animais espanhóis podem contaminar a pureza do burro mirandês - associação

Lusa - Esta notícia foi escrita nos termos do Acordo Ortográfico
9:45 Sexta, 7 de Setembro de 2012
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Miranda do Douro, 07 set (Lusa) - O secretário técnico da Associação
Para o Estudo e Proteção do Gado Asínio (AEPGA) mostrou-se hoje
preocupado com a entrada na região transmontana de animais
provenientes de Espanha, que podem contaminar a pureza do burro
mirandês.

"As raças asininas autóctones espanholas têm excesso de animais,
principalmente machos, que já não dispõem de compradores. Por esse
motivo, são vendidos em Portugal, sendo oferecidos aos negociantes a
baixo preço, o que poderá por em causa a pureza de uma raça autóctone
como o burro de Miranda ", disse à Lusa Miguel Nóvoa.

O técnico recordou que existem na região transfronteiriça de
Trás-os-Montes com Castela e Leão duas raças autóctones com livros
genealógicos diferentes e que é preciso manter a identidade das raças
nos dois lados da fronteira.


http://visao.sapo.pt/miranda-do-douro-animais-espanhois-podem-contaminar-a-pureza-do-burro-mirandes-associacao=f684944

Covilhã: Produção do legume típico cherovia que protagoniza festival triplicou em quatro anos

14:00 Quinta feira, 6 de setembro de 2012

Covilhã, 06 set (Lusa) - A produção de cherovia, um legume típico da
região da Cova da Beira, triplicou nos últimos quatro anos, segundo
dados da organização do festival anual dedicado ao produto, que este
ano decorre de 20 a 23 de setembro, na Covilhã.

Os mais recentes dados recolhidos junto de produtores levam José
Cavaco, dinamizador do certame, a acreditar que, das habituais seis a
sete toneladas por ano, o número cresceu "para perto de 20".

O responsável acredita que "a promoção tem contribuído para o aumento
do consumo desta raiz de extrema importância na dieta. Depois de um
franco declínio, a cherovia voltou a ter destaque na mesa dos
covilhanenses e na região".

http://expresso.sapo.pt/covilha-producao-do-legume-tipico-cherovia-que-protagoniza-festival-triplicou-em-quatro-anos=f751430

“Acreditamos que a agricultura é uma parte importante da nossa economia”

Anpromis marca presença na Agroglobal com debate sobre "o que tem a
agricultura para dar aos portugueses"



"O que tem a agricultura para dar aos portugueses" foi o tema de uma
das conferências que marcaram o primeiro dia da 3º edição da
Agroglobal 2012. Promovido pela ANPROMIS – Associação Nacional dos
Produtores de Milho e Sorgo este foi um espaço de debate e reflexão
que contou com a presença de Assunção Cristas Ministra da Agricultura,
do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território e que colocou,
"frente a frente", dois dos mais conceituados economista nacionais:
António Borges e João Ferreira do Amaral.


Em defesa do setor Assunção Cristas defendeu que a agricultura ocupa
um espaço privilegiado naquelas que são as preocupações do governo.
«Acreditamos que a agricultura é uma parte importante da economia»
acrescentou reforçado o papel da agricultura na economia nacional e
justificando ser um setor prioritário no sentido em que «é ela que "dá
comer às pessoas"».

O economista António Borges marcou a sua posição defendendo a redução
dos custos de produção e a organização dos agricultores nacionais como
forma de tornar a agricultura portuguesa mais competitiva. «Era bom
que houvesse em todas essas frentes uma preocupação para tornarmos a
nossas empresas mais competitivas, incluindo na agricultura»,
acrescenta o economista, que se assume também como agricultor.

João Ferreira do Amaral apesar de reconhecer que a agricultura possui
um peso relativamente pequeno na economia nacional acredita que este é
um setor essencial para o «equilíbrio e sustentabilidade do país».
Avaliando o setor, o economista refere que é importante que «a
agricultura seja uma atividade mais dinâmica e moderna» para que assim
possa contribuir significativamente para o «equilíbrio da balança
comercial».

Para Luís Vasconcellos e Souza, Presidente Anpromis, «não existe
dúvidas quanto á crescente importância que a agricultura pode vir a
adquirir enquanto fator de criação de valor acrescentado na economia».
No entanto acredita que «é importante apoiar as grandes culturas e
todos os produtores que têm vindo a apostar na modernização do setor
para produzir mais e melhor e aproveitar os recursos existentes».

Enquanto Presidente da Associação Nacional de Produtores de Milho e
Sorgo, Luis Vasconcellos e Souza não esquece a atual conjuntura e
refere que «apesar da acentuada volatilidade dos preços que tem vindo
a apoderar-se de mercado de matérias primas, como é exemplo o milho, a
verdade é que os nossos produtores têm-se revelado cada vez mais
competitivos e capazes de responder às necessidades dos mercados. A
comprová-lo está o cultivo do milho em novas áreas de regadio como
Alqueva, que é hoje em dia uma realidade, e que traduz a capacidade de
investimento e de afirmação dos produtores nacionais de milho, numa
altura de grandes restrições financeiras».

