sábado, 2 de fevereiro de 2013

Bruxelas propôs aos 27 proibição de pesticidas devido a impacto nas abelhas

31.01.2013 22:18
VIDA

Bruxelas anunciou hoje que propôs aos estados-membros da União
Europeia que determinados pesticidas venham a ser proibidos na
Europa, a partir de julho e durante dois anos, devido ao grave impacto
que têm nas abelhas.
Cabe agora aos 27 estados-membros decidir se aprovam ou não esta
iniciativa, lançada pela Comissão Europeia depois de um relatório da
Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês)
ter relevado que pesticidas frequentemente utilizados, conhecidos
como 'neonicotinóides', têm efeitos graves sobre as populações de
abelhas.

"Propusemos suspender, por dois anos, a utilização de três
"neonicotinóides" contidos em três pesticidas que são utilizados nas
culturas de milho, canola, girassol e algodão", precisou Frederic
Vincent, porta-voz do comissário europeu da Saúde e Defesa do
Consumidor, Tonio Borg.

A possível proibição dos três neonicotinóides em causa - Clotianidina,
Tiametoxam e Imidaclopride -- foi um assunto que hoje foi discutido
por vários especialistas europeus na reunião do comité permanente da
UE responsável por estes assuntos.

Os peritos vão agora apresentar as conclusões aos respetivos governos
e "se as condições forem cumpridas" Bruxelas irá apresentar uma
"proposta de regulamentação" para que a proibição destes pesticidas
possa ser adotada, explicou Frederic Vincent, citado pela agência
francesa AFP.

A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar lembra que estudos
científicos realizados nos últimos anos permitiram concluir que os
pesticidas "sistémicos" ou "neonicotinóides" têm um impacto letal
sobre as abelhas, desorientando-as ao ponto de estas não conseguirem
regressar às colmeias.

Alguns estados-membros já tomaram medidas para suspender, total ou
parcialmente, a utilização destes pesticidas, entre os quais a
França, a Itália, a Alemanha, a Holanda e a Eslovénia.

O relatório da EFSA "confirma que os neonicotinóides são o gás
mostarda do mundo dos insetos e devem ser proibidos, antes que seja
tarde demais. Um terço da nossa alimentação não poderia ser produzida
se as abelhas e outros polinizadores desaparecessem", alertou o
diretor da Greenpeace para a política agricultura da UE, Marco
Contiero, citado pelo Agroportal.

O responsável da organização ambientalista vincou que "alerta está
dado" e considerou que todos os países da União Europeia não podem
adiar mais uma tomada de posição e devem seguir os exemplos dos
parceiros europeus que já baniram os neonicotinóides.

Lusa

http://sicnoticias.sapo.pt/vida/2013/01/31/bruxelas-propos-aos-27-proibicao-de-pesticidas-devido-a-impacto-nas-abelhas

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