quarta-feira, 3 de julho de 2013

Uma em cada dez pessoas vivem em zonas quentes em 2100

ESTUDO


por Lusa, texto publicado por Paula MouratoOntem7 comentários

Uma em cada dez pessoas no mundo vão viver, até 2100, num local onde
as alterações climáticas terão um impacto negativo em, pelo menos,
setores como a agricultura, água, ecossistemas ou saúde, segundo um
estudo internacional ontem publicado.

Os chamados "hotspots" (zonas quentes) climáticos vão concentrar-se
sobretudo no sul do Amazonas, com "alterações extremas" na
disponibilidade de água, produtividade agrícola e ecossistemas, indica
o estudo publicado no jornal científico norte-americano "Proceedings
of the National Academy of Sciences".

A segunda maior região de "hotspots" será o sul da Europa, onde a
falta de água e a escassez das colheitas podem criar dificuldades às
populações, refere o estudo liderado por Franziska Piontek do
Instituto Potsdam para a Investigação do Impacto Climático.

"A sobreposição de impactos das alterações climáticas nos diferentes
setores tem potencial para interagir e, por isso, multiplicar as
pressões sobre os meios de subsistência das populações das regiões
afetadas", afirmou Piontek.

A investigação contou com especialistas em alterações climáticas do
Japão, Estados Unidos, China e Europa e usou programas de modelos
matemáticos para prever como é que o aquecimento global vai afetar a
população mundial.

Foram analisados diferentes níveis de aquecimento, com a sobreposição
multissetorial a começar a aparecer "de forma robusta" quando se
atinge uma média de aquecimento global de três graus Celsius acima da
média 1980-2010, acrescentou a cientista.

Quando este valor aumenta para quatro graus Celsius acima da média
1980-2010, 11 por cento da população mundial ficava "sujeita a graves
impactos em, pelo menos, dois dos quatro setores com impacto",
explicou.

Outros "hotspots" incluem as regiões tropicais da América Central e
África, bem como as terras altas da Etiópia devido à conjugação da
malária, colheitas reduzidas e alterações nos ecossistemas.

http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=3299964&page=-1

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