Apesar da vontade manifesta de o Ministério de Assunção Cristas apoiar
o sector agrícola, canalizando todos os fundos comunitários para
promover uma agricultura mais competitiva e conseguir aproveitar as
áreas de regadio já existentes, a ANPROMIS acredita ter de existir
"uma maior aposta no regadio e nas culturas regadas de modo aumentar a
competitividade da nossa agricultura."

fonte: monticom

Mais uma vindima de dificuldades para pequenos e médios lavradores do Douro

Lusa
07 Set, 2012, 09:41

O Douro prepara-se para mais uma vindima de dificuldades: muitos
lavradores ainda não têm onde entregar as uvas, outros não têm
dinheiro para contratar trabalhadores agrícolas e ainda há situações
de salários em atraso.
Pela Região Demarcada do Douro espalham-se entre 30 a 40 mil
vitivinicultores, muitos deles com apenas meio ou um hectare de vinha,
representando uma estrutura social muito frágil.

Com a grande azáfama da vindima a aproximar-se, a Associação dos
Vitivinicultores Independentes do Douro (AVIDOURO) revela que ainda há
muitos lavradores que não sabem onde vão entregar as suas uvas este
ano.

Grandes produtores começaram a ter produção própria e "despediram"
lavradores, a quem já não precisam de comprar as uvas. No caso das
adegas, os atrasos no pagamento das colheitas levam a que os
viticultores procurem alternativas.

"É incerto ainda. Ando a procurar por um lado e por outro a ver se
consigo uma adega estável, mas ainda não sei onde ir deitar as uvas",
salientou Ernesto Lopes, produtor de Abaças.

O diretor da Adega de Vila Real, Jaime Borges, diz que "dezenas de
viticultores pedem diariamente para entregar as uvas desta vindima"
nesta cooperativa, uma das poucas que tem as "contas em dia" no Douro.

Depois, ainda de acordo com a AVIDOURO, por causa da quebra de
rendimento, principalmente dos médios produtores, verifica-se que
recorrem cada vez menos à contratação de trabalhadores agrícolas.

"É uma situação preocupante, que se está a agravar de ano para ano. Os
proprietários e os viticultores não têm rendimento, logo não têm forma
de contratar assalariados para as vindimas", acrescentou a dirigente
da associação, Berta Santos.

Os produtores mais pequenos recorrem muitas vezes à "torna-jeira" nos
trabalhos na vinha, ou seja, vão-se ajudando mutuamente nas tarefas.

É o que faz Vítor Herdeiro, de Abaças, que vai cortar as uvas nos seus
2,5 hectares com a ajuda de familiares e vizinhos. Depois, vai também
ele ajudá-los.

Mas os problemas do Douro não ficam por aqui.

Avelino Mesquita, do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das
Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB),
referiu à Lusa situações de trabalhadores agrícolas com salários em
atraso ou a terem de trabalhar mais horas, sem receberem qualquer
contrapartida.

"Tenho conhecimento da existência de quatro ou cinco quintas na região
demarcada com salários em atraso", frisou.

Depois, Avelino Mesquita disse ainda estar preocupado com o período de vindimas.

"Muitos trabalhadores são contratados sem qualquer vínculo, nem os
devidos direitos legais, nem descontos para a segurança social, nem
seguros. Sem direito a regalias sociais", salientou.

Um trabalhador, que preferiu manter o anonimato, referiu que trabalha
há vários anos para uma quinta onde se repetem os atrasos no pagamento
dos salários.

"Por volta desta altura, quando entram os subsídios, as coisas começam
a ficar um pouco tremidas. Esta situação repete-se desde há cinco,
seis anos", sublinhou.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=585096&tm=6&layout=121&visual=49

Agricultura: Governo apresenta este mês alterações legislativas para garantir distribuição equitativa do preço

14:37 Quarta feira, 5 de setembro de 2012
110 1

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Valada, Cartaxo, 05 set (Lusa) -- A ministra da Agricultura disse
hoje, no Cartaxo, que o Governo vai apresentar este mês alterações
legislativas que ajudem a uma distribuição equitativa do preço ao
longo da cadeia produção/indústria/distribuição.

Assunção Cristas, que visitou a Agroglobal, Feira do Milho e das
Grandes Culturas, que decorre até quinta-feira em Valada, disse
esperar que o setor do leite venha a ser 'pivot' no aspeto que tem a
ver com a forma como os contratos são feitos em Portugal.

"Este é o momento, auscultámos todo o setor, recebemos todos os
contributos antes do verão e neste momento estamos a fechar as
propostas", afirmou, referindo o trabalho que tem vindo a ser
desenvolvido juntamente com o Ministério da Economia no âmbito da
Plataforma de Acompanhamento das Relações da Cadeia Agroalimentar
(PARCA).


http://expresso.sapo.pt/agricultura-governo-apresenta-este-mes-alteracoes-legislativas-para-garantir-distribuicao-equitativa-do-preco=f751211

Preço por litro pago aos produtores desceu 3,5 cêntimos

Leite

Económico com Lusa
04/09/12 13:31



O preço por litro pago aos produtores de leite caiu 3,5 cêntimos desde
o início do ano.

O preço por litro pago aos produtores de leite caiu 3,5 cêntimos desde
o início do ano, ameaçando centenas de explorações que viram os seus
custos de produção agravar-se devido ao efeito da seca.

Os produtores de leite vão hoje à Assembleia da República exigir a
intervenção do poder político na proteção do setor e dizem que está em
jogo "o futuro de milhares de famílias".

Segundo dados da Associação dos Produtores de Leite de Portugal
(APROLEP), que convocou a manifestação, o preço médio pago pela
indústria aos produtores de leite desceu mais um cêntimo em Setembro e
ronda actualmente os 28 cêntimos.

Em Janeiro, o preço médio mensal do leite adquirido aos produtores era
de 32,4 cêntimos. Ao mesmo tempo, "os produtores tomaram conhecimento
da subida de dois cêntimos por quilo de ração para alimentação dos
animais", enquanto a seca fez disparar os preços das palha, alertou a
APROLEP.

