quarta-feira, 15 de maio de 2013

Restrições da UE reduzem produção mundial de vinho

14 de Maio de 2013, por Maria João de Almeida




A produção mundial de vinho caiu drasticamente no ano passado devido
ao mau tempo na Europa e à adopção de políticas para reduzir vinhas.
Já o Chile e os Estados Unidos tiveram colheitas excepcionais, segundo
um relatório divulgado nesta quinta-feira pela Organização
Internacional da Vinha e do Vinho (OIV).

A produção mundial caiu 6 por cento em 2012, ficando em 251 milhões de
hectolitros (M-hl), nível considerado muito baixo. A produção da União
Europeia recuou 10 por cento, ficando em 141 milhões de hectolitros,
sendo que na França a queda chegou a quase 17 por cento, após uma boa
colheita em 2011. «2012 foi muito difícil, principalmente por causa da
forte queda na produção, mas os fluxos comerciais em geral
mantiveram-se estáveis», disse em conferência de imprensa o
director-geral da OIV, Federico Castellucci, referindo-se às
exportações de vinho que se mantiveram estáveis em 101 milhões de
hectolitros após uma longa tendência de alta.

A UE adoptou no passado uma política destinada a evitar o superávit de
vinhos de outros anos, o que levou a uma redução de 269 mil hectares
nas suas vinhas entre 2008 e 2011, bem acima da meta, que era de 175
mil hectares, e isso contribuiu para uma recente alta nos preços,
segundo Castellucci. O aumento no consumo também contribuiu para
elevar os preços. «Isso significou aperto no mercado e precisamos ser
cuidadosos porque, uma vez que um mercado se perde, é difícil
reconquistá-lo», disse ele, citando os preços mais altos do vinho em
tonéis, que é usado na produção de vinagre e de bebidas como conhaque
e vermute.

O vinho francês no tonel ficou 7 por cento mais caro entre Agosto e
Fevereiro e, no caso do vinho branco, a alta foi de 30 por cento,
segundo dados das autoridades agrícolas francesas. As exportações
francesas subiram 6 por cento, chegando a 15 milhões de hectolitros,
mas Itália e Espanha, os dois maiores exportadores em volume, tiveram
queda de respectivamente 7 e 13 por cento nas suas exportações, que
ficaram em 21,5 e 19,1 milhões de hectolitros.

O Chile, maior produtor sul-americano, teve uma produção recorde em
2012, e suas exportações cresceram 13 por cento, chegando a 7,5
milhões de hectlolitros. As exportações sul-africanas subiram 17 por
cento, chegando a 4,2 milhões de hectolitros, sendo que as vendas para
a Grã-Bretanha cresceram 50 por cento.
O consumo mundial de vinho teve crescimento discreto no ano passado,
de 0,6 por cento, chegando a 245 milhões de hectolitros. A alta foi
puxada pela China e Estados Unidos.

http://www.mariajoaodealmeida.com/catalogo_noticias.php?ID=3726

Sem comentários:

Enviar um comentário