sexta-feira, 21 de junho de 2013

Prevenção de incêndios florestais: hora de balanço?

De acordo com notícia recente, difundida pela Comunicação Social, o
secretário de Estado das Florestas terá anunciado no Parlamento um
balanço positivo da prevenção aos incêndios florestais. Um balanço é
realizado em função de resultados, resultados esses que estão ainda
longe de ser concretizados.

Um balanço positivo em matéria de incêndios florestais será possível
se ficar evidente que as operações realizadas tiveram impacto positivo
ao nível da propagação dos incêndios. Ora, a "procissão ainda vai no
adro", a fase crítica de 2013 ainda está por começar. Feitas nesta
fase, tais afirmações são politicamente irresponsáveis e
vergonhosamente demagógicas.

Ainda de acordo com nota da Agência Lusa, terá ainda afirmado o
secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural que,
citamos: «a única coisa que vai minimizar os incêndios é uma gestão
ativa da floresta». Também aqui as coordenadas estão erradas.
Efetivamente, o que pode minimizar os incêndios é a existência de
perspetivas de negócio na atividade florestal, negócio esse inserido
nos princípios da Economia Verde. Negócio esse que permita custear os
encargos com uma gestão florestal ativa, o que hoje não acontece em
parte muito significativa do território. Pelo contrário, o governo
abstém-se de intervir no acompanhamento dos mercados, mercados esses
monopolizados por alguns agentes que atuam a jusante da floresta. A
ausência de uma gestão ativa (o efeito) em parte muito considerável da
área florestal nacional, tem resultados numa mais fácil propagação dos
incêndios florestais (a consequência), decorrentes da falta de
rentabilidade do negócio de produção de bens e de serviços a partir
dos solos ocupados com floresta (a causa).

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/06/20g.htm

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