Os produtores de leite sublinham que as descidas de preço consecutivas
desde o início do ano estão "em completo contraciclo com os aumentos
dos custos de produção" e "são difíceis de suportar pela produção,
pois representam uma quebra de receita na ordem dos 10 a 15%".

A associação mostra-se também desiludida com o trabalho da PARCA, a
Plataforma de Acompanhamento da Indústria Agroalimentar criada pelo
Governo e cujo "único resultado visível" foi um relatório que
confirmou o que já se sabia, ou seja, que "os agricultores não
conseguiram repercutir nos preços de venda o aumento dos custos de
produção o que teve um impacto fortemente negativo sobre as margens da
actividade, indiciando desequilíbrio negocial".

http://economico.sapo.pt/noticias/preco-por-litro-pago-aos-produtores-desceu-35-centimos_151061.html

Açores: Vasco Cordeiro (PS) quer manter "medidas emblemáticas" que ajudam agricultores na região

15:13 Sábado, 1 de setembro de 2012

Ponta Delgada, 01 set (Lusa) -- O candidato socialista à presidência
do Governo Regional dos Açores defendeu hoje a manutenção de "medidas
emblemáticas" que "ajudam os agricultores" na região, referindo, por
exemplo, o preço do gasóleo agrícola que "é mais barato" que os
restantes combustíveis.

"As medidas emblemáticas que ajudam os nossos agricultores têm que
continuar a existir", afirmou Vasco Cordeiro, que lembrou o caso do
preço de gasóleo agrícola que "é mais barato do que os outros
combustíveis, nomeadamente do que o gasóleo rodoviário, e também mais
barato nos Açores do que na Madeira e continente".

Vasco Cordeiro, que falava aos jornalistas após uma visita à
cooperativa AgroCapelense, nas Capelas, ilha de S. Miguel, salientou
ainda "o caso do POSEI cereais, mecanismo que já existe, e que permite
também apoios ao nível da transformação de cereais e consequentemente
uma redução do preço das rações", frisando que "é preciso vencer os
desafios da subida do preço de alguns fatores de produção".


http://expresso.sapo.pt/acores-vasco-cordeiro-ps-quer-manter-medidas-emblematicas-que-ajudam-agricultores-na-regiao=f750418

FAO. Preços mundiais dos alimentos estabilizaram em Agosto

Por Agência Lusa, publicado em 6 Set 2012 - 21:24 | Actualizado há 13
horas 27 minutos
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Os preços dos alimentos nos mercados internacionais estabilizaram em
agosto, segundo dados hoje divulgados pela organização da ONU para a
Alimentação e Agricultura (FAO).

O Índice de Preços da FAO mede as mudanças nos preços de cinco grupos
de alimentos básicos (carne, laticínios, açúcar, óleos e cereais). Em
agosto, o índice manteve-se em 213 pontos, um nível elevado mas
bastante abaixo do máximo histórico de 238 alcançado em fevereiro de
2011.

"Este número é reconfortante. Embora devamos continuar vigilantes, os
preços atuais não podem servir para falar de uma crise alimentar
mundial", disse em Roma o diretor-geral da FAO, José Graziano da
Silva.

No entanto, "a comunidade internacional pode e deve agir de forma a
tranquilizar mais ainda os mercados", acrescentou o diplomata
brasileiro, segundo um comunicado da FAO.

O Índice de Preços da FAO para os cereais manteve-se inalterado. No
entanto, a organização nota que em agosto se registaram "alguns
aumentos no trigo e no arroz", que foram "compensados pelo ligeiro
declínio no milho".

A FAO regista contudo que as previsões atualizadas para a produção de
cereais apontam para uma escassez no período comercial 2012-2013.

Neste período, "a produção mundial de cereais não será suficiente para
cobrir totalmente as necessidades previstas para 2012-13", o que
implicará "uma maior redução das reservas globais de cereais do que
anteriormente previsto", lê-se no comunicado da FAO.

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado
pela agência Lusa

http://www.ionline.pt/mundo/fao-precos-mundiais-dos-alimentos-estabilizaram-agosto

Agricultores regressam à tracção animal para poupar no combustível

quinta-feira, 6 de Setembro de 2012 | 18:03
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O aumento do preço dos combustíveis está a obrigar alguns agricultores
transmontanos a optarem pelo regresso à tracção animal, relataram hoje
alguns profissionais do sector.
"Todos sabemos que os combustíveis estão cada vez mais caros. Os
burros, depois de ensinados, são um bom auxiliar para os trabalhos no
campo, o que ajuda a poupar nos gastos com o gasóleo", disse Artur
Gomes, um agricultor do concelho de Miranda do Douro, com vários anos
de actividade.

Animais como os burros desempenham várias tarefas na agricultura, como
lavrar, puxar a carroça, transportar pessoas e ferramentas para os
campos, entre outras utilidades, o que leva os seus proprietários a
afirmarem que "cada vez mais compensa trabalhar com eles", já que são
"dóceis e de fácil maneio".

"Tenho duas burras de raça mirandesa que estão habituadas aos
trabalhos do campo. São animais que me ajudam nas tarefas da lavoura e
isso reflecte-se em menor gastos na aquisição de combustível para o
tractor", acrescentou.

Também Iria Gomes, uma agricultora e proprietária de quatro burros de
raça mirandesa, residente na pequena aldeia mirandesa de Paradela,
garante que com os seus animais lavra a vinha, arranca as batatas e
planta couves. Para além destas tarefas, os animais acabam por se
revelar uma companhia diária.

