quarta-feira, 3 de julho de 2013

Governo reforça aposta no ataque ampliado aos incêndios

LUSA

02/07/2013 - 19:37

Governo garante mais meios no combate aos fogos FOTO: NELSON GARRIDO



O Governo vai reforçar este ano a aposta no ataque ampliado aos
incêndios com dez novas equipas, numa tentativa de melhorar o combate
aos grandes fogos, disse hoje o secretário de Estado da Administração
Interna.

"Vamos manter a aposta no ataque inicial, que tem dado muito bons
resultados com 90% dos incêndios resolvidos no ataque inicial, e vamos
reforçar o ataque ampliado", disse Filipe Lobo D'Ávila.

O governante falava no final da comissão parlamentar de Agricultura e
do Mar, onde esteve hoje a prestar esclarecimentos aos deputados sobre
o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais.

A aposta do Governo são dez grupos de reforço de ataque ampliado
(GRUATA), constituídas por 28 elementos cada, das quais nove são
provenientes de várias corporações de bombeiros e uma da Força
Especial de Bombeiros.

Estas equipas estão já operacionais e serão accionadas apenas quando
os incêndios "atingem determinadas dimensões", explicou Filipe Lobo
D'Ávila.

Os GRUATA são pré-contratualizados localmente e dependem directamente
do comandante nacional, que dispõe de 30 minutos para os accionar a
partir do momento em que os incêndios atingem as proporções indicadas.

O governante admitiu ainda que na base dos GRUATA está o incêndio que
ocorreu o ano passado no Algarve, que causou uma grande destruição e
levou vários dias a ser extinto.

Aos deputados, Filipe Lobo D'Ávila frisou ainda a importância do avião
C-295M da Força Aérea Portuguesa, que ajudou os bombeiros no combate
ao incêndio no Algarve e vai estar novamente operacional este ano.

"Vai ser muito importante para o futuro. O novo avião está disponível
e é extremamente relevante para dar informações, para sabermos onde há
um grande incêndio e como evolui", disse o governante, acrescentando
que "deu um contributo importante no Algarve".

O secretário de Estado defendeu ainda que devia ser dada mais atenção
à prevenção de incêndios do que ao seu combate, "mas o combate tem um
grande impacto mediático e as limpezas das matas não têm esse impacto
mediático", lamentou.

Até Setembro, o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais
tem no terreno 2.172 equipas de diferentes forças envolvidas, 1.976
viaturas e 9.337 elementos, além dos 237 postos de vigia da
responsabilidade da GNR

Vão estar também disponíveis 45 meios aéreos, a que se juntam o
helicóptero Allouete III e o avião C-295M da Força Aérea Portuguesa.

O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais vai custar
este ano 78,5 milhões de euros, o que reflecte um aumento de quase 5%
em relação a 2012.

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/governo-reforca-aposta-no-ataque-ampliado-aos-incendios-1599048

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