sexta-feira, 19 de julho de 2013

Região do Douro prevê produzir 233 mil a 253 mil pipas nesta vindima

Lusa18 Jul, 2013, 12:42

A Região Demarcada do Douro prevê para esta vindima uma produção de
vinho entre as 233 e as 253 mil pipas, valores superiores à produção
declarada no ano passado, de 218 mil pipas.

Os dados foram divulgados hoje pela Associação de Desenvolvimento da
Viticultura Duriense (ADVID), sediada no Peso da Régua.

A diretora geral da instituição, Rosa Amador, advertiu, no entanto,
que o resultado final da próxima vindima vai depender das condições
climáticas e fitossanitárias que se registarem até setembro.

As previsões da ADVID são efetuadas com base no modelo pólen,
recolhido na fase de floração da videira, entre maio e junho, nas três
sub-regiões do Douro: Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior.

De acordo com a associação, a expectativa de colheita para esta
vindima vai das 233 mil às 253 mil pipas, previsões que apontam para
um ligeiro aumento comparativamente com a produção declarada no ano
passado, que foi de 218 mil pipas de vinho.

O enólogo Paulo Ruão afirmou hoje à agência Lusa que se prevê "uma boa
colheita" para esta vindima.

O enólogo trabalha para a Lavradores de Feitoria, que junta 18 quintas
espalhadas por toda a região demarcada, desde o Baixo Corgo ao Douro
Superior.

Paulo Ruão referiu que existe, neste momento, um "bom vigor na vinha",
sem registo de doenças, e salientou que ainda existe muita água no
solo, o que ajuda a proteger do calor que se tem feito sentir nas
últimas semanas.

No entanto, o responsável ressalvou o risco de doenças que ainda podem
surgir até ao pintor, fase que corresponde à mudança de cor da uva.

Mas, por agora, garante que a "videira está muito viva, ainda está na
fase de crescimento". "Em termos de produção achamos que vai ser boa",
acrescentou.

O enólogo prevê um aumento da colheita nesta vindima e lembrou que
2012 foi um ano muito complicado para o Douro, muito por causa da
falta de água no solo.

As previsões apontadas pela ADVID para o ano passado tinham um
intervalo entre as 269 e as 325 mil pipas, mas, nesse ano, o Douro foi
atingido por um dos anos mais secos das últimas quatro décadas e a
videira foi afetada pelo desavinho e bagoinha.

O desavinho é um acidente fisiológico em que não ocorre a
transformação das flores em fruto, enquanto na bagoinha no mesmo cacho
aparecem, além de bagos normais, bagos de dimensões reduzidas, por
vezes sem grainha e sem atingirem a maturação.

Este ano verifica-se, segundo Paulo Ruão, um atraso de cerca de duas
semanas no ciclo vegetativo da vinha devido principalmente ao frio que
se fez sentir em maio.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=667529&tm=6&layout=121&visual=49

Sem comentários:

Enviar um comentário