"Por vezes, estes animais chegam aonde não vão os tractores e sempre
fica mais barato que utilizar outros equipamentos motorizados que são
mais caros", frisou.

Por seu lado, Amâncio Fernandes, agricultor em Vimioso há mais de 30
anos, garante que adquiriu um cavalo para se deslocar às suas
propriedades.

Estas foram algumas das ideias deixadas à margem da secular Feira de
Gado Asinino, que hoje decorreu no Santuário da Senhora do Naso,
situado na Póvoa (Miranda do Douro), um certame que juntou cerca de
meia centena de proprietários de burros mirandeses, uma raça autóctone
com o solar circunscrito à região do planalto mirandês.

Já o secretário técnico da Associação para o Estudo e Protecção do
Gado Asinino (AEPGA), Miguel Nóvoa, é da opinião que a utilização da
tracção animal é útil e que os jovens agricultores deveriam reconhecer
o valor dos animais nas tarefas agrícolas.

"Quem tiver um burro na sua exploração está salvaguardado de despesas
acrescidas com máquinas agrícolas e combustíveis", destacou o técnico.

Diário Digital com Lusa

http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=2&id_news=186390

O sapo, o monge e o escorpião

OPINIÃO


Carlos Neves

Há algum tempo atrás, alguém que conhece bem os relacionamentos na
cadeia de valor da produção agro-alimentar fez uma interessante
comparação da realidade actual com uma antiga história, cujo autor
desconheço:

"Era uma vez um Escorpião, que vivia nas margens de um rio. Um dia,
depois de uma grande chuvada, a água do rio começou a subir de forma
ameaçadora para o Escorpião. Este, ao ver que a água não parava de
subir e seguramente iria chegar à sua toca, o que o faria morrer
afogado, começou a chamar um sapo que descansava numa pedra e
pediu-lhe para o transportar nas suas costas até à outra margem. O
Sapo disse-lhe que não, porque sabia que o Escorpião lhe picaria e lhe
provocaria a morte. Mas o Escorpião, com toda a sua capacidade de
argumentação, lá convenceu o sapo a transportá-lo e assim aconteceu.
Quando iam no meio do rio, o Escorpião picou mesmo o Sapo,
envenenando-o. O sapo, antes de morrer ainda teve tempo de perguntar
ao Escorpião: "- Porque me picaste? Agora morreremos os dois!". O
Escorpião, respondeu ao Sapo, dizendo-lhe apenas: " - Está na minha
natureza"".

Esta história é uma boa comparação com a realidade de quem precisa dos
fornecedores mas vai "ferrando" reduções de preços, sem se importar
com o aumento de custos de produção, nomeadamente os custos de
alimentação animal e a consequente insustentabilidade das explorações
agro-pecuárias.

Por outro lado, sendo um alerta sério e realista, a história tem um
final trágico, diferente de uma outra história do escorpião, de autor
também desconhecido:

"Um Monge e seus discípulos caminhavam por uma estrada, quando viram
um escorpião a ser arrastado pelas águas. O Monge correu pela margem
do rio, meteu-se na água e agarrou o bicho. Quando o trazia para fora,
o escorpião picou-o e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente
no rio. Foi então à margem e socorrendo-se de um ramo de árvore,
entrou no rio, segurou o escorpião e salvou-o sem ser picado. Os
discípulos, que assistiam perplexos à cena, perguntaram-lhe então
porque salvara o animal se, afinal de contas, ele tinha sido mau para
ele ao picá-lo. O Monge ouviu tranquilamente os comentários e
respondeu: "Ele agiu conforme sua natureza, eu de acordo com a minha,
e não permiti que a sua natureza mudasse a minha.""

Que lições podemos tirar destas histórias?

O primeiro caso é um bom exemplo da "lei da selva" que é o capitalismo
selvagem, sem regras, onde se espera que funcione a "mão invisível do
mercado"; Já sabemos que não funcionou na área financeira, mas
deixamos agora avançar a especulação nos mercados de matérias-primas
para a alimentação animal e a jusante o domínio da grande distribuição
como porteira do consumo alimentar;

Repare-se também que o sapo sabia o que faria o escorpião mas
deixou-se levar pela conversa sem tomar precauções; é esta a realidade
de muitos que produzem mas não se organizam e mobilizam para se
proteger. Em sentido contrário, o monge aprendeu com a primeira
agressão e usou o pau como arma para defesa pessoal e também protecção
do escorpião cujo mal acabaria por provocar danos fatais a si próprio;
do mesmo modo, quem asfixia a produção e/ou transformação, destrói a
capacidade produtiva de quem lhe fornece matérias-primas essenciais e,
de forma indirecta, a economia local e a capacidade de consumo,
acabando como vítima das próprias acções.

No mundo actual, os "sapos" não podem evitar os "escorpiões" na
travessia do rio que separa a produção do consumo; A sua companhia é
inevitável mas não pode ter o final trágico da história.

Não se espere que os escorpiões, por si, se auto-regulem. É da
natureza humana e da economia livre procurar o máximo lucro, comprar o
mais barato possível, conquistar a máxima quota de mercado, procurar
sempre o crescimento, que se não for possível à custa do consumidor ou
da concorrência irá ocorrer asfixiando o produtor. Por isso, compete
ao Estado e concretamente ao Governo regular o mercado de modo a
evoluir da lei da selva para uma sociedade humana, equilibrada e
sustentável, com partilha de esforços e resultados entre produção,
indústria e distribuição. Sabemos que não é uma tarefa fácil e exigirá
a paciência e persistência de monge, mas terá de ser feita com
urgência. Tenhamos fé mas façamos força!

