segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Acidentes mortais na agricultura e florestas aumentaram nos últimos anos

28-10-2013

Fonte: abolsamia


As estatísticas oficiais relativas a acidentes envolvendo máquinas
agrícolas registam números que apesar de já serem muito trágicos,
parecem claramente não demonstrar a realidade que se passa no terreno.
Quem trabalha no setor e acompanha as notícias que semana após semana
vão dando conta de acidentes, a maioria por capotamento, e muitos
deles mortais, fica com a impressão de que pairam sobre o mesmo
números reais ainda muito mais assombrosos.



Acidentes de trabalho nos setores agrícola e florestal
O panorama nacional no que toca aos acidentes de trabalho nos setores
agrícola e florestal é bastante desanimador. Os números da Autoridade
para as Condições do Trabalho (ACT) falam por si, mas, muito mais do
que números, são pessoas que todos os anos perdem a vida ou ficam
feridos durante a sua atividade profissional.
Pela análise dos dados fornecidos pela ACT respeitantes ao período de
2000 até 2010 conclui-se que a percentagem de acidentes de trabalho no
setor agrícola e florestal no número de acidentes total tem ganho
dimensão nos últimos anos. Agravado pelo facto do número de acidentes
de trabalho ter vindo a diminuir ao longo do período deste estudo,
redução essa que não é acompanhada pelos setores agrícola e florestal.



Acidentes rodoviários envolvendo máquinas agrícolas
No que concerne aos acidentes rodoviários envolvendo máquinas
agrícolas a situação tem melhorado substancialmente. Se no início da
década passada morriam um pouco acima de 30 pessoas nas estradas por
ano, mais recentemente o número de mortes baixou um pouco. Uma das
razões deve-se à introdução e melhoria dos dispositivos de segurança
das máquinas agrícolas mais modernas.
Mas estes números não refletem a realidade uma vez que parte dos
acidentes ocorre fora da jurisdição da ANSR, em pleno campo. As
estatísticas totais deviam juntar acidentes na estrada, notificações à
ACT e registos das seguradoras, o que ainda está por fazer. Por outro
lado, haverá muitos acidentes com algum aparato, mas dos quais não
resultam consequências para o operador, que nunca chegam a ser
reportados. No entanto, estes dados servem como referência. Segundo o
último estudo da ANSR o tipo de sinistro mais mortífero é o
capotamento, responsável por 71% das mortes, seguindo-se o despiste
simples com 11%. Entre 2000 e 2009, cerca de 17% das vítimas mortais
tinham mais de 75 anos e 16% entre 70 e 74 anos. A idade avançada, a
antiguidade da frota, o excesso de horas de trabalho e o álcool são as
principais explicações para a ocorrência destes acidentes, de acordo
com a ANSR.

http://issuu.com/abolsamia/docs/abolsamia88/58

http://www.abolsamia.pt/news.php?article_id=2862&article_type=noticia

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