segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Governo quer agricultores a trabalhar em conjunto para aumentar peso no mercado

15-11-2013 16:18 | Economia
Fonte: Agência Lusa

Murça, 15 nov (Lusa) -- O secretário de Estado da Agricultura, José
Diogo Albuquerque, afirmou hoje, em Murça, que o que falta à
agricultura portuguesa é trabalho conjunto e produção organizada para
ganhar peso no mercado nacional e internacional.

"Trabalhar em conjunto traz uma posição negocial mais forte no
mercado, reduz os custos e otimiza os recursos", considerou à margem
da comemoração dos 50 anos da Caves de Murça.

O Programa de Desenvolvimento Rural do Continente 2014 -- 2020, cuja
consulta pública termina hoje, está agora mais orientado para a
agricultura, modernidade do setor e concertação de ofertas, sendo mais
simples e com menos medidas, ações e subações, disse o governante.

E, acrescentou, "quem trabalhar em parceria vai ter benefícios
maiores, tal como lucros".

Apesar de considerar que tem havido uma evolução "clara" e uma
melhoria do setor agrícola com a redução do défice da balança
comercial e o aumento de 8% das exportações por ano, José Diogo
Albuquerque assumiu que falta concertação na oferta e ocupação do
território.

A meta para 2020, segundo o governante, é ter uma balança comercial
neutra e um maior acordo na oferta.

"Investir na agricultura é um bom negócio para o país", frisou.

O consultor agrícola José Martino, especialista em fundos comunitários
para o setor, lamentou que o novo programa de apoio seja uma
continuação do anterior, assente no princípio de "dar dinheiro a
todos".

Na sua opinião, o Governo investe na agricultura, mas os resultados
continuam negativos.

E, salientou, "era importante que este tipo de ajudas tivesse
instrumentos que as tornassem mais eficazes".

José Martino entendeu que deveria haver um orçamento para cada
distrito, obrigando os empresários a investir nas diferentes regiões
do país.

Nos moldes atuais, explicou, as regiões mais desenvolvidas captam mais
fundos e as do interior continuam sem desenvolvimento.

O especialista relembrou que o programa não tem nenhuma medida
concreta de estímulo ao cooperativismo e apoio à pequena agricultura.

"A agricultura tem de contribuir para a economia portuguesa", rematou.

Por seu lado, o presidente da Associação dos Agricultores do concelho
de Vila Real, Jorge Maio, entendeu que o programa vai beneficiar mais
o interior do país, o que "é bom".

Uma das "mais-valias" do programa, na sua opinião, é a capacitação de
jovens agricultores, medida que poderá fixar gente, criar postos de
trabalho e dar "novo folgo" à economia local e nacional.

No futuro, segundo José Maio, o caminho é o trabalho conjunto para
ganhar peso e visibilidade no mercado.

SYF // MSP

Lusa/Fim

http://portocanal.sapo.pt/noticia/11125/

Sem comentários:

Enviar um comentário