Carlos Neves
Presidente da APROLEP - Associação dos Produtores de Leite de Portugal

http://www.agroportal.pt/a/2012/cneves4.htm

Regulação de preços pelo MAMAOT

A Acréscimo – Associação de Promoção ao Investimento Florestal saúda o
anúncio da ministra Assunção Cristas, proferida ontem, 5 de setembro,
no Cartaxo, sobre a intervenção do Ministério na regulação de preços
no setor agroalimentar, o que espera seja no imediato extensível ao
setor florestal.

Tal como anteriormente defendido pela Acréscimo, a regulação de preços
no setor florestal é um dos pontos essenciais para revitalizar a
atividade silvícola em Portugal e promover a defesa da floresta contra
os incêndios.

Efetivamente, como é do conhecimento geral, nas três principais
fileiras silvo-industriais, do pinheiro bravo, do eucalipto e do
sobreiro, regista-se uma forte concentração empresarial ao nível da
indústria, seja nas madeiras e no mobiliário, seja na pasta celulósica
e papel ou na cortiça, dominando, em cada uma dessas fileiras, a
formação dos preços e o acesso aos mercados.

Segundo os mais recentes dados disponibilizados pelo Instituto
Nacional de Estatística, nas Contas Económicas da Silvicultura, no
período de 2000 a 2010, a Produção registou uma taxa de variação média
anual de -2,0% em volume e de -2,3% em valor, facto que reflete a
diminuição dos preços no produtor. Por sua vez, no que respeita à
relação entre o Consumo Intermédio da silvicultura e a Produção, o INE
registou, para o período em análise, um acréscimo de 7,1% desfavorável
ao produtor florestal. A diminuição dos preços ao produtor e o aumento
dos consumos intermédios traduzem claramente uma situação adversa à
atividades silvícola. Refletindo o comportamento da Produção e do VAB,
que no período decresceu 19,2% (2010 face a 2000), o Rendimento
Empresarial Líquido registou no período um decréscimo acentuado,
superior a ¼ de milhar de milhões de euros.


Índice de preços (2000=100)

Rendimento Empresarial Líquido

Ainda de acordo com dados do Ministério, disponíveis na Estratégia
Nacional para as Florestas, no período de 1975 a 2004, o decréscimo de
preços à porta da fábrica, para os produtos madeireiros, é bem
evidente.



Desde logo, fica óbvio que a rentabilidade dos espaços ocupados por
floresta tem decrescido substancialmente ao longo de décadas, muito
embora tenham aumentado os custos de produção, em especial a energia e
os combustíveis.

Ora, sem rentabilidade nos espaços florestais, não será possível ter
uma adequada gestão florestal, tornando impossível o ordenamento
destas superfícies, com as consequências conhecidas em cada período
estival: os incêndios florestais.

A anunciada intervenção do Ministério na regulação de preços, pode
assim proporcionar, no setor florestal, um forte incentivo ao
investimento na gestão, e bem assim, à redução do impacto dos
incêndios florestais.

Obviamente, serão necessárias medidas adicionais, como a assistência
técnica aos produtores, através de um serviço de extensão rural, bem
como a quantificação e qualificação de outros bens e serviços de base
florestal, hoje sem valor de mercado, entre eles, a paisagem, a
conservação dos solos, a regulação dos regimes hídricos (controlo das
cheias), ou o sequestro de carbono, que possam proporcionar outros
rendimentos aos agricultores e produtores florestais.

Recorda-se que em Portugal existem cerca de 1,5 a 2 milhões de solos
abandonados ou semi-abandonados, ou seja sem uma adequada gestão, ou
melhor, com uma gestão adequada (ausência) às expectativas de mercado
(ausentes). Para além da propagação dos incêndios, existem impactos
negativos ao nível da proliferação de pragas e doenças, no
despovoamento do mundo rural e no aumento de fenómenos de
desertificação. Haja coragem política para inverter esta tendência.
Não é nos Ministérios da Administração Interna ou da Segurança Social,
mas sim no MAMAOT que está a solução para reduzir os impactos sociais,
ambientais e económicos dos incêndios florestais.

Lisboa, 6 de setembro de 2012

A Direção da Acréscimo

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2012/09/07b.htm

Portugal obrigado a devolver quase 89 milhões a Bruxelas

AGRICULTURA


Declarados como elegíveis para apoios mais terrenos do que existiam

Áudio João Dinis (CNA) lamenta devolução de dinheiro a Bruxelas
Comissão Europeia detectou uma série de falhas e erros graves no
controlo nacional do pagamento das chamadas ajudas directas da
Política Agrícola Comum (PAC), em 2007 e 2008. 07-09-2012 6:50 por
Daniel Rosário


Portugal vai ter que devolver a Bruxelas quase 89 milhões de euros
destinados à agricultura. A decisão será formalizada e anunciada, esta
sexta-feira, pela Comissão Europeia e representa o fim de um processo
que decorreu, sobretudo, durante os governos de José Sócrates, mas
cujos efeitos orçamentais se farão sentir este ano.

Foi detectada uma série de falhas e erros graves no controlo nacional
do pagamento das chamadas ajudas directas da Política Agrícola Comum
(PAC).

Inicialmente Bruxelas tencionava impor uma multa de 121 milhões de
euros, mas na sequência das diligências levadas a cabo pelo Governo
português, a Comissão aceitou rever este valor em baixa e fixá-lo em
88.901.568,00 milhões de euros.

