sábado, 26 de outubro de 2013

Nova etiqueta informa quanto carbono é retido por cada produto florestal

LUSA

02/10/2013 - 18:00

A Etiqueta Escala de Carbono destina-se a empresas e entidades
produtoras e fabricantes de produtos de origem florestal.

Os consumidores e vários profissionais vão poder escolher produtos de
origem florestal que armazenem mais carbono, contribuindo para o
combate às alterações climáticas, uma informação constante na nova
Etiqueta Escala de Carbono.

A Etiqueta Escala de Carbono é uma informação ambiental, de adopção
voluntária, lançada agora pela Associação para a Competitividade da
Indústria da Fileira Florestal (AIFF), e que indica a quantidade de
carbono armazenado por determinado produto de origem florestal, como
mobiliário, peças de decoração, revestimento ou pavimento de cortiça e
painéis derivados de madeira, explicou à agência Lusa Isolete Matos,
da direcção daquela organização.

A distinção, que será apresentada na quinta-feira, em Lisboa,
demonstra também tratar-se de um produto que respeita os princípios da
gestão florestal sustentada.

Permite ainda que consumidores e profissionais, como arquitectos,
designers ou engenheiros civis "possam fazer escolhas mais conscientes
no que respeita a materiais de construção", explicou Isolete Matos.

Através do processo de fotossíntese das árvores e das plantas, as
florestas capturam dióxido de carbono, sendo importante que sejam
preservadas.

Os produtos de origem florestal, ao contemplarem na sua composição
fibras de madeira, estão a reter carbono, uma capacidade de
armazenamento que se mantém ao longo do seu ciclo de vida, mesmo
quando transformados em revestimento de paredes, em pavimento ou em
peças de mobiliário, como referiu a responsável da AIFF.

A Etiqueta Escala de Carbono destina-se a empresas e entidades
produtoras e fabricantes de produtos de origem florestal, como a
indústria dos painéis derivados de madeira e da cortiça.

Entre os critérios de atribuição da Etiqueta Escala de Carbono está a
exigência de serem produtos de origem florestal detentores de EPD
(declaração de produto ambiental) que apresentem uma percentagem de,
pelo menos, 30% de matérias-primas com origem na fileira florestal.

Para ajudar a comunicar o conceito de captura de carbono e clarificar
o papel dos produtos de origem florestal como armazenadores de carbono
foi criado o Arvatar, um personagem que habita a floresta e que vai
"ensinar" ou "recordar" de forma lúdica estas informações.

A AIFF refere que as florestas correctamente geridas são sumidouros de
carbono mais eficientes do que as florestas em estado selvagem, pois
as árvores jovens absorvem mais dióxido de carbono que as maduras que,
ao morrerem e apodrecerem devolvem aquele gás à atmosfera.

"Ao retirar as árvores maduras antes que morram, assegurando a sua
replantação, a floresta mantém elevados níveis de sequestro e
armazenamento de dióxido de carbono", acrescenta a associação.

http://www.publico.pt/economia/noticia/nova-etiqueta-informa-quanto-carbono-e-retido-por-cada-produto-florestal-1607859

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