quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Última década foi a mais quente desde 1880

CLIMA

por Lusa, publicado por Elisabete SilvaHoje4 comentários


Fotografia © Rui Oliveira/Global Imagens
A última década foi a mais quente que o planeta conheceu desde que se
começaram a fazer registos de temperaturas em 1880, indicaram na
terça-feira climatólogos dos EUA, noticia a agência AFP.

Com exceção de 1998, os nove anos mais quentes foram registados depois
de 2000, com 2010 a ser o que teve a temperatura mais elevada, seguido
de perto por 2005.
A temperatura média mundial subiu cerca de 0,8 graus centígrados desde 1880.
Um climatólogo da agência espacial norte-americana (NASA, na sigla em
Inglês), Gavin Schmidt, destacou que "a temperatura de um ano não é em
si significativa, mas o que conta é o facto de a última década ter
sido mais quente que a precedente e estar mais quente que a anterior".
A conclusão desta tendência é a de que "o planeta está a aquecer,
devido a que as pessoas emitem cada vez mais dióxido de carbono para a
atmosfera".
O ano 2012 foi o nono mais quente, com uma média de 14,6 graus
Celsius, mais 0,6 graus que o verificado no meio do século XX, segundo
os números mais recentes do Instituto Goddard para os Estudos
Espaciais (GISS, na sigla em Inglês), da NASA.
A agência dos EUA para os Oceanos e a Atmosfera (NOAA, na sigla em
Inglês) anunciou na última semana que o ano 2012 tinha sido o mais
quente alguma vez registado nos EUA, exceção feita ao Havai e ao
Alasca.
O diretor do GISS, James Hansen, destacou, por seu turno, que "as
temperaturas elevadas nos EUA durante o verão de 2012 são um sinal de
uma nova tendência de estações de vagas de calor extremas, mais
quentes que durante os verões mais quentes de meados do século XX".
Hansen rejeitou também a afirmação de alguns céticos das alterações
climáticas, que advogam a inexistência de aquecimento do planeta desde
há 16 anos.
"Eles apresentam como referência 1998, quando a intensidade do 'El
Nino' [uma corrente quente do Pacífico] foi a mais forte do século e
provocou a subida da temperatura do planeta", que posteriormente foram
mais baixas, mas, contrapõe, "é claro que as últimas décadas foram as
mais quentes", assegurando que esta tendência vai continuar.
"Constatamos que os oceanos estão a aquecer, o que significa que o
planeta conhece um desequilíbrio térmico, ao absorver mais energia do
que liberta", explicou Hansen, sintetizando: "Podemos prever que a
próxima década será mais quente que a anterior".
Um relatório de 240 peritos, divulgado na sexta-feira pelo Governo dos
EUA, prevê uma subida da temperatura média superior a cinco graus até
2100, se não forem reduzidas as emissões de dióxido de carbono depois
de 2050.

http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=2995645&page=-1

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