O dinheiro das ajudas directas é pago aos agricultores pelo Governo
dos Estados-membros no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC) e
posteriormente reembolsado por Bruxelas.

A verba correspondente a esta "correcção", de acordo com a expressão
utilizada pelo executivo comunitário, será deduzida das próximas
transferências comunitárias para os cofres nacionais.

A culpa é das imagens aéreas antigas
O principal problema detectado pelos controlos levados a cabo pela
Comissão sobre a forma como funciona o sistema de controlo português
foi o de as superfícies declaradas por Portugal como elegíveis para
receberem este dinheiro serem frequentemente exageradas. Isto porque o
sistema nacional recorre a imagens aéreas antigas e o controlo no
terreno foi feito com atrasos e de forma incompleta.

Estas irregularidades começaram a verificar-se com particular
seriedade a partir de 2005 e 2006, anos em que a Comissão impôs a
Portugal "correcções" correspondentes a 5% das ajudas directas. O
facto de aos olhos de Bruxelas os problemas terem persistido
constituiu uma circunstância agravante, que levou à duplicação da
referida multa, para 10% do total das ajudas directas de 2007 e 2008.

À Renascença, o dirigente da Confederação Nacional de Agricultura
(CNA) lamenta que o país seja obrigado a devolver tanto dinheiro,
sobretudo no quadro de uma situação tão difícil que os agricultores
estão a atravessar. João Dinis percebe as razões da decisão de
Bruxelas e culpa o anterior Governo, que acusa de ter esvaziou o
Ministério da Agricultura de técnicos.

Capoulas Santos lamenta que se perca tanto dinheiro devido a
incorrecções em candidaturas. O antigo ministro da Agricultura (entre
1998 e 2002 ) diz que as deficiências de controlo são continuadas,
admite que em 2012 poderão repetir-se, sublinhado contudo, que
Portugal não é caso único.

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=76445

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Capoulas Santos nomeado para melhor Deputado europeu na área da agricultura e desenvolvimento rural

O eurodeputado português Capoulas Santos foi nomeado para o "Prémio
Eurodeputados 2012" (MEP AWARDS 2012), na área da agricultura e
desenvolvimento rural, promovido pela revista de actualidade política
europeia "The Parliament", em conjunto com o Parlamento Europeu. Na
área da agricultura, o deputado socialista português foi nomeado
juntamente com outros dois parlamentares da França e da Letónia.
Capoulas Santos tem desempenhado um importante papel na área agrícola
sendo actualmente o Coordenador e porta-voz dos Socialistas &
Democratas Europeus nestas áreas e Relator designado pelo Parlamento
Europeu para os principais regulamentos da reforma da Política
Agrícola Comum, para o período pós 2013.

Nos termos do regulamento deste galardão, a nomeação, devidamente
fundamentada, só pode ser efectuada por organizações da sociedade
civil, donde resulta uma "short list" de 3 deputados por cada área
temática, cabendo a escolha final a um universo eleitoral constituído
pelos 754 deputados europeus.

O site do evento - http://www.mepawards.eu -, refere que Capoulas
Santos tem sido reconhecido como um "líder" nas mudanças introduzidas
na área da agricultura na UE. O site assinala os "esforços" que o
deputado português tem desenvolvido com sucesso para proteger os
direitos dos agricultores e reforçar as suas condições de vida. Os
promotores do Prémio sublinham a "dedicação e o compromisso " do
deputado para com a agricultura "verde" ao encorajar os agricultores a
utilizar métodos "amigos" do ambiente. As tarefas que Capoulas Santos
desenvolveu fora da área agrícola também são referenciadas bem como o
árduo trabalho levado a cabo para garantir um futuro melhor para os
agricultores.

Ao ter conhecimento da sua nomeação para a "short list" de deputados,
Capoulas Santos frisou que "é uma nomeação que me sensibiliza e me
estimula ainda mais a trabalhar com empenho e dedicação em prol da
agricultura e do mundo rural europeus. No contexto de incerteza em que
vivemos é necessário mais do que nunca garantir mecanismos de apoio
estáveis e eficazes, baseados em critérios que valorizem o papel do
agricultor enquanto defensor do ambiente e que sejam justos e
equitativos entre países e regiões. Desejo que esta nomeação contribua
para difundir mais as minhas propostas e para granjear apoios para a
sua aprovação".

A lista dos premiados será conhecida a 25 de Setembro, numa cerimónia
que terá lugar no Stanhope Hotel, em Bruxelas.

Fonte: Delegação Portuguesa
Grupo dos Socialistas & Democratas no Parlamento Europeu

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2012/09/06.htm

GNR: Apreensões de cobre e ferro aumentam mais de 500% no primeiro semestre em relação a 2011

14:07 Quarta feira, 5 de setembro de 2012
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Lisboa, 05 set (Lusa) - A GNR apreendeu no primeiro semestre deste ano
perto de 16 toneladas de cobre, um aumento de 515% em comparação ao
mesmo período de 2011, durante o qual foram confiscados cerca de 2.600
quilos.

Segundo dados enviados à agência Lusa pela Guarda Nacional
Republicana, responsável por 95% da área do território nacional, o
furto de ferro também subiu mais de 500%. Até junho deste ano foram
apreendidas quase 37 toneladas, enquanto nos mesmos seis meses do ano
passado a GNR apreendeu perto de 5.800 quilos.

