sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Sucessor do Proder "está a ser preparado com muita antecedência"


Lusa
22 Fev, 2013, 11:45

O sistema de financiamento que vai suceder ao Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) "está a ser preparado com muita antecedência", disse hoje o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Francisco Gomes da Silva.
O governante falava na sessão de abertura do 2.º Seminário Ibérico "Intervenções Raianas no Combate à Desertificação", que hoje decorre no Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), para preparar o próximo quadro comunitário de apoio, de 2014 a 2020.

Segundo referiu, o sucessor do Proder "está a ser preparado com muita antecedência", num trabalho setorial "com todos os níveis do Ministério [da Agricultura]", como é o caso de todos os envolvidos na temática da desertificação.

"Está a ser dada uma ênfase muito grande às questões do desenvolvimento rural, propriamente dito, para além do investimento puro e duro mais ligado às atividades tradicionais da agricultura e floresta", descreveu o governante.

Francisco Gomes da Silva espera que este "trabalho de antecipação" de Portugal permita avançar rapidamente para a aplicação do novo programa, "quando da parte da Comissão tudo estiver aprovado", evitando "hiatos que normalmente ocorrem entre períodos de programação" financeira.

Por outro lado, os regulamentos estão a ser preparados "em cada Estado membro" com uma lógica "multifundos", para articular os diferentes financiamentos estruturais com o Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER).

O objetivo é "conseguir levar para o terreno ações que têm dimensões ligadas ao mundo rural mais estrito, mas que também devem beneficiar de apoios que estão normalmente dentro de outros fundos".

Na presença de técnicos espanhóis, o governante sublinhou o compromisso de cooperação entre Portugal e Espanha no combate à desertificação, sobretudo nas zonas raianas.

O secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural respondia assim aos receios demonstrados pelo presidente da Câmara de Castelo Branco, Joaquim Morão.

"Se não reorientarmos a política dos quadros comunitários de apoio, os nossos netos só terão aqui uma zona desertificada", alertou, referindo que, sem o apoio do poder central, os autarcas não têm condições "para dar solução a este problema".

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=630131&tm=6&layout=121&visual=49

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