sábado, 9 de novembro de 2013

Assunção Cristas defende união entre agricultura e agroindústria para criar riqueza

A fábrica, que exporta 75% da sua produção, está a construir uma nova
base logística para armazenar os produtos congelados, num investimento
de 1, 5 milhões de euros.

A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, afirmou hoje, durante a
visita a um souto na Serra da Padrela, em Valpaços, que a agricultura
deve associar-se à agroindústria para acrescentar valor aos produtos,
criar riqueza e emprego.

A transformação de produtos, nomeadamente da castanha, permite, na
opinião da governante, criar postos de trabalhos fixos durante o ano,
e não apenas sazonais, e atrair "mais" investimentos, sobretudo
estrangeiros.

"Dar novas formas aos produtos é muitíssimo positivo e os mercados
internacionais agradecem essa vivacidade", afirmou.

Assunção Cristas considerou que a união entre a agricultura e a
agroindústria deve ser, no futuro, a aposta e o caminho a "trilhar".

Enquanto caminhava pelo souto, acompanhada pelos filhos, a ministra da
Agricultura caracterizou a castanha como o "ouro" da região de
Trás-os-Montes e lembrou que o setor tem ganho "grande dinamismo e
impulso" no país.

Nos últimos dois anos, avançou, a área de soutos plantados duplicou, o
que demonstra a sua importância.

E, acrescentou, "os investimentos nacionais e estrangeiros neste setor
estão a aumentar, criando postos de trabalho, o que, aqui, é muito
importante".

A governante relembrou que, em 2012, foram exportados 17,5 milhões de
euros em castanhas e derivados e canalizados para o setor, no âmbito
do programa de desenvolvimento rural, 10 milhões de euros.

Este ano, comentou, a produção da castanha vai aumentar 27%.

Além de castanhas, a ministra da Agricultura recebeu, por parte dos
produtores, pedidos de ajuda.

O proprietário do souto, Flávio Batista, relembrou que "nem tudo é bom".

E, disse, "temos várias dificuldades, por exemplo, os castanheiros
estão a ser afetados e a morrer devido a várias doenças, por isso,
precisávamos de ajuda, não financeira, mas técnica para as travar".

O produtor anotou que noutros países, nomeadamente na França, existem
já tratamentos para pôr fim a "estas pragas", pedindo à ministra para
copiar este exemplo.

Ao repto, Assunção Cristas garantiu estar "muito atenta", sobretudo a
fenómenos que começam noutros países e atingem Portugal, por isso, vai
aumentar a formação e informação no domínio das boas práticas
agrícolas.

Depois de apanhar castanhas, a ministra da Agricultura visitou uma
unidade de produção, comercialização, transformação e distribuição de
frutos secos, frutos vermelhos, produtos transformados e `gourmet, em
Vila Pouca de Aguiar.

O administrado da empresa Agroaguiar, Rodrigo Reis, pediu
"sensibilidade" ao Governo para pequenos investimentos que, nesta
região, "significam muito".

A fábrica, que exporta 75% da sua produção, está a construir uma nova
base logística para armazenar os produtos congelados, num investimento
de 1, 5 milhões de euros.

Assunção Cristas garantiu que o próximo programa do Governo terá
medidas "concretas" para a agricultura tradicional e das espécies para
revitalizar o setor.

*Artigo escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

http://www.ionline.pt/artigos/portugal/assuncao-cristas-defende-uniao-entre-agricultura-agroindustria-criar-riqueza/pag/-1

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