Ao nível do furto de metais não preciosos, o alumínio foi o único que
desceu em relação ao primeiro semestre de 2011 - aos 3.200 quilos
apreendidos no ano passado, contrapõe-se os 1.100 confiscados este
ano. Quanto ao inox, passou dos 60 quilos apreendidos até junho do ano
passado para os 282 quilos nos primeiros seis meses de 2012.


http://expresso.sapo.pt/gnr-apreensoes-de-cobre-e-ferro-aumentam-mais-de-500-no-primeiro-semestre-em-relacao-a-2011=f751189

Governo vai disponibilizar apoios para compensar perdas materiais causadas pelos incêndios

05 Setembro 2012 | 15:23
Lusa

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O primeiro-ministro anunciou hoje que o Governo vai disponibilizar
apoios para compensar, na medida do possível, as perdas materiais
causadas pelos incêndios dos últimos dias, conforme fez no caso dos
incêndios ocorridos no Algarve em Julho.
Em declarações aos jornalistas, na Autoridade Nacional da Protecção
Civil, em Lisboa, Pedro Passos Coelho ressalvou que "não é possível,
como é evidente", compensar todas as perdas materiais causadas pelos
incêndios, mas afirmou que o Governo vai "trabalhar com as autoridades
locais no sentido de se fazer o apuramento de todos os prejuízos mais
importantes e, nessa medida, poder responder a uma ajuda de reparação
para aqueles que têm maiores dificuldades".

Sem falar em valores, o primeiro-ministro referiu que no caso dos
incêndios do Algarve "o Governo disponibilizou apoios para pessoas que
perderam bens e que foram afectadas nas suas actividades
profissionais", de forma "expedita", e acrescentou: "O mesmo faremos
agora com todas as situações que vierem a ocorrer".

Com o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, ao seu lado,
Pedro Passos Coelho anunciou também que, por proposta deste, o
Conselho de Ministros vai aprovar esta quinta-feira "um mecanismo que
permite que todos os funcionários que sejam bombeiros e que, portanto,
estão nesta altura muito envolvidos neste esforço de combate aos
incêndios, possam, do ponto de vista da Administração Interna, ter uma
facilidade de responderem mais facilmente a estas situações sem com
isso enfrentarem constrangimentos administrativos maiores".

Pedro Passos Coelho, que esteve reunido com a Autoridade Nacional de
Protecção Civil durante cerca de uma hora, louvou a forma como esta
tem coordenado o combate aos incêndios e elogiou a actuação dos
bombeiros, considerando que estes "têm feito o seu melhor" e evitado
"tragédias maiores".

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=576675

Ministra 'totalmente disponível' para ir ao parlamento falar sobre incêndios

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5 de Setembro, 2012

A ministra da Agricultura disse hoje, no Cartaxo, estar totalmente
disponível para ir ao Parlamento responder às questões dos deputados
sobre os incêndios, estando a tentar encontrar disponibilidade de
agenda.
A ministra da Agricultura foi chamada, juntamente com o ministro da
Administração Interna, Miguel Macedo, pela oposição parlamentar, para
ir à Assembleia da República explicar o que aconteceu nos incêndios de
Julho no Algarve.

«Com certeza que é preciso trabalhar em muitas áreas para poder ajudar
a prevenir o mais possível e sobretudo reagir o mais possível», disse,
referindo a necessidade de intervir em áreas como a gestão da
floresta, o cadastro, o conhecimento da propriedade, a existência de
políticas activas de mobilização dessa propriedade, e de uma «grande
articulação das forças no terreno», matérias que abordará no
parlamento.

Por outro lado, Assunção Cristas sublinhou que o grupo
interdisciplinar está a trabalhar sobre o problema da seca e das
alterações climáticas, de forma a encontrar «vários domínios de
respostas prontas, de forma a prevenir as dificuldades que fazem parte
do clima».

Assunção Cristas visitou hoje a Agroglobal, Feira do Milho e das
Grandes Culturas, que decorre até quinta-feira em Valada, onde
participou numa mesa redonda sobre 'o que tem a agricultura para dar
aos portugueses', que contou ainda com as participações de António
Borges e de João Ferreira do Amaral.

A ministra adiantou que a área ardida antes dos grandes incêndios
desta semana estava em cerca de 70.000 hectares, faltando contabilizar
as áreas agora afectadas.

A ministra recusou ver no requerimento da sua ida ao Parlamento
qualquer «ataque da esquerda» à sua pasta, declarando-se disponível
para «dar todas as explicações».

Assunção Cristas recusou ainda comentar referências a uma possível
remodelação governamental que incluiria o seu nome, afirmando apenas
que o seu ministério passou a coordenar um conjunto de áreas que têm a
ver muito umas com as outras.

«Nada disso me perturba. Sinto-me muito confortável a fazer o que me
foi pedido», disse, considerando que a «extensão» do seu ministério é
uma «oportunidade para resolver matérias que nunca foram resolvidas».

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=58449

Abriu a época das vindimas...

Roteiro Sul

...e com elas a oportunidade de experimentar esta atividade, ao vivo e
a cores. A festa vive-se dentro e fora das vinhas e adegas!
Sandra Pinto (texto)
0:00 Quinta, 6 de Setembro de 2012
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Filipe Paiva
AZAMBUJA
O dia já está marcado, 15 de setembro é a data escolhida para se fazer
vindimas, em Aveiras de Cima, no concelho da Azambuja. Das 17 adegas
que integram o projeto Vila Museu do Vinho, cinco vão estar
disponíveis para receber os "enólogos" improvisados. Faça a sua
inscrição prévia, experimente a pisa da uva no lagar e junte-se à
visita guiada à adega em plena laboração. O programa, que se estende
das 9 às 16 horas, inclui ainda um almoço típico (também ele
confecionado com a sua ajuda) e uma prova de vinho conduzida por um
enólogo. Inscrições T. 263 400 476, 96 929 1774, 96 929 179. €25/pax,
inclui o chapéu, tesoura de vindima, almoço, prova de vinho e 1
garrafa de vinho.


