terça-feira, 19 de março de 2013

Número de porcos mortos encontrados em rio de Xangai excede os 13 mil

Lusa
18 Mar, 2013, 08:02

O número de porcos mortos encontrados num rio que atravessa Xangai
excede já os 13 mil, adensando o mistério sobre a origem dos suínos,
revela hoje a imprensa oficial chinesa.
Desde que o caso foi sinalizado, no início do mês, as autoridades
locais já retiraram 9.460 porcos mortos do Huangpu, rio responsável
pelo fornecimento de 22 % da água potável da cidade, indica o jornal
Shanghai Daily.

Xangai tem vindo a culpar os criadores de gado de Jiaxing, na vizinha
província de Zhejiang, pelo incidente, acusando-os de lançar ao rio os
suínos que morreram de doença a montante do rio, onde, segundo a
agência oficial Xinhua, foram recuperados das águas outros 3.601
animais.

O governo de Jiaxing afirmou que a zona não é a única fonte de
carcaças, acrescentando que encontrou apenas um criador que poderia
ser responsável pelo incidente em causa.

As autoridades de Xangai indicaram ter investigado quintas no distrito
de Songjiang, no sudoeste, onde foram detetados os primeiros
cadáveres, mas chegou à conclusão de que não tinham culpa, refere
ainda o diário Shanghai Daily.

O escândalo veio reacender os problemas da China no que toca à
segurança alimentar, acrescentando a carne mais consumida no país na
extensa lista de produtos alimentares atingidos por episódios
controversos.

Testes efetuados a amostras dos porcos mortos deram positivo para
circovírus porcino, uma doença comum nos suínos que não afeta os
humanos.

"O facto de alguns criadores terem fracos conhecimentos da lei, maus
hábitos e a falta de uma maior supervisão e capacidade de tratamento
leva a esta situação", apontou Yu Kangzhen, veterinário chefe do
ministério da Agricultura.

O mesmo responsável atribui a elevada taxa de mortalidade entre os
suínos ao registo de temperaturas mais baixas, mas descartou a
hipótese de se estar a lidar com um surto epidémico, de acordo com um
comunicado publicado, no fim de semana, no portal do Ministério.

A China enfrenta um dos seus maiores escândalos a nível da segurança
alimentar desde 2008, altura em que foi detetada melamina em produtos
lácteos, num caso que resultou na morte de pelo menos seis crianças,
deixando ainda cerca de 300 mil pessoas doentes.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=636436&tm=7&layout=121&visual=49

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