sábado, 12 de janeiro de 2013

FAO: Índice de preços de alimentos caiu 7 por cento em 2012

Terceiro mês consecutivo de queda em Dezembro




Pelo terceiro mês consecutivo, o índice FAO dos preços dos alimentos
caiu 1,1 por cento em Dezembro de 2012.

Esta queda do índice, que se fixou em média nos 209 pontos, é
principalmente devida à queda dos preços internacionais dos principais
cereais e dos óleos e gorduras. O menor índice já registado em 2012
foi o do mês de Junho, com 200 pontos.

Para 2012 como um todo, o índice atingiu em média 212 pontos, ou seja
7 por cento menos do que em 2011. As maiores quedas de um ano para o
outro foram as do açúcar (17,1 por cento), produtos lácteos (14,5 por
cento) e óleo (10,7 por cento).

O declínio nos preços foi muito menor para os cereais (2,4 por cento)
e a carne (1,1 por cento).

"Estes resultados mostram uma reversão da situação existente em Julho
passado, quando os preços subiram acentuadamente e fizeram temer uma
nova crise alimentar", disse Jomo Sundaram, Diretor-Geral Adjunto da
FAO e responsável pelo Departamento de Desenvolvimento Económico e
Social. "Mas, graças à coordenação internacional, nomeadamente através
do sistema de informação sobre mercados agrícolas (AMIS na sigla
inglesa) e à fraca procura numa economia global estagnada, o aumento
dos preços foi de curta duração e os mercados acalmaram de modo que em
2012 o preço caiu abaixo dos níveis do ano anterior ", disse Sundaram.

Preços dos cereais em baixa

Em Dezembro de 2012, o índice FAO dos preços dos cereais atingiu uma
média de 250 pontos, uma queda de 2,3 por cento ou seis pontos em
relação a Novembro do mesmo ano. Para 2012 como um todo, o índice tem
uma média de 241 pontos, ou 2,4 por cento menos do que em 2011. Após
um aumento entre Julho e Setembro de 2012, devido à incerteza da
produção e da escassez da oferta, os preços de exportação caíram por
causa da menor procura de cereais para rações e utilizações
industriais.

Também em Dezembro de 2012, os preços do milho caíram acentuadamente
por causa das grandes disponibilidades de exportação da América do Sul
que têm relaxados os mercados. Os preços do arroz também caíram devido
às perspectivas de boa colheita, mas os preços do trigo foram pouco
alterados, porque o comércio desta mercadoria foi modesta.

Óleos e gorduras vegetais continuam a descer

O índice de preços de óleos vegetais e gorduras atingiu em média 197
pontos em Dezembro de 2012, um decréscimo de 1,9 por cento, ou 4
pontos percentuais em relação a Novembro do mesmo ano. Este é o quarto
mês consecutivo de queda e o nível mais baixo desde Setembro de 2010.
Principal motivo: a acumulação contínua de grandes existências de óleo
de palma em todo o mundo. Para 2012, este índice chegou em média aos
225 pontos, contra 252 em 2011.

O índice dos preços da carne atingiu em média 176 pontos em Dezembro
de 2012, uma ligeira diminuição em relação a Novembro do mesmo ano. Os
preços de todos os tipos de carnes permaneceram perto de seu nível de
Novembro, com a excepção da carne de porco, que caiu 2 por cento ou 3
pontos. Para o ano de 2012, o índice fixou-se em média em 175 pontos,
dois pontos a menos que em 2011.

O índice de preços dos produtos lácteos registou em média 197 pontos
em Dezembro de 2012, 0,9 por cento ou dois pontos mais que em Novembro
do mesmo ano. Durante o último trimestre do ano findo, os preços dos
produtos lácteos estabilizaram após o aumento que tinha sucedido aos
níveis deprimidos de meados de 2012. O valor médio do índice chegou a
189 pontos em 2012, bem abaixo dos 221 pontos para 2011. No geral, o
mercado dos lacticínios permanece equilibrado, mas é cada vez mais
sensível às variações da oferta relacionada quer com as condições das
pastagens e disponibilidade, quer quanto à acessibilidade da forragem.

Por fim, o índice dos preços do açúcar chegou em média aos 274 pontos
em Dezembro de 2012, um pouco abaixo de Novembro, mas este é o menor
nível desde Agosto de 2010. Para 2012 como um todo, o índice atingiu
em média 306 pontos, uma queda de 17,1 por cento em relação ao ano
anterior. Expectativas de um terceiro aumento consecutivo na produção
global e as disponibilidades de exportação boas da campanha de
2012/13, incluindo o Brasil, deprimiram os preços internacionais de
açúcar para a maior parte do segundo semestre de 2012.

Fonte: FAO

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/01/10h.htm

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