terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Um elogio à cortiça portuguesa no Wall Street Journal

Sábado, 29 de Dezembro de 2012



Num extenso artigo dedicado à versatilidade e ao vasto potencial da
cortiça, o Wall Street Journal (WSJ) cita diversos protagonistas
portugueses da indústria para demonstrar que a cortiça é um material
do presente e do futuro, ultrapassando largamente a sua aplicação nas
rolhas das garrafas.

Da arquitetura à escultura, passando pela gastronomia, pelo design de
equipamentos e pela indústria aeronáutica e espacial, o jornalista
John Krich garante que a cortiça "é imparável". Citando Guta Moura
Guedes, diretora da Bienal da ExperimentaDesign de Lisboa, o artigo
refere que a cortiça é "tao flexível e amiga do ambiente" que tem tudo
para se tornar a "ferramenta do século XXI".

Vasco Magalhães, da empresa portuense Arquitectos Anónimos que aposta
na cortiça para revestir os edifícios que desenha, conta ao jornalista
que há alguns anos atrás tinham que "subir montanhas para convencer os
clientes" a usar cortiça já que este não era considerado um material
de excelência. "Agora, a cortiça é como a febre de sábado à noite",
acrescenta o arquiteto.

John Krich salienta que a maior parte do material vem de Portugal,
país responsável por metade da produção mundial de cortiça e que
exporta dois terços para o resto do mundo, sendo que neste momento a
cortiça representa 11 por cento das exportações nacionais.

Inovação e sustentabilidade

O artigo destaca também a aposta que tem sido feita na inovação deste
material, dando o exemplo da Corticeira Amorim que desafia designers
de elite a dar novos usos à cortiça. Foi o caso, por exemplo, do
pavilhão da Serpentine Gallery, em Londres, que usou a cortiça
portuguesa como elemento estruturante deste conceituado programa
mundial de arquitetura, uma escolha do gabinete de arquitetura Herzog
& de Meuron e do artista plástico chinês Ai Weiwei.

Outro exemplo referido é a edição deste ano do concurso internacional
de design promovido pelo museu alemão Vitra Design e pelo centro de
design francês Domaine de Boisbuchet onde o desafio foi criar novas
peças a partir de cortiça.

"Fiquei espantado pela variedade de usos que se podem dar à cortiça",
refere o diretor do programa Alexander von Vegesack, citado pelo WSJ,
acrescentando que este material "não produz desperdícios pelo que
encaixa nas exigências atuais de produtos ecológicos."

O jornalista avança como exemplos de outras aplicações de cortiça:
trelas para cães (como aquela que foi oferecida a Barack Obama na
conferencia da NATO em Lisboa), malas idênticas à que Hillary Clinton
levou para casa na mesma visita, chapéus-de-chuva, bolas de futebol,
cadeirões, material de cozinha, objetos de decoração e até berços para
bebés.

"Apenas o começo"
Mas John Krich avisa que este é "apenas o começo" uma vez que a
cortiça está a ser testada noutras áreas. Por exemplo pela Embraer, na
indústria aeronáutica, para melhorar a eficiência e a segurança de
aviões, enquanto a Mercedes-Benz criou uma "luxuosa carroceria" com
acabamentos em cortiça.

O artigo refere ainda o exemplo da NASA que aplica cortiça nas
cápsulas espaciais para melhor a sua capacidade de isolamento térmico,
salientado que as possíveis aplicações do material, no futuro, são
infindáveis.

O jornalista John Krich sublinha que a cortiça portuguesa "venceu a
batalha" contra as tampas e as embalagens de plástico que dominaram a
indústria dos vinhos e a indústria alimentar nos anos 90. A aposta das
campanhas nacionais na sustentabilidade e na qualidade do produto,
convenceram os mercados alterando a perceção mundial e tornando a
cortiça "o material do futuro".

Clique AQUI para ler o artigo do WSJ.:
http://online.wsj.com/article/SB10001424052970204712904578094940657825254.html?mod=googlenews_wsj

[Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes]

http://boasnoticias.clix.pt/noticias_Um-elogio-%C3%A0-corti%C3%A7a-portuguesa-no-Wall-Street-Journal_14010.html

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