quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Maria Antónia Figueiredo reinvidica em Bruxelas uma PAC forte

06-02-2013



Os agricultores e as cooperativas agro-alimentares de toda a Europa
reuniram-se, esta quarta-feira, em Bruxelas, para aprovar uma
importante declaração na qual solicitam uma sólida política agrícola
comum (PAC), sustentada por um orçamento consistente da União Europeia
para o período de 2014/2020.

Segundo os mesmos, reduzir ainda mais a despesa agrícola representa
uma ameaça para a segurança alimentar, o crescimento e o emprego nas
zonas rurais da União Europeia (UE), uma declaração publicada antes do
que os chefes de Estado e de Governo da UE tomem qualquer decisão
sobre o futuro do orçamento comunitário, durante a cimeira que terá
lugar em Bruxelas, nos próximos dias sete e oito de Fevereiro, sendo
de vital importância colocar um fim nas incertezas que afectam os
agricultores na actualidade.

No decorrer da assinatura da declaração, acto ao qual assistiram mais
de 400 agricultores e representantes de cooperativas agrícolas de toda
a Europa, a vice-presidente da COGECA, Maria Antónia Figueiredo,
assinalou que «a subida do custo das matérias-primas, que apenas cobre
os preços de mercado, está a ter graves repercussões nas explorações
agrícolas e nas cooperativas agro-alimentares. A volatilidade do
mercado é também um dos principais desafios dos agricultores, assim
como práticas comerciais injustas, desequilibradas e abusivas ao longo
de toda a cadeia alimentar».


Antónia Figueiredo considera que para enfrentar este problema são
necessárias soluções diferentes, rentáveis e feitas à medida e essas
são, precisamente, as que nos proporcionam a PAC, tanto com o primeiro
pilar como com o segundo. «Necessitamos que a agricultura seja ainda
mais eficiente, rentável e moderna. Mais apoios ao investimento para
que os agricultores consigam uma maior eficiência que, por sua vez,
ajude o ambientem e a reduzir os custos. È preciso um bom acordo sobre
o orçamento para garantir uma PAC forte, terminar com as incertezas
que atingem os agricultores e, para isso, é necessário estabelecer um
acordo rapidamente», disse a responsável.

O presidente do Copa, Gerd Sonnleitner, insistiu que «a PAC actual
custa menos de um por cento da despesa pública total da UE e
proporciona importantes vantagens aos 500 milhões de cidadãos da UE.
Em particular, garante aos consumidores uma grande variedade e
fornecimento de produtos alimentares de qualidade e seguros a preços
suportáveis, para além de ser um fonte de emprego para 26 milhões de
pessoas que trabalham nas explorações e 10 milhões nas indústrias
conexas, sobretudo nas zonas rurais, para além de zelar pelo factor
atractivo do campo, já que tanto os agricultores como os silvicultores
representam três quartas partes do território da UE».

O Gerd Sonnleitner prossegue, sublinhando que os agricultores do mundo
inteiro têm importantes desafios pela frente. As alterações climáticas
provocam fenómenos naturais cada vez mais violentos, secas mais longas
e mudanças nos períodos vegetativos. Os agricultores e as cooperativas
agro-alimentares estão na primeira linha para ultrapassar estes riscos
cada vez maiores. Sem a PAC, os mais afectados seriam também os
consumidores. Por outro lado, a segurança alimentar já não pode ser
ignorada».

O responsável prossegue, declarando que «um sector estratégico como é
a agricultura, exige uma política estratégica, afirmando que este «não
é o momento para debilitar a PAC. Mais do que nunca, é urgente uma PAC
forte e com um orçamento consistente e, por esta razão, não se deve
avançar com cortes». Os agricultores de toda a Europa uniram-se para
pedir um bom orçamento para a PAC, As acções sucedem-se por toda a
Europa, terminou o presidente do Copa.

Em resumo, Sonnleitner e Antónia Figueiredo instam os chefes de Estado
e de Governo, os eurodeputados e a Comissão Europeia a manter o actual
orçamento da PAC para o período de 2014/2020, porque sem uma PAC
sólida aumenta o desemprego nas zonas rurais comunitárias e agrava a
crise económica. Os responsáveis insistiram ainda que é necessário
«enviar um claro sinal às instituições da UE para que assentem as
bases de uma política agrícola sustentável que ofereça um futuro de
esperança à família agricola».

Fonte: Copa-Cogeca

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia45734.aspx

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