quinta-feira, 6 de junho de 2013

Academia incentiva agricultores do Alqueva a produzirem plantas aromáticas

LUSA

05/06/2013 - 14:08

A academia será uma "unidade de demonstração e divulgação".

NELSON GARRIDO


Uma academia para incentivar e apoiar pequenos agricultores da zona do
Alqueva a produzirem plantas aromáticas e medicinais vai "nascer" na
vila de Messejana, no concelho alentejano de Aljustrel, foi anunciado
nesta quarta-feira.

A criação da "Academia das Plantas Aromáticas e Medicinais de Alqueva"
envolve a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva
(EDIA), o Centro de Estudos e Valorização dos Recursos Mediterrânicos
(CEVRM) e a empresa Monte do Pardieiro.

A academia será uma "unidade de demonstração e divulgação", junto dos
agricultores interessados, das várias espécies, das operações
culturais, dos factores de produção e dos processos de comercialização
de plantas aromáticas e medicinais, explica a EDIA, num comunicado
enviado à agência Lusa.

Segundo a empresa, a academia pretende "dinamizar a agricultura de
regadio associada à pequena propriedade e fornecer apoio e
enquadramento aos projectos instalados e a instalar" na área das
plantas aromáticas e medicinais.

A academia "nasce" numa altura em que se verifica "um interesse
crescente" pelas plantas aromáticas e medicinais, o que se traduz no
"número elevado" de candidaturas e na procura de terrenos para
desenvolvimento de projectos de investimento na área, sublinha a EDIA.

De acordo com a empresa, os promotores vão assinar na quinta-feira um
protocolo para a criação da "Academia das Plantas Aromáticas e
Medicinais de Alqueva".

Na actual campanha de rega, o projecto Alqueva já tem
infra-estruturados 68 mil hectares de regadio, mais de metade dos 120
mil hectares previstos no projecto global, cuja conclusão deverá
acontecer em 2015.

Segundo a EDIA, a adesão ao regadio é um "sucesso", mas, em relação às
explorações situadas em zonas de pequenas propriedades, "os valores
não são tão significativos, devido, fundamentalmente, à sua
inadequação para a produção sustentada de um leque alargado de
culturas", refere a empresa.

A implementação dos 120 mil hectares de regadio do projecto Alqueva
irá criar "condições para o desenvolvimento de novas culturas,
possibilitando a criação de riqueza pelos beneficiários e promovendo o
desenvolvimento regional", frisa a EDIA.

A conclusão do projecto Alqueva, inicialmente prevista para 2025, foi
revista pelo anterior Governo PS para 2015 e, depois, antecipada para
este ano, o que o actual Executivo PSD-CDS/PP já disse não ser
possível.

Em Abril de 2012, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, assumiu o
compromisso do Governo de concluir as obras em 2015.

http://www.publico.pt/economia/noticia/academia-incentiva-agricultores-do-alqueva-a-produzirem-plantas-aromaticas-1596512

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