terça-feira, 15 de outubro de 2013

Bolsa de terras pode ajudar a travar incêndios e dinamizar agricultura no Algarve

Publicado ontem


32 3 0

A associação In Loco, com sede em São Brás de Alportel, considerou
esta segunda-feira que a criação da "bolsa de terras" vai ajudar a
combater os incêndios e dinamizar o setor agrícola na região do
Algarve.

"A falta de ocupação humana é amiga dos incêndios. Não podemos nesta
altura antecipar o volume de interessados que nos vão procurar, mas é
evidente que o regresso à terra e à agricultura ajudará a reduzir o
flagelo dos incêndios", disse Nelson Dias, da In Loco, à agência Lusa.

Os responsáveis da associação In Loco admitem que a bolsa de terras
pode levar a uma maior ocupação dos solos, reforçando, ordenando e
mantendo as terras, mesmo contra os incêndios.

A In Loco estima, por outro lado, que a bolsa de terras "possa ser uma
resposta útil para satisfazer o atual e crescente interesse na
atividade agrícola" no Algarve.

Criada em 26 de agosto de 1988, e com intervenção no interior do
Algarve central, a In Loco é uma das 225 entidades que o Ministério da
Agricultura e do Mar autorizou, a nível nacional, a constituir uma
rede que divulgue e dinamize a bolsa de terras junto de proprietários
e outros interessados.

No Algarve, as ações de divulgação e de esclarecimento sobre a bolsa
de terras vão ter início, a breve prazo, nas freguesias dos concelhos
de Tavira, São Brás de Alportel, Faro, Loulé, Albufeira e Silves,
adiantou Nelson Dias.

"Esperamos que os proprietários vejam aqui uma oportunidade
interessante e segura. O próximo quadro de financiamento para a
agricultura poderá reforçar esta tendência de novos investidores
agrícolas, o que seria muito útil para a região", observou.

O Algarve tem condições climatéricas "ímpares para o desenvolvimento
da agricultura. Precisa de investidores, de um diferente ordenamento
do território e de uma política florestal ativa", defende a In Loco,
sublinhando que há uma "grande divisão de terras em pequenas parcelas"
no Algarve, transformando essa característica num dos problemas
estruturais da região.

A bolsa de terras pode dar mais garantias aos proprietários que têm
receio de arrendar os seus terrenos, pois o acordo será
contratualizado e feito ao abrigo de uma iniciativa pública, o que
poderá ajudar a credibilizar o processo e a dar mais segurança aos
proprietários, explica a In Loco.

A bolsa de terras aplica-se aos prédios rústicos e à parte rústica dos
prédios mistos integrados voluntariamente pelos seus proprietários ou
os seus representantes, com aptidão agrícola, florestal e
silvopastoril.

A bolsa destina-se às entidades de domínio privado do Estado, às
autarquias locais, outras entidades públicas, bem como entidades
privadas e tornará possível disponibilizar terras para arrendamento,
venda ou para outros tipos de cedência.

http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Faro&Concelho=S%E3o%20Br%E1s%20de%20Alportel&Option=Interior&content_id=3475606&page=-1

Sem comentários:

Enviar um comentário