segunda-feira, 27 de maio de 2013

Marcha de 50 pessoas no Porto contra multinacional norte-americana Monsanto

Lusa25 Mai, 2013, 21:30

Cerca de meia centena de pessoas concentraram-se hoje, no Porto, numa
iniciativa contra a Monsanto, indústria multinacional de agricultura e
biotecnologia, dos Estados Unidos.

O protesto, que dá pelo nome de "Marcha Global contra a Monsanto -
March Against Monsanto", estava marcado para hoje em quatro centenas
de cidades espalhadas por todo o mundo. Em Portugal, estavam agendadas
iniciativas para as cidades da Horta e Ponta Delgada (Açores), Lisboa
e Porto.

No Porto, os responsáveis por esta iniciativa juntaram-se por volta
das 14 horas, na Praça do Marquês, mas a marcha até à baixa portuense
só teve início a meio da tarde.

À agência Lusa, um dos apoiantes desta iniciativa, Luís Ferreira,
explicou que "a preocupação essencial é com a saúde das pessoas",
apelidando o movimento que acompanhou esta marcha de "pacífico mas não
passivo".

"Hoje em dia, a saúde das pessoas é afetada por fatores para os quais
as pessoas estão completamente alheias. O poderio dos grandes grupos
financeiros traduz-se em áreas centrais da vida das pessoas. A
Monsanto é um desses casos. É uma empresa que produz sementes
geneticamente alteradas e herbicidas que prejudicam a saúde das
pessoas", acusou.

"Existem estudos independentes que provam que estes produtos afetam a
saúde das pessoas. Mas existem lobbies financeiros e exercícios de
advogados que conseguem impor-se no mercado", defendeu Luís Ferreira.

Outro dos temas que mobilizou este protesto prende-se com o debate que
tem estado sobre a mesa em sede de União Europeia sobre eventuais
restrições à reprodução, cultivo e troca livre de sementes.

Os simpatizantes do movimento mundial "Marcha Global contra a Monsanto
- March Against Monsanto" estão contra esta diretiva, considerando que
poderá comprometer a "subsistência dos pequenos agricultores" que,
segundo disseram hoje no Porto, "até para distribuir sementes a título
gratuito terão de efetuar um registo". "Isso é dar cabo da pequena
agricultura", concluíram.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=654222&tm=8&layout=121&visual=49

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