segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Alentejo Exportação de vinhos para China subui 170%

A China já representa o 4.º mercado externo para os vinhos do
Alentejo, fora da União Europeia, com as exportações a aumentarem 170%
nos últimos cinco anos, segundo dados da Comissão Vitivinícola
Regional Alentejana (CVRA).
ECONOMIA
Lusa
10:44 - 10 de Novembro de 2013 | Por Lusa
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"O mercado chinês tem tido um crescimento constante para os vinhos do
Alentejo, embora ainda se trate de uma base pequena de exportação",
realçou este domingo à agência Lusa Dora Simões, presidente da CVRA.

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Aludindo a dados estatísticos dos últimos cinco anos, entre 2007 e
2012, Dora Simões explicou que as exportações para a China
"representaram 170% de crescimento", o que demonstra o potencial deste
mercado e a aposta por parte das empresas vitivinícolas.

"As vendas de vinhos do Alentejo têm estado sempre a crescer e a China
deixou de ser o 6.º para passar a ser o 4.º maior mercado de
exportação, no 'ranking' de países terceiros (fora da União
Europeia)", disse.

No ano passado, de acordo com a CVRA, as exportações para o mercado
chinês representaram 7,05% do total das vendas de vinhos do Alentejo
(DOC Alentejo e Vinho Regional Alentejano) para fora da União
Europeia.

Em volume, o Alentejo exportava para a China perto de 208 mil litros
de vinho, em 2007, mas, cinco anos depois, "o mercado chinês já
representa mais de meio milhão de litros".

"Em termos absolutos, não é ainda um dos maiores mercados, mas as
vendas têm aumentado e isso deve ser tido em conta", frisou Dora
Simões.

A presidente da CVRA disse acreditar que a China, tal como outros
países asiáticos, vai continuar a ser, nos próximos anos, um mercado
apetecível para os produtores vitivinícolas da região, que não se
assustam com mercados longínquos.

"A maior parte dos mercados e aqueles para os quais o Alentejo mais
exporta são mercados bastante distantes, como Angola, Brasil, Estados
Unidos e China", lembrou.

Mas, neste tipo de mercados, continuou, "é preciso tempo para conhecer
bem a realidade e para desenvolver o negócio", até porque a China "é
um país caro para atuar".

"Há que compreender e perceber bem o que é que aquele mercado quer e é
necessário ultrapassar questões aduaneiras mais complexas. Ainda
estamos num processo de aprendizagem em relação à exportação para a
China, mas esse é um trabalho que os produtores têm feito, com êxito,
e há cada vez mais interessados", afiançou.

Com a Europa numa fase de "grande retração do consumo", a presidente
da CVRA considerou normal que os produtores "apontem" mais longe e
tentem exportar para países asiáticos, indicando que a China tem "um
grande potencial de crescimento".

"A China é um grande mercado, a sua população está a tomar mais
contacto com o vinho e o poder de compra, sobretudo nos meios urbanos,
é elevado. Por isso, é um país interessante e um mercado onde é fácil
crescer", disse.

E, para concretizar essa aposta, os produtores nem sequer estão já
dependentes de Macau como "porta de entrada".

"Inicialmente, foi Macau a 'porta de entrada' para várias empresas,
mas, pelo que vejo hoje, o vinho alentejano já se vende na China sem
passar por aí, já se foram estabelecendo relações comerciais",
salientou.

http://www.noticiasaominuto.com/economia/129146/exportacao-de-vinhos-para-china-subui-170

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