sábado, 25 de maio de 2013

Capoulas Santos exorta Durão Barroso a manter proposta de embalagens invioláveis de azeite na restauração

O deputado Capoulas Santos pediu hoje esclarecimentos a Durão Barroso
por considerar "absurdo" o facto de a Comissão Europeia ter abandonado
a sua proposta de tornar obrigatório o uso de embalagens invioláveis
de azeite na restauração. Numa carta enviada ao presidente da Comissão
Europeia, o eurodeputado socialista afirma que a decisão da Comissão
que recua face à sua intenção inicial representa uma "atitude
subserviente" e "inaceitável".

O executivo comunitário decidiu recentemente tornar obrigatório o uso
de embalagens invioláveis de azeite na restauração e afins. Tal
decisão em nome da protecção dos consumidores obriga os restaurantes
na UE a trocar os tradicionais galheteiros por embalagens seguras
permitindo evitar possíveis fraudes de rotulagem ou de adulteração do
produto com a adição de outros óleos vegetais.

"Incompreensivelmente, foi desencadeada uma campanha contra esta
medida, que incluiu o próprio Primeiro-ministro britânico, com o
argumento absurdo de que tal provocaria um acréscimo de lixo, como se
uma infinidade de outros produtos alimentares não fosse igualmente
comercializada em pequenas embalagens", afirma o deputado na carta
dirigida a Durão Barroso. "Porém, o que me deixou perplexo e indignado
foi a Comissão Europeia ter decidido de imediato retirar a proposta",
escreve Capoulas Santos.

Segundo o deputado português a decisão é "inaceitável" porque revela
uma "atitude subserviente" face a grupos de pressão cuja motivação e
objectivos visam claramente atingir a imagem de um produto saudável e
de qualidade que tem vindo a crescer na preferência dos consumidores
de forma sustentável à escala mundial. "Este recuo da Comissão é tão
absurdo quanto seria a declaração de obrigatoriedade da venda de
whisky a granel", afirma o parlamentar.

Capoulas Santos conclui a missiva solicitando a Durão Barroso que, ao
abrigo das disposições regimentais aplicáveis, "se digne" informá-lo
com urgência das razões objectivas que determinaram esta decisão, no
preciso mês em que foi tomada decisão contrária.

Fonte: Delegação Socialista Portuguesa no Parlamento Europeu

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/05/23j.htm

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