sábado, 30 de março de 2013

Governo reconhece “Azeite do Alentejo” como Indicação Geográfica

LUSA

29/03/2013 - 16:18

Fica a faltar o reconhecimento da Indicação Geográfica Protegida pela
Comissão Europeia.


O Governo reconheceu o "Azeite do Alentejo" como Indicação Geográfica
(IG), o que vai permitir valorizar e promover a "superior qualidade"
dos azeites produzidos na região e comercializá-los no mercado
nacional com aquele certificado.

Através de despacho, o Governo "reconheceu finalmente o ´Azeite do
Alentejo` como IG", disse à Lusa Henrique Herculano, director técnico
do Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL), a
entidade gestora daquela IG. Trata-se de "uma grande aspiração do
sector olivícola e oleícola do Alentejo", frisou, referindo que a
decisão do Estado português surgiu quatro anos após o CEPAAL ter
pedido o reconhecimento e o registo da Indicação Geográfica Protegida
(IGP) "Azeite do Alentejo" ao Governo e à Comissão Europeia.

Segundo Henrique Herculano, ainda decorre o processo de reconhecimento
da IGP "Azeite do Alentejo" pela Comissão Europeia, mas o
reconhecimento da IG pelo Governo português e o pedido de protecção
transitória feito pelo CEPAAL permite já "a qualificação e a
comercialização de ´Azeite do Alentejo` no mercado nacional".

A IG certifica "a origem e a qualidade" dos azeites produzidos no
Alentejo, "garante a sustentabilidade" dos produtores alentejanos e é
"determinante para a valorização e o reconhecimento no mercado da
superior qualidade dos azeites oriundos" da região, explicou.

O CEPAAL criou e registou a marca "Azeite do Alentejo", cujo selo da
IG será usado em "exclusivo" por produtores do Alentejo e irá aparecer
nas embalagens dos azeites produzidos na região que cumpram as regras
constantes no Caderno de Especificações anexo ao pedido de
reconhecimento da IGP.

O centro, através de um organismo privado acreditado, ficará
responsável pelo controlo e pela certificação do cumprimento das
regras de produção de "Azeite do Alentejo" constantes do Caderno de
Especificações e posterior atribuição do selo com a IG aos produtores.

Para obter o selo "Azeite do Alentejo", o azeite tem que ser extraído
a partir de determinadas variedades de azeitona produzidas na região e
embalado no Alentejo, explicou Henrique Herculano.

Com o selo "Azeite do Alentejo", além de "o consumidor reconhecer
facilmente a qualidade do azeite", será possível "promover, de forma
mais efectiva, o azeite produzido na região".

A IG é um certificado atribuído a produtos cuja reputação ou
determinadas características e qualidades estão relacionadas ou podem
ser atribuídas ao meio geográfico da região onde são produzidos.

Segundo Henrique Herculano, a olivicultura é uma das principais
actividades agrícolas no Alentejo, que tem "a maior área geográfica do
país em olival (número de hectares e oliveiras), é o "maior produtor
nacional" e responsável por mais de metade da produção de azeite em
Portugal.

O CEPAAL vai realizar, na próxima quinta-feira, às 18h, na Sala
Ogival, no Terreiro do Paço, em Lisboa, uma sessão para apresentar os
primeiros lotes certificados como "Azeite do Alentejo", assinalando o
seu lançamento no mercado nacional.

http://www.publico.pt/economia/noticia/governo-reconhece-azeite-do-alentejo-como-indicacao-geografica-1589554

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