quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Mau tempo dá 23 milhões de «prejuízo» às seguradoras

ONTEM às 18:25 actualizada às 21:44


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O temporal de janeiro provocou 12.500 sinistros, com custos superiores
a 23 milhões de euros, segundo a Associação Portuguesa de Seguradoras
(APS), com base nas situações ocorridas nos dias 18 e 19 e
participados até 25.



Em conferência de imprensa, o diretor adjunto da APS, Miguel
Guimarães, notou que o número de sinistros e os custos podem aumentar,
por se esperarem mais participações e o resultado das avaliações a
decorrer.
O valor de 23,3 milhões de euros revelados inclui as "indemnizações já
pagas e provisões constituídas pelas seguradoras", disse. O presidente
da APS, Pedro Seixas Vale, estimou que os custos totais possam andar
entre "25 a 27 milhões de euros".
O maior número de seguros respeita ao ramo "incêndio e outros danos,
ao abrigo dos quais foram participados perto de 12 mil sinistros, com
custos globais de mais de 22 milhões de euros", segundo a informação
divulgada pela APL.
A nível de seguros multirrisco de habitação houve registo de mais de
9.700 sinistros, com custos na ordem dos 13 milhões de euros.
Quanto a seguros a nível de comércio e indústria "foram abertos mais
de dois mil sinistros, com custos da ordem dos nove milhões de euros".
"A região Centro é onde se concentra a maior fatia" com a
sinistralidade, com uma fatura acima dos 14 milhões de euros.
Na região Norte, os custos ascendem a 4,5 milhões de euros e em Lisboa
rondam os 03 milhões de euros.
O presidente da APS garantiu que as seguradoras não têm dificuldade em
pagar os sinistros, uma vez que "mutualizam riscos".
"Devolvemos à sociedade o que recebemos das pessoas", afirmou Pedro
Seixas Vale, lembrando que anualmente a globalidade dos sinistros
pagos ascende a oito mil milhões de euros.
Aos jornalistas, o responsável precisou que os danos a nível das
explorações agrícolas localizaram-se sobretudo nas estruturas e estão
incluídos nos multirriscos, uma vez que nesta altura do ano ainda não
há colheitas.
"O seguro das estruturas agrícolas (estufas) é barato. Para uma
estrutura de 200 mil euros, o seguro é de 200 a 240 euros", referiu.
Os maiores custos na região do Centro, segundo a APS justificam-se por
maiores danos e por mais pessoas seguradas.
O presidente da associação acrescentou ainda que "80 a 90%" dos
sinistros decorrentes do temporal é paga em cerca de 30 dias.
Dinheiro Digital com Lusa

http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=194081

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