terça-feira, 30 de abril de 2013

União Europeia afina estratégia para combater alterações climáticas

Humberto Rosa explica importância da estratégia

Ideia é estabelecer planos de acção ao nível dos 27 Estados-membros
para fazer face a estas alterações que afectam pessoas e bens. Fundos
comunitários vão ser usados para adaptação às alterações do clima.
30-04-2013 2:39

A União Europeia quer preparar-se ainda melhor para os fenómenos
climáticos extremos. Bruxelas assistiu esta segunda-feira a uma
apresentação formal da estratégia europeia de adaptação às alterações
climáticas. Portugal também tem um documento do género, que permite
colocar estas preocupações no planeamento nacional.

Humberto Rosa, antigo secretário de Estado do Ambiente e actual quadro
da Direcção-Geral da Acção Climática da Comissão Europeia explica que
"actualmente as emissões de gases com efeito estufa continuam a
aumentar e os impactos de fenómenos climáticos crescentes batem à
porta um pouco por todo o mundo, afectando vidas, pessoas e bens e,
como tal, também na União Europeia está na altura de tomar a acção".

A explicação para uma estratégia a nível europeu, sublinha,
justifica-se pelos facto de "haver várias das políticas europeias, de
competência comunitária, que são a afectadas pelas alterações
climáticas, basta pensarmos na agricultura, no ambiente ou na
energia". Por isso defende, os "vários destes impactos e suas
consequências são melhor abordados num contexto transfronteiriço".

Segundo antigo secretário de Estado do Ambiente, "no fundo, o que a
Comissão vem sistematizar e lançar é uma estratégia que define acções
concretas sobre o que se pode e deve fazer ao nível da União".

"Em primeiro lugar, queremos que todo o território da União Europeia
venha a estar coberto por estratégias nacionais de adaptação às
alterações climáticas", explicando que "dos 27 Estados-membros
actuais, há 15 que já têm essa estratégia, como é o caso de Portugal
que aprovou a sua em 2010" e os outros terão de a aprovar.

Humberto Rosa destaca como outro ponto importante nesta estratégia "o
uso de 20% dos fundos comunitários para adaptação às alterações
climáticas". "Tencionamos aprofundar também o potencial de uso dos
seguros como um estimulador de prevenção e de adaptação" às alterações
do clima.

O antigo secretário de Estado do Ambiente vê abertura do sector
segurador em incluir este tópico no seu negócio, dado que "tem vindo a
ser gasto mais nos seguros em indemnizações, porque há mais impactos
climáticos".

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=1&did=105748

Sem comentários:

Enviar um comentário