quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

PAC: »Além das medidas ambientais é necessário ter em conta os aspectos económicos»

30-01-2013




«Na reforma da Política Agrícola Comum (PAC) temos de assegurar os
recursos naturais, mas também ter em conta os aspectos económicos e
sociais», disse o presidente da comissão parlamentar da agricultura,
Paolo De Castro.

Os eurodeputados votaram na posição do Parlamento Europeu (PE)
relativa às propostas de reforma da PAC da Comissão, antes da cimeira
europeia de sete e oito de Fevereiro sobre o orçamento de longo prazo
da União Europeia (UE).

O responsável, questionado sobre de que forma a reforma da PAC
contribuirá, a longo prazo, para que a agricultura europeia consiga
lidar com o aumento da procura, os elevados preços da energia e um
mercado volátil, afirmou que «o mercado está estável devido ao aumento
da procura de alimentos. Isto significa que hoje é necessário garantir
a segurança alimentar muito mais do que no passado».

A grande questão é saber como aumentar a produção sem aumentar os
níveis de poluição, como produzir mais reduzindo o consumo de recursos
naturais. E isto significa inovar, apostar em tecnologia e
investigação. As alterações às propostas da Comissão Europeia são a
favor do ambiente, mas é necessário evitar a burocracia e apostar em
custos de produção mais baixos.

O agricultor pode beneficiar destas medidas ecológicas, tendo em conta
que a UE terá uma PAC mais legitimada pela opinião pública. «Temos de
assegurar os recursos naturais, mas também ter em conta os aspectos
económicos e sociais. É por isso que introduzimos instrumentos para
lidar com o risco e para reforçar as organizações de produtores»,
assinalou Paolo De Castro.

Em relação à tentativa de se chegar a um acordo a longo prazo em
Feveriero sobre o orçamento da PAC, o qual absorve cerca de 40 por
cento do orçamento da UE, o presidente adianta que o Conselho tem que
analisar qual o sector mais eficiente, com um maior aumento de
exportações e que aposta em criação de emprego. Apenas o sector
agrícola e alimentar. Isto significa que temos de manter este sector
porque é uma oportunidade para criar oportunidades de trabalho e
desenvolvimento na UE.

O responsável concluiu que espera «que não se verifiquem muitos cortes
nos fundos relativos a este sector. Se isso acontecer, os compromissos
alcançados na comissão parlamentar podem ser destruídos no plenário».

Fonte: Parlamento Europeu

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia45674.aspx

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