quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Martifer já só tem 10% da sua “sub-holding” de biocumbustíveis

01 Agosto 2013, 19:28 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt

A Martifer desinveste na Prio Energy mas os irmãos Martins continuam a
controlar esta empresa de produção de biocombustíveis e distribuição
de combustíveis. O objectivo da operação é o da redução da dívida do
grupo, na ordem dos 31,2 milhões de euros.

A Martifer reduziu a sua participação na "sub-holding" de
biocombustíveis Prio para 10%. A venda insere-se no esforço para a
redução da dívida do grupo.



"A Martifer SGPS, S.A. procedeu à alienação de parte da sua
participação na subsidiária Prio Energy SGPS, S.A. à companhia
OxyCapital – sociedade de capital de risco, reduzindo a sua
participação de 49% para 10%", assinalou a empresa de Oliveira de
Frades em comunicado emitido pela Comissão do Mercado de Valores
Mobiliários (CMVM).



A Prio Energy, constituída em 2006, é produtora de biocombustíveis e
está também na área de distribuição de combustíveis com uma rede de
postos de abastecimento. Era, até à data, detida a 49% pela Martifer
sendo que os restantes 51% estavam nas mãos da I'M, detida pelos
irmãos Carlos e Jorge Martins, de acordo com o foi confirmado pela
Martifer ao Negócios. O conselho de administração da Martifer é
presidido por Carlos Martins sendo que Jorge Martins é o
vice-presidente.



Com o negócio anunciado esta quinta-feira, a estrutura accionista da
Prio Energy diversifica-se, com os 51% da I'M, os 39% da OxyCapital e
10% da Martifer.



Diminuição de 31,2 milhões de euros da dívida



O encaixe da operação, que está ainda sujeita à aprovação da
Autoridade da Concorrência, vai permitir ao Grupo, de acordo com o
comunicado, uma redução de 31,2 milhões de euros da dívida. No
primeiro trimestre de 2013, a dívida líquida da Martifer ascendia a
385 milhões de euros, uma subida de 2% em relação ao final do ano
passado.



No documento da divulgação de resultados trimestrais, o grupo reiterou
a intenção de reduzir o nível de endividamento para 230 e 250 milhões
de euros até ao final de 2014. Para isso, seriam vendidos activos que
não são centrais para o negócio da Martifer, "especialmente parques
eólicos, projectos solares e, residualmente, pela venda de projectos
imobiliários".



A Prio Energy era considerada um activo "não core" para o grupo desde
Março de 2010. Foi nessa altura que a Martifer reduziu a sua
participação de 60% para 49%, falando na "redução do interesse
económico no negócio da Agricultura e Biocombustíveis. A posição é
agora cortada para 10%



A Martifer é uma empresa da área de construções, alumínios e energia
solar com a I'M como principal accionista, com uma participação de
42,64%. A Mota-Engil é a segunda maior accionista com 37,50%. Juntas,
e no seio de um acordo parassocial, ambas têm uma posição de 80% na
empresa nacional. O restante capital, 19,86%, encontra-se disperso em
bolsa.



A Martifer subiu 2,04% para fechar nos 0,50 euros. A empresa entrou em
bolsa em 2007 depois de as acções terem sido vendidas a 8 euros. No
primeiro dia, negociou a 12 euros mas a cotação tem vindo a cair desde
aí.

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/martifer_ja_so_tem_10_da_sua_sub_holding_de_biocumbustiveis.html

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