BEJA
O hotel Vila Galé Clube de Campo, em Santa Vitória, organiza, até 15
de setembro, o programa Mais Vindimas. Este inclui participação nas
vindimas (da apanha à pisa a pé no lagar), visita à adega Casa de
Santa Vitória e zona de vinificação, almoço no hotel e visita à cave
com prova de vinhos. €45/pax. Reservas 707 214 214, e-mail: campo.
reservas@vilagale.pt.


RIBATEJO
Nos dias 8 e 9 de setembro, 19 produtores de vinho da região do
Ribatejo, abrem as portas das suas adegas e mostram as suas vinhas a
todos os visitantes que queiram arregaçar mangas e juntar-se às
vindimas. Mais informações em www.cvrtejo.pt.


http://visao.sapo.pt/abriu-a-epoca-das-vindimas=f684256

Mudança de clima obriga produtor de vinho a mudar-se para o litoral


2012 15:22
As mudanças do clima empurraram um produtor de vinhos do Alentejo para perto do mar, neste caso para a zona de Milfontes, onde irá plantar 40 hectares de vinha.





http://sicnoticias.sapo.pt/vida/2012/09/05/mudanca-de-clima-obriga-produtor-de-vinho-a-mudar-se-para-o-litoral

Nova embalagem da Tetra Pak oferece maior funcionalidade ao consumidor e mais espaço para a comunicação das marcas

A Tetra Pak, líder em soluções de tratamento e embalagem para
alimentos, divulga hoje a sua mais recente inovação em embalagens de
cartão, a Tetra Brik® Aseptic 1000 Mid LightCap 24.

A nova embalagem, que vem reforçar o sucesso da embalagem Tetra Brik
Aseptic 1000 Base, oferece o sistema de abertura com rosca mais
económico da Tetra Pak, garante aos consumidores uma funcionalidade
acrescida e oferece aos produtores mais espaço para a comunicação das
suas marcas.

Resposta às necessidades dos consumidores

A Tetra Brik Aseptic 1000 Mid LightCap 24 apresenta várias
características que garantem a segurança e frescura dos produtos e
que, ao mesmo tempo, aumentam a funcionalidade da embalagem.

A nova embalagem é adequada para o enchimento de diferentes produtos,
como leites UHT, sumos 100% e néctares, bebidas de fruta sem gás ou
vinho; a protecção barreira das embalagens assépticas garante a
frescura dos alimentos durante vários meses sem necessidade de
distribuição ou armazenagem refrigeradas. Adicionalmente, o sistema de
abertura com membrana de protecção aumenta a segurança para o
consumidor.

O sistema de rosca LightCap 24 combina uma abertura pré-laminada com a
tecnologia de Moldagem por Injecção Directa (DIMC), oferecendo ao
consumidor uma abertura de maior diâmetro que melhora o desempenho da
embalagem ao mesmo tempo que é utilizada uma menor quantidade de
matérias-primas - alia-se funcionalidade para o consumidor com
eficiência de custos para os produtores.

Eficiência e flexibilidade para os produtores

A nova embalagem de cartão da Tetra Pak permite também melhorar a
eficiência ao nível da distribuição que anteriormente era
proporcionada pela Tetra Brik Aseptic 1000 Base com abertura por
perfuração, possibilitando seis camadas por palete. Isto permite aos
produtores distribuir o mesmo volume por palete com maior
funcionalidade para o consumidor devido ao novo sistema de abertura.

"Estamos muito satisfeitos com o melhor aproveitamento das paletes
conseguido pela Tetra Brik Aseptic 1000 Mid LightCap 24, que permite
uma distribuição mais eficiente na medida em que a embalagem ocupa
menos espaço no transporte. Isto permite-nos paletizar em seis
camadas, mais uma que as cinco possíveis com a anterior embalagem.
Agora somos capazes de fazer uma armazenagem na vertical mais
eficiente ao mesmo tempo que reduzimos o desperdício resultante de um
menor número de perdas", refere Fernando Koch, responsável da unidade
fabril da SOPROLE, um produtor de lacticínios do Grupo Fonterra.

"Além disso, a máquina de enchimento Tetra Pak A3/Flex funciona sem
problemas. Estamos muito satisfeitos com o desempenho do equipamento",
acrescenta o mesmo responsável.

A embalagem Tetra Brik Aseptic 1000 Mid LightCap 24 é formada e cheia
na máquina de enchimento Tetra Pak A/3Flex 0400V. Isto permite aos
clientes aumentar o número de embalagens produzidas por hora, passando
de 6,000 unidades Tetra Brik Aseptic 1000 Base com abertura perfurada
(máquina de enchimento TBA/8) para 8.000 embalagens/hora.



"Num mercado cada vez mais competitivo, os nossos clientes valorizam a
possibilidade e a flexibilidade de poderem responder às exigências dos
seus consumidores em diferentes mercados, mantendo uma elevada
eficiência a baixos custos", afirma Seda Solmaz, gestora de produto da
Tetra Brik Aseptic Baseline e Midline

A Tetra Brik Aseptic Mid LightCap 24 estará disponível a nível global
em Março de 2013.

Fonte: gci

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2012/09/06d.htm