segunda-feira, 13 de maio de 2013

Teste para detectar se o azeite foi adulterado com outros óleos

Ensaios laboratoriais desenvolvidos pelo Departamento de Agricultura
dos EUA (USDA) vieram aumentar o leque de opções para as análises de
controle de qualidade do azeite, permitindo detectar se ao azeite
foram acrescentados outros óleos, como os de colza ou de girassol, sem
o facto estar referido no rótulo.

O teste, desenvolvido pelo investigador Talwinder Kahlon do Serviço de
Investigação Agrícola (ARS), permite detectar se foi adicionado ao
azeite outros óleos, como o de colza ou o de girassol, sem esse tacto
estar indicado no rótulo. O teste utiliza a tecnologia da reacção em
cadeia da polimerasa (PCR na sigla em inglês) para comparar o ADN da
azeitona com o ADN da colza e do girassol.

O teste desenvolvido por Kahlon concentra-se em regiões-chave de dois
genes, matK e psbA-trnH, que ocorrem amplamente em toda a natureza,
inclusive no azeite, na colza e no girassol. A sequência de ADN de
regiões específicas destes dois genes, proporciona uma base de
comparação fiável, e pode ser utilizada para detectar a presença de
outros óleos no azeite numa concentração de 5 por cento ou superior.

Embora a utilização da tecnologia PCR para detectar DNA de plantas
específicas em azeite não seja nova, a abordagem dos investigadores
oferece várias melhorias. Por exemplo, os códigos de barras
desenvolvidos pelos cientistas para representar a azeitona, a colza e
o girassol e para servir como base para comparar o "DNA" dessas
plantas não se baseiam apenas numa única planta, mas numa combinação
amplamente representativa de plantas, conhecido como "ADN de
consenso".

O azeite é constituído por triglicéridos, que são as moléculas de
compostos de ácidos gordos. Esses ácidos gordos são o foco da
abordagem desenvolvido pelo químico Jiann-Tsyh (Ken) Lin. O ensaio
utiliza espectrometria de massa com ionização por electro-pulverização
(ESI-MS na sigla em inglês), e permite aos cientistas a recolha de
informações detalhadas sobre as variações em diferentes triglicéridos,
chamados regioisómeros. Com esta informação, os utilizadores podem
desenvolver proporções de regioisómeros, que podem ser usados para
determinar se a amostra contém óleos não revelados.

O valor de ESI-MS para análise de ácidos gordos em plantas foi
reconhecida, desde pelo menos 1994. Mas o protocolo ESI-MS de Lin
ajuda a tornar esta aplicação mais simples.

Lin desenvolveu este protocolo para as suas pesquisas com a planta de
colza (Ricinus communis), a qual produz um óleo não comestível mas
muito útil para usos industriais. Há seis anos, Lin escolheu o azeite
como um modelo para testar o seu ensaio.

Fonte: Agrodigital e ARS

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/05/12a.htm

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