sexta-feira, 19 de abril de 2013

Ministro da Defesa quer aviões da Força Aérea a combater incêndios

LUSA

19/04/2013 - 08:32

Aguiar Branco diz que já discutiu essa possibilidade com o ministro da
Administração Interna.

Aguiar Branco elogiou o potencial do helicóptero C-295, comprado pelo
Governo em 2007 RAQUEL ESPERANÇA/ARQUIVO


O ministro da Defesa, Aguiar-Branco, disse na quinta-feira à noite que
há todo o interesse em empenhar aviões da Força Aérea no combate aos
incêndios, cenário já discutido com o ministro da Administração
Interna e com o chefe do ramo militar.

"É uma situação que já foi objecto de análise entre mim e o senhor
ministro da Administração Interna, onde também esteve o senhor general
CEMFA [Chefe do Estado-Maior da Força Aérea]. Temos todo o interesse
em poder aproveitar realmente este equipamento [avião C-295] para essa
valência", salientou José Pedro Aguiar-Branco, na Base Aérea n.º6 no
Montijo, após acompanhar uma missão nocturna de vigilância e
fiscalização a bordo da aeronave.

Durante um briefing que antecedeu o embarque, o CEMFA, general José
Pinheiro, afirmou que o C-295 e o P3-C têm capacidade e podem ser
empenhados em missões de "combate aos fogos" e na "ajuda na
coordenação" das operações.

O oficial acrescentou que os meios servem para operar "em benefício"
das pessoas e para "cumprir as missões da melhor maneira".

Após o voo de cerca de duas horas e meia a bordo do C-295, o ministro
da Defesa ficou impressionado com as "capacidades e o enorme
potencial" do avião, que, segundo o governante, "justificaram a sua
aquisição" em 2007.

"Demonstra que é uma mais-valia nas várias funções que pode
desempenhar. Quer em missões de vigilância, de monitorização e de
controlo, como a que tive a possibilidade de assistir, e que são muito
importantes para a Força Aérea, para as Forças Armadas e até para a
interoperabilidade conjunta que pode ter com outras forças de
segurança", frisou Aguiar-Branco.

Questionado pelos jornalistas sobre os cortes que terá de fazer este
ano no seu ministério, Aguiar Branco escusou-se a revelar o valor em
causa e remeteu essa informação para quando for conhecido o Orçamento
Rectificativo.

A bordo do helicóptero seguiram igualmente o director nacional da
Polícia Judiciária, Almeida Rodrigues, o presidente da Autoridade
Nacional de Protecção Civil (ANPC), general Manuel Couto, e o
comandante da Unidade de Controlo Costeiro da GNR, general José
Fonseca.

No início de 2007 o Governo português assinou a compra de 12 aeronaves
C-295 para substituir os aparelhos C-212 Aviocar, então sediados na
Base Aérea n.º 1, em Sintra. Sete destes aviões estão configurados
para transporte aéreo táctico e os restantes cinco para vigilância
marítima.

Em 2009 deu-se a transferência da esquadra para a Base Aérea n.º 6
(Montijo), onde em Fevereiro desse ano aterrou o primeiro C-295.

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/ministro-da-defesa-quer-helicopteros-da-forca-aerea-a-combater-incendios-1591823

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