sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Nova etiqueta ambiental valoriza produtos de origem florestal

04-10-2013 às 11:20

Como forma de dar visibilidade à capacidade dos produtos de origem
florestal de capturar carbono e para demonstrar as respectivas
mais-valias ambientais, a AIFF – Associação para a Competitividade da
Indústria da Fileira Florestal acaba de apresentar a Etiqueta Escala
de Carbono, no âmbito do projecto âncora Carbon Footprint Label, para
produtos de origem florestal.

Esta nova etiqueta, diferenciadora dos produtos colocados no mercado,
pretende dar a conhecer aos consumidores o valor de dióxido de carbono
(CO2) equivalente capturado ou emitido por determinado produto de
origem florestal, de que são exemplos os revestimentos, pavimentos ou
peças de mobiliário de base de madeira ou de cortiça.

A Etiqueta Escala de Carbono foi apresentada hoje em Lisboa, no
Palácio Sinel de Cordes, enquadrada na terceira edição da Trienal de
Arquitectura de Lisboa numa cerimónia que contou com a presença do
Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Francisco
Gomes da Silva.


Francisco Gomes da Silva referiu que «a materialização dos valores
associados ao desenvolvimento sustentável exigem a concepção e
operacionalização de instrumentos reconhecidos pelos diferentes atores
sociais: o Estado, as empresas, os consumidores, e as suas diferentes
formas de organização quer sejam associações, ONGs ou outras. E todos
estamos cientes que o consumo responsável só é possível se, entre
outros requisitos, existir informação sobre o impacte dos produtos ao
longo do seu ciclo de vida. Neste sentido, produtos transformados de
origem florestal detentores da Etiqueta Escala de Carbono,
desejavelmente provenientes de florestas cuja gestão é reconhecida
como sustentável, permitirão por um lado a mitigação dos efeitos das
alterações climáticas (ao aumentar o sequestro de dióxido de carbono),
por outro contrariar os efeitos do processo de desertificação, e ainda
contribuir para o crescimento da nossa economia».

«A etiquetagem ambiental, enquanto instrumento voluntário de
diferenciação de processos, produtos ou empresas, potencia de forma
inegável a percepção, por parte dos consumidores, da mais-valia
ambiental a eles associada. Esta etiqueta é, sem margem para dúvida,
um factor de estímulo à competitividade e inovação das indústrias de
base florestal, permitindo não só a maior valorização dos produtos que
a ostentam, como também desenvolver uma nova dimensão do conhecimento
nas empresas que potenciará ganhos de eficiência e modelos de produção
mais eficientes», reiterou ainda Francisco Gomes da Silva.


«Os produtos da fileira florestal enquanto armazenadores de carbono,
que capturam carbono durante todo o seu ciclo de vida e armazenam-no
depois de transformados, contribuem para o combate às alterações
climáticas e, consequentemente, para a preservação do ambiente. Ao
criar esta etiqueta pretendemos demonstrar e reforçar os benefícios
desta fileira», explica João Ferreira do Amaral, presidente da AIFF.


Os produtos a que será atribuída a Etiqueta Escala de Carbono terão de
apresentar uma percentagem de pelo menos 30% de matérias-primas
(percentagem mássica) com origem na fileira florestal.


Para ajudar a comunicar o conceito de captura de carbono e clarificar
o papel dos produtos de origem florestal enquanto armazenadores de
carbono «nasceu» o Arvatar, que será o protagonista da nova etiqueta
ambiental. O Arvatar é um personagem criado para «ensinar» ou
«recordar» de forma lúdica o conceito de captura e armazenamento de
carbono.

Enquanto ser da floresta, o Arvatar tem como missão sensibilizar os
seres humanos para os benefícios do uso de produtos de base florestal,
enquanto produtos que armazenam carbono e que consequentemente ajudam
no combate às alterações climáticas e preservação do ambiente.
De realçar que as florestas correctamente geridas são sumidouros de
carbono mais eficientes do que as florestas em estado selvagem, uma
vez que as árvores jovens absorvem mais CO2 do que as árvores maduras,
para além de que estas, ao morrerem e apodrecerem devolvem o CO2 à
atmosfera. Assim, ao retirar da floresta as árvores maduras antes que
morram, assegurando a sua replantação, a floresta mantém elevados
níveis de sequestro de CO2 e armazenamento de carbono.

Mais informação sobre o processo de atribuição da Etiqueta Escala de
Carbono emhttp://www.aiff.org.pt/